Zeferino Alves Neto
Cruzei a primeira vez com o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco nos idos dos 50, em plena floresta do Calombo, ali entre a região marginal do Rio Surubim e a fazenda São José, de propriedade da família Miranda (me corrige aí, Zémiranda, se for o caso). As tropas federais do Ceará e do Piauí faziam manobras na área. Meu pai se aproxima de uma figurinha baixinha, todo fardado, suando igual uma chaleira fervendo e me diz: "vou lhe apresentar um herói da segunda guerra mundial", cumprimenta-o e me faz cumprimentá-lo e lhe diz que eu sou como o seu pai (que na época em que comecei a dar aula aí em Campo Maior no Got, Cândido Borges Castelo Branco, fiquei sabendo ser pai do Marechal) era nascido na cidade, meu pai era de Batalha. No dia em que o Marechal morreu eu estava trabalhando na farmácia do irmão Turuka quando alguém chegou com a notícia. Turuka não era propriamente um simpatizante da “Redentora”, mas achava, como acho eu hoje, que o marechal tinha sido assassinado porque o pessoal que forçou a entronização do Costa e Silva na presidência, ao contrário do grupo castelista, queria ficar no poder indefinidamente. Daí... Dos cinco generais presidente, eu acho Castelo Branco o menos truculento, disparado. Se era pra fazer média com os conterrâneos admiradores do marechal, tá feita.
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