Numa época em que os prefeitos costumavam ser senhores “coronéis”, eleitos ou nomeados; com algum avantajado na idade, a UDN escolhe o “menino” Santana, 25 anos, civil, para encarar uma acirrada batalha política contra o Sr. João Crisóstomo de Oliveira, candidato dos pesos pesados do getulismo do PSD: Médico e 1º Tenente Sigefredo Pacheco, Coronel Miranda e Coronel Waldeck Bona. A tropa do jovem Santana levou vantagem do início ao fim por causa da moral altíssima, indispensável em qualquer tipo de embate. Minha mãe Alaíde, entusiasta da campanha, fala que o entusiasmo dos jovens levava, literalmente, o futuro prefeito na “cacunda” (nos ombros). Aos gritos de “Santana! Santana!”, a passeata saia da residência dos seus pais, próxima ao colégio Valdivino Tito, até a Praça Bona Primo. Na volta, uma parada na Praça do Relógio (atual prefeitura) para um vibrante comício. E como numa guerra há sempre baixas, infelizmente, essa se deu do lado da UDN. Um cabo eleitoral do partido da União Democrática Nacional, de nome, França Catura, foi assassinado num beco próximo à Praça Rui Barbosa, no auge de mais um nervoso acontecimento político em Campo Maior. Bodes expiatórios foram procurados e não encontrados. De nada mais adiantava. Estava eleito, Raimundo Nonato Monteiro de Santana, em 1951, o Mais Jovem Prefeito do Piauí.
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