JOÃO DOS COUROS...

Como bom negociador cearense, nunca se intimidou frente aos problemas. A família crescia e a sua responsabilidade de esposo e pai aumentava seu desejo de oferecer o melhor que podia aos seus entes queridos. Pensando assim expandiu seu comércio e colocou à disposição da população a inesquecível “Calçadeira Belém”.

Os negócios prosperavam, a vida era simples e a luta de Joãozinho para garantir a manutenção da família era contínua e incansável.

Num dia de sol que parecia ser um dia de rotina normal, no horário do almoço, um inesperado e trágico incêndio vem testar as forças e a fé de João Rodrigues. Angustiado, ele, alguns de seus filhos e vizinhos comerciantes, viram virar cinzas anos de muita luta e sacrifícios. Porém, a esperança foi maior que a tristeza. João concentrou seus esforços no comércio que lhe restou e da Calçadeira Belém continuou tirando o ganha pão da família.

A força empreendedora de João Rodrigues fez com ele mudasse de ramo comercial e não tardou a surgir na av. Demerval Lobão a Casa das Tintas;


Joaninha, esposa e companheira de muitos desafios.

Os dias não eram fáceis, o casal fazia sacrifícios e a duras penas mantinham 5 filhos, todos estudando fora do estado. As despesas eram muitas mas o desejo de darem aos filhos a única e maior riqueza do ser humano, que é a educação e uma formação cidadã e cristã, não deixaram o casal desanimar.

Em 1972, João Rodrigues vende ao sobrinho Deusdeth a Casa das Tintas e aceita o convite do então prefeito Raimundinho Andrade para ser o representante do FUNRURAL, nesse cargo permanecendo até 1981, mesmo tendo se aposentado em 1976. Fez uma administração compromissada e honesta à frente do FUNRURAL, tratando todos os velhinhos com igualdade, atenção e muito respeito.

Este relato são de pequenos fatos, na grande e solidária existência de João Rodrigues, que mesmo tendo uma família numerosa, jamais deixou de ajudar a sua família de origem, à de sua esposa, aos amigos e pessoas próximas que até hoje o procuram.

Este homem jamais se permitiu ficar inativo, o trabalho sempre foi e continua sendo marcante em sua vida, a loja de premoldados está aí para fazer este registro.

Muitas dores também sofreu e nem assim permitiu que o desânimo e amargura abatessem sua alma, e foi assim que em 1989 buscou em Deus e na união da família as forças necessárias para prosseguir com a ausência física de seu filho querido Erasmo.


E hoje, a família fiel aos preceitos da Igreja Católica e unido a Deus e Maria Santíssima, com seus filhos, noras, 20 netos e 9 bisnetos e muitos amigos agradecerm e suplicam as bênçãos de Jesus. O saudoso João dos Couros sempre terá de todos que tiveram a feliz oportunidade de conviver com ele, o reconhecimento e a gratidão pelo exemplo de coragem, dignidade, honestidade e testemunho de vida cristã.
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