Tabelião, comerciante e político. Nasceu em Pedro II [PI] a 06/07/1906 e faleceu em Campo Maior em 08/02/1969. Radicado mais de 30 anos em Campo Maior, nesse município foi Tabelião Público e titular do Cartório do 1º Ofício, vereador em três legislatura, presidente do Rotary Club, da Sociedade São Vicente de Paulo (mantenedora do antigo hospital) e do Conselho Paroquial. Era tido como homem de elevado espírito público e muito querido pela sociedade campomaiorense. Casado com Antônia Lima de Sousa e pai de vários filhos, entre eles o médico Francisco Sales de Sousa e o advogado Carlos Antônio de Sousa, professor de muita gente que lê este Blog, lá no Colégio Estadual.
Caro leitor, caso queira tomar conhecimento do que já foi publicado na primeira edição deste Blog BitorocaraNews, é só clicar no link disposto ali no final do texto. Lá tem, no mínimo, 300 anos de história e costumes do povo de Campo Maior. http://jd.netto.zip.net/
Fonte: Geração C. Maior - Reginaldo Lima
Fotos: Museu do Paulo&Bitorocara+
12 comentários:
Antonio Rufino era meu vizinho, seu cartório ficava ao lado de minha casa ali na Senador José Euzébio. Gente finíssima, comercialino da melhor cepa, diretor e torcedor fanático, era meio arriscado assistir às partidas do azulão ao seu lado. Seu envolvimento com o que acontecia nas quatro linhas do gramado era tal que volta e meia chutava o vento como se uma bola estivesse ali ao seu alcance. Mais de um caiçarino moleque pensou mas não colocou uma pedra ali ao alcance do seu pé pra "seu" Antonio Rufino chutar... Meu pai era da diretoria do Caiçara mas os dois eram amicíssimos. Um dia deixou de fumar e andava com os bolsos cheio de bombons. Eu ficava ali do seu lado com cara de menino pidão... Invariavelmente saia com um ou dois bombons pra chupar... Ê tempo bom, meu santantonio...
Antonio Rufino era meu padrinho de batismo. Lembro-me ainda de seu jeito simples, quase todos os dias me dava uma moeda, um bombom. Como disse o Zan, ele realmente era o comercialino feroz. Lembro de uma vez que ele me deu uma nota de um cruzeiro, e fui comprar bombom na mercearia do seu vela branca, no caminho eu rasguei o dinheiro ao meio e picotei a metade...hehehehehe.
Eu queria porque queria que o seu vela branca me vendesse os bombons com a metade do dinheiro...coisas de criança. Voltei e falei assim: Padrinho o dinheiro rasgou e eu queria outro pra eu comprar bombom, ele começou a rir...então ele foi lá na mercearia do vela branca comigo...hehehehe
Ainda estou rindo da foto da seca de 30 com os jovens dos anos 70, onde o netto não conseguiu convencer um anônimo. Mas pessoal, falar em Comercial, como o sr. Antônio Rufino parecia com o mestre Antônio Neves, hein?
Realmente, Reinaldo, fisicamente, nem tanto, mas a paixão dos dois pelo Comercial era muito parecida. Os dois eram uma pilha de nervos e a paixão deles pelo Comercial eu acompanhei, meninos nos 50 ao seu Antonio Rufino;nos setenta, fui da diretoria do Comercial e acompanhei de perto o amor, a paixão, o desespero do Mestre Antonio das Neves pela camisa azul e branco; foi uma das criaturas mais íntegras e honestas que conheci. De quebra, se permitia ser mal-humorado, intransigente, grosso e, às vezes, até cruel com os craques que comandava, uma rapaziada que não era propriamente disciplinada e dócil. Entendia muito de futebol, mas não tinha muita paciência. Ficou a imagem folclórica dele gritando no banco, desesperado:"assobe o time, assobe o time!"
Muito bom, Zan. se "assobe o time" era o bordão do mestre Antônio Neves, que tal esse: "vamos meu nêgo, vamos, meu nêgo!". Era o seu Zacarias mandando o ponteiro esquerdo que ele trouche do Maranhão e que atendia pelo nome de Escurinho, e seu parceiro Paulo da Banana no glorioso Caiçara.
Não resisti, Zan!
Tem mais: o Sr. Zacarias comandava o alvi-rubro dos carnaubais, de pé em cima de um tamborete, colado no alambrado, do lado da torcida, em frente ao único lance de arquibancada, e que tinha cobertura! Lembrei de um jogo empatado com o Moto Clube de São Luís[MA]. No mesmo dia, à noite, mesmo com esse fabuloso empate com o timão da ilha, não deixou de sobrar esturros irados de composturas para os espectadores do Cine Nazaré. Culpa do meu tio Milton que vacilou na quebra da fita, na projeção de mais um magistral longa metragem em cinemascope e tecnicollor na tela panorâmica do maravilhoso cinema do Sr. Zacarias..
O "seu" Zacarias era o "seu" Antonio Rufino do Caiçara, um pouco mais aloprado e quase alucinado. A impressão que ele me dava, era amigaço meu, era de que ia explodir a qualquer momento... Adrenalina nitroglicerinada pura...
Digo pra mim mesmo toda hora que enquanto a gente se lembrar de histórias como a do Francisco Macedo Junior, a gente mantem viva a criança a que a gente precisa manter viva até à morte, pra não morrer antes...
Zan, voce ta certíssimo...temos que manter vivo esse lado criança que temos. Lembro de voce Zan em Campo Maior na época do BB, meu irmão trabalhou com voce na mesma época, só que ele era menor estagiário, ou melhor, fusquinha como chamavam...meu irmão chama-se Washington. Nós todos da minha casa, digo casa dos meus pais somos comercialino por causa do meu padrinho Antonio Rufino.
Rapaz, cê quer me matar do coração, o dr. Washington, que naquele tempo era o fusquinha mais compenetrado do BB, um tempo desse me mandou um e-mail de saudação, me falando do que faz hoje...
Não lembro bem de vc., talvez fosse um garotinho nessa época. Tou indo domingo pro Piauí e quero reencontrar vc. e seus irmãos e amigos pra gente relembrar todas as histórias relembráveis, companheiro... Até lá...
Zan, é ele mesmo.
Mas infelizmente não estaremos no Piauí nesse final de ano, eu moro em Maringá-Pr e o Washington ta vindo passar as festas de fim de ano conosco aquí no sul. Mas não vai faltar oportunidades, eu sempre vou ao encontro dos Campomaiorenses em Bsb. E se DEUS permitir estarei em junho em Campo Maior para passar os festejos.
Uma pena, cara, mas em junho nos festejos, com certeza a gente se encontra, inté...
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