sábado, 26 de setembro de 2009

JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO

Bilé Carvalho nasceu em Barras (PI), no dia 24.11.1927. Na verdade, o seu verdadeiro nome era José dos Santos Carvalho. O apelido foi criação de seus familiares como maneira de humanizar o pronome de certa forma austero que recebeu na pia batismal. Desde criança manifestou vocação pela música e cantorias. Aprendeu algumas noções rudimentares de violão, mas os instrumentos com que mais se identificou foram duas colheres que ele manejava entre os dedos para acompanhá-lo enquanto cantava emboladas e variações de cocos e repentes.
Sem maiores graus de escolaridade era, no entanto, inteligente, boa caligrafia e invejável facilidade de se comunicar, circunstâncias que lhe valeram alguns empregos temporários. Somente em 1950 foi nomeado para o DCT na condição de guarda-fios, cargo que exigia eventualidade corrigir as linhas e transmissão do telégrafo quando apresentassem defeitos. Era serviço relativamente fácil ao qual, por sua índole, se adequou muito bem. Aos que o criticavam por essa moleza ele respondia, sem cerimônias, que na verdade estava necessitando de emprego e não de trabalho.
Casou, constituiu família e em 1957 foi transferido para a agência do DCT de Campo Maior (PI). Ali, como em Barras, angariou vasto círculo de amizades.
Popular, brincalhão e de algum modo pândego, era benquisto por todos com quem se relacionasse. Tornou-se abstêmio a bebidas alcoólicas, mas gostava muito de comer. A quem reclamasse do seu voraz apetite ele, em contraponto, argumentava que “enquanto a boca mastiga o cu tem esperanças”. Filosofia barata e um tanto quanto grotesca, mas inegavelmente correta.
Após sua aposentadoria Bilé continuou residindo em Campo Maior onde exerceu cargos na diretoria do Iate Clube Laguna, na loja Maçônica e na administração do Museu do Couro. Publicou dois livros – “Histórias de minha gente” e “Querem que eu conte? Vou contar”. - que lhe valeram eleição à Academia de Letras do Vale do Longá, na cadeira cujo patrono era o vate, também popular, Vitor Lopes.
Bilé faleceu no convívio de sua família em Campo Maior no dia 18.11.2000.
Seus restos mortais foram enterrados no jazigo da família em sua terra natal.

No sentido anti-horário: Prof. Lázaro Carvalho, Profa. Zenita Pires, Bilé(no destaque), Roberto (Pancho) Lustosa e outros amigos que não identifiquei.
Fotos: Arquivo de Família e Museu do Paulo&Bitorocara+
Texto: Assis Carvalho, irmão do Bilé Carvalho.

38 comentários:

NEVILLE PAZ disse...

Inegavelmente, Bilé foi uma pessoa que marcou época, tanto em Barras (sua cidade natal, como em Campo Maior (sua cidade adotiva). Como humorista não deixa nada a desejar de Tom Cavalcante, Xico Anísio, Zé Vasconcelos e tantos outros nomes conhecidos nacionalmente. Além disso era uma pessoa tratável, era benquisto por todos indistintamente
e conquistou grandes amigos, dentre os quais eu me incluo. Imortalizou-se, não só por ser membro da Academia de Letras de Barras, mas também pelas virtudes
que possuia. Deixo aqui o meu preito de saudades a esse grande amigo que foi BILÉ.

GISLENO disse...

Netto: Faço questão de registrar neste espaço que os dados sobre o Bilé foram obtidos através de seu irmão Assis Carvalho.
Atenciosamente. Gisleno.

Francisco Macedo Junior disse...

Falar do seu Bilé é falar com saudade, é falar com alegria...
Muito amigo de meu pai Chico Araújo, eles cutivavam uma amizade gostosa. Quase todas as noites, Bilé, Raimundo Helvécio, Valdemar Cavalcante, Heldoro, Chico Alberto, Zacarias e mais uma penca gente que passavam e ficava olhando eles jogando 3/7 na praça Bona Primo em fente a casa de meu pai. Era chamado de cassino pei pei...
Se Bilé arrachava uns peidos que espantava todo mundo, ele, ele ficava sentado num taborete rindo...
Quando eu morava em Teresina, quase todo final de semana eu ía pra Campo Maior e quando ele me via me chamava logo...eu perguntava pra ele, E aí seu Bilé, o que é que o senhor comeu hoje...ele respondia rindo...hoje foi panelada e suco de araticum...e continuava rindo.
Mal começava o jogo, ele já caprichava no primeiro peido, a velharada saía correndo e cuspindo, chingando, e ele continuava rindo...
Neville, faço minha as suas palavras...
Seu Bilé deixou saudades...

Francisco Macedo Junior disse...

Netto, me socorre aí num erro de portuegues...Correção de portugues...xingando...eu escreví com ch...

Artur disse...

Júnior, eu também me lembro das rodas de algum jogo na praça. Lembro que de vez em quando tinha umas debandadas por culpa do Bilé, hehe. Lembro que a Andreya Paula odiava buscar os tamboretes do S. Chico. E também acho que a foto sisuda do post não faz jus à imagem descontraída que tenho do Bilé, mesmo sem nunca ter trocado uma palavra com ele. :-))))

zan disse...

A lembrança que eu tenho do Bilé é a seguinte:olhar pra ele já dava vontade de rir, quando ele começava a falar ninguém se segurava. Fazia o gênero cômico bêbado mau-humorado/incoveniente, ou seja, comediante nato. Na vida real era muito sério e compenetrado, marca da família Carvalho. Não sabia que tinha deixando beber antes de falecer.

zan disse...

Xiquim, quem tem que responder por erro de português é português, tu é brasileiro, tá lembrado? (essa é a minha piada pronta preferida do Netto...) É só não enredar pra professora Francisca Teresa.

Luzia disse...

Fazendo uma observação sobre outra do Artur. É que na foto ele tá fazendo cara de pândego (êêêita!).
Ô Netto e depois chamam teu tio e antigo motorista da ambulância da maternidade de Raimundo Peidão.

WASHINGTON ARAÚJO, de Fortaleza disse...

Houve uma época que o seu Bilé e a dona Maria, quando mais novos, brigavam muito e a vizinhança ouvia os xingamentos da dona Maria: "filho duma égua", e ele respondia "filha duma égua é você". A cada xingamento a resposta invariável: "é você". Aí a dona Maria gritava mais alto: "e não me xingue não", e ele calmamente retrucava: "não tô xingando, tô apenas voltando o nome".
Mais maduros, passaram a viver em perfeita harmonia.

Horácio Lima disse...

Mestre Netto, visualizando a imagem não poderia de exaltar a individualidade de duas personalidades que foram importantes no meu currículo escolar: Lázaro Carvalho, professor brilhante, cujo dom de ensinar e orientar são os pilares do magistério e Zenite Pires, gestora máxima na direção do Colégio Estadual quanto à conservação eficaz educacional.

São pessoas gloriosas que me despertaram admiração, respeito, carinho e que, sem dúvida, estarão sempre na nossa lembrança, onde há treis décadas concluí o meu “Curso Científico”, diploma que carrego comigo até hoje.

Anônimo disse...

"Pois é", "Toinho Pirrititim", "Lalu"... também são figuras históricas de Campo Maior. Alguém tem algum fato pra contar dessas figuras esquecidas pelo tempo.Ah! é só não enredar pra professora Francisca Teresa.

Nonatinho disse...

Nonatinho

Lembro com muita saudade do senhor Bilé, tamando umas e outras no velho Campo Maior Clube, recitanda uma poesia cabocola de título CACIMBA DE BEBE.
Ao lado de Lázaro Carvalho é o meu amigo Carlos Augosto Bandeira, funcinário aposento de Banco do Brasi.

Aloízio disse...

Nonatinho, agora senti uma saudade danada também daqueles tempos. Parece que o amigo tá tomando umaa calabrinas escutando Adilson Ramos "sonhar contigo, por toda vida, sonhar contigo, meu amor, minha querida..." Êêita época maravilhosa.

Fcº Arruda - Panaltina disse...

Neto, estive no blog do grande Zan e deixei este comentário sobre o teatro:
A primeira atitude que deve ser tomada ligeiro bala é arrancar o nome do senador Sigefredo Pacheco do teatro. Ele era artista de outras peças que... deixa pra lá. E já é nome de cidade, rua, praça, escola, motel...
Agora é divulgar este movimento. Zan, recomenda ao Neto do Bitorocara, ele é bom nsssas coisa também por ser um grande artista da terra, que nem o Chico Pereira, renomado teatrólogo internacional.
Os blogs servem também para isso.
Vão em frente.

zan disse...

Ha uma mobilização na cidade, abaixo assinado encabeçado por pessoas que contam, todo mundo querendo saber sobre Chico Pereira e eu acho, sinceramente, que o Memorial sai do papel este ano ou no próximo. Há um grupo de pessoas que procura a mobilização de todas as pessoas que contam aqui, de todas as facções políticas, por exemplo, pra fazer lobby pela instalação do Memorial. A questão do Teatro Sigefredo Pacheco, no meu modo de ver, passa por ser o espaço administrado por pessoas com condições de transformar aquilo lá em teatro. o prédio é de teatro, mas serve pra batizado, colação de grau, etc.; até pra se ensaiar no teatro é preciso fazer promessa com o santo padroeiro. Lamentável. A questão do nome é mais complicada, porque envolve lei municipal e vontadae política pra isso. O que eu sei é que, bem ou mau, o Senador Sigefredo Pacheco contriubuiu de forma definitiva pra construção dele. Fala-se que rolou muita coisa estranha, pra dizer o mínimo, na construção do prédio, mas eu não sei com maiores detalhes, o que aconteceu.

Valdivino disse...

Sr. Zan, rolou coisas cabeludíssima, e quem viu as plantas hoje ver que ficou foi longe do projeto original. Eu ia lá de detrás do ginásio Santo Antonio naquela rua depois da casa do seu Raimundo Lustosa jogar bola no local com a meninada dali da redondeza, que também servia para amarrar carrossa, jumento, cavalo, elefante e o diabo a quatro. Pra começar e terminar as cadeiras são de segunda mão e foram pintadas com três mãos de tintas quando vieram da rádio Difuzora de Terezina pra ficar no lugar das poltronas. Quer mais, onde já se viu uma cabine de projeção pra uma máquina só com as escadas dando pro lado de dentro do salão quase em riba das cadeiras. Não era pra ser só teatro, era cinema também. Em 2005 eu estive aí e vi o forro se soltando por causa das goteiras parecendo ser de papelão, moço.
Dava pra fazer uma tripa enorme de comentários aqui.
É só para os senhores se situar. A vida desse doutor e de outros como o Valdek Bona daria era um filme de terror.
É isso aí.

Horácio Lima disse...

"Cada um de nós constrói a sua história e cada ser carrega em si o dom de ser capaz, de ser feliz. (Almir Sater/Renato Teixeira)

Fazer um memorial consite então em um exercício de escrever a própria trajetória de vida e é o resultado de uma narrativa apartir dos fatos que nos vêm à lembrança, é aprofundar a reflexão sobre ela.

Caro ZAN, somos dignos de ficar na memória?

Judilão disse...

Horácio Lima, vai aí a letra completa da música "ANDO DEVAGAR" que voce citou um trecho...
ZanFilas e vamos ser feliz assim mesmo essas carniças já foram pro inferno...

Judilão disse...

Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder seguir,
e é preciso a chuva para florir.
Sinto que seguir a vida seja simplesmente
conhecer a marcha, ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,
de estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder seguir,
é preciso a chuva para florir
Sinto que seguir a vida seja simplesmente
conhecer a marcha, ir tocando em frente
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder seguir,
e é preciso a chuva para florir
Sinto que seguir a vida seja simplesmente
conhecer a marcha, ir tocando em frente
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
de ser feliz...

Judilão disse...

Zanfilas o control C control V funcionou agora...

zan disse...

Eu, sinceramente, fico embabascado mesmo é com coisas mais recentes. Infelizmente a história recente das administração da coisa pública na cidade não é propriamente exemplar, pra dizer o mínimo. E isso se refelete nas relações entre as pessoas. Todo mundo acha que o único jeito de conseguir as coisas aqui é participando de alguma maracutaia. A coisa mais difícil de se conseguir aqui é alguém cumprir algum compromisso, desde as coisas mais simples até coisa mais séria. O mau exemplo que vem de cima contamina todo mundo mais embaixo. Isso é a pior coisa que eu encontrei aqui. Não pessoalizo minhas análises porque acho que é complicado você estar aqui e ao mesmo tempo ficar falando de gente que vc. encontra em locais públicos, andado no rua, etc. Quem está longe e distante pode se dar a esse luxo. Aqui, o esforço é conviver no corpo a corpo diário com isso, de forma civilizada.

Silveira disse...

E é bem aí onde o Zan faz a gigantesca diferença!
Meu velhinho preferido, depois da lindíssima apresentação do Rio para as Olimpíadas, onde o prefeito e o governador deslancharam em inglês e o Lula levou minha família em volta da mesa do café, as lágrimas, aqui em Niterói, onde o sol nos surpreendeu aparecendo. Deus existe, estátua do Corcovado é só símbolo de cimento e ferro. O Zeferino fica, a partir deste momento, oficializado como nosso
Ministro das Relações Culturais dos Carnaubais. Zan, você aprendeu mais da conta lá no Itamaraty (Não falo do carro). Parabéns. E vamos ao Teatro Chico Pereira!!!

Hélio - de Fortaleza disse...

Concordo com o Silveira. O Zan foi polido e se saiu muito bem quando falou sobre relações e procedimentos entre nossa gente. É fato também que infelizmente, as pessoas aprederam ao longo dos tempos com os alcaides do passado recente e que pegavam pareia pra ver quem conseguiria sucatear acidade mais ligeiro. E aí entram coisas absurdas que não valem a pena resmoer. Quanto a Olimpíada, foi show a presentação e o Lula mais uma vez deu bofete com luva de couro de bode na cara da burguesia doutorada que tem nojo de pobre. Resta agora saber se mais uma vez o mundo se curvará aos pés do eterno patrão Tio Sam que ano passado detonou a economia, e de resto, os paises mais pobres do mundo. Escapamos por competência, e graças a Deus, a solução nasceu aqui no pobre e injuriado Nordeste.

zan disse...

Eu acho que a maioria das pessoas aqui que têm noção do que acontece e fica por baixo do pano, ninguém vê, sabe porque e onde está o ouro escondido. Acho que, pelo menos há uns trinta anos, judia-se da boa fé do povo, em sua maioria ignorante e de boa fé, comprando-se com migalhas que sobram dos banquetes, seu silência ou sua cumplicidade. Até onde isso vai não tenho idéia, porque parece que está impregnado na cabeça da classe média, por exemplo, que chegar a uma prefeitura ou uma deputança, é pra se tirar proveito pessoal disso, pra si e pro seu grupo. Ignora-se solenemente o interesse público e isso é aplaudido e pede-se bis. Quando isso vai acabar, repito, é impossível dizer. Imaginar que isso pode acabar, dá uma sobrevida aos nossos sonhos de uma cidade menos injusta e cruel. A pobreza e a ignorância do povão aqui é acachapante.

zan disse...

Meus dois últimos anos em Brasilia foram fundamentais para me dotar da capacidade de conviver com o pior da natureza humana, de maneira mais natural possível. Minha natureza honesta e leal me obrigou a, por questão de sobrevivência, aparentemente condescender com todo tipo de canalhice de que as pessoas são capazes. Então me achei em condiçoes de sobreviver em qualquer circunstância. Minha relação com o Itamaraty aconteceu por ter o meu filho mais velho trabalhado lá por um período de um ano ou dois. De lá ele saiu vacinado com algumas coisas de que ele não quer abrir mão: não quer ter emprego e nem chefe, coisas tipicamente minhas (ele consegue sobreviver como tradutor de inglês, trabalhando em casa). No mais ele achou terrível conviver com tanto maluco e homossexual dividindo o mesmo espaço com ele. Particularmente acho que tem mais maluco no mundo que não maluco. Quanto a homossexuais, convivo desde muito pacificamente com eles.

zan disse...

Meus dois últimos anos em Brasilia foram fundamentais para me dotar da capacidade de conviver com o pior da natureza humana, de maneira mais natural possível. Minha natureza honesta e leal me obrigou a, por questão de sobrevivência, aparentemente condescender com todo tipo de canalhice de que as pessoas são capazes. Então me achei em condiçoes de sobreviver em qualquer circunstância. Minha relação com o Itamaraty aconteceu por ter o meu filho mais velho trabalhado lá por um período de um ano ou dois. De lá ele saiu vacinado com algumas coisas de que ele não quer abrir mão: não quer ter emprego e nem chefe, coisas tipicamente minhas (ele consegue sobreviver como tradutor de inglês, trabalhando em casa). No mais ele achou terrível conviver com tanto maluco e homossexual dividindo o mesmo espaço com ele. Particularmente acho que tem mais maluco no mundo que não maluco. Quanto a homossexuais, convivo desde muito pacificamente com eles.

Ricardo Reis disse...

O que acontece em Campo Maior, infelizmente, é o mesmo que ocorre em grande parte das cidades desse nosso imenso Brasil. Como cada caso é um caso, a nossa situação é um pouco pior do que em outros lugares, devido a pobreza que instalou-se no nosso município. Isso torna parte da população dependente dos gestores(?) públicos, na sua maioria, vaidosos e arrogantes, que não entendem, ou não querem entender, que o progresso somente se faz presente, com investimentos na educação, e com a exploração, inteligente e responsável, das potencialidades locais, além é claro, da prática da honestidade no tratamento com a coisa pública. Muitas pessoas, não concordam com a maneira que Campo Maior vem sendo administrada(?) nas últimas décadas, porém, ou porque dependem diretamente, ou porque algum familiar depende do assistencialismo de algum dos poderosos da ocasião, calam-se e resignados, não lutam, para não sofrer algum tipo de perseguição. Às vezes, a população até que tenta mudar, entretanto, e essa é a nossa tristeza, aquele que representa a esperança, revela-se em mais um oportunista, travestido de herói. O ZAN tem razão quando diz que para quem está distante, fica mais fácil falar de quem está no poder. É difícil criticar quem está no centro do problema, porém, como sou otimista e acredito na capacidade de luta que existe dentro de cada ser, tenho certeza de que um dia a situação muda. Sempre que um povo cansa de ser espoliado, ele passa por cima do pseudo-poderoso, e inicia uma nova era. O que acontece em Campo Maior, e em muitas outras cidades, é que o povo ainda não se deu conta da força que tem, e ainda não desaprendeu a dizer, sim senhor, obrigado doutor. Amo o meu torrão, e espero desencarnar às margens do açude grande. Ficarei feliz, se na ocasião o açude já estiver despoluído, e se já tivermos escorraçado os falsos líderes da nossa querida Campo Maior.

Horácio Lima disse...

Caro Zan, recente em C.Maior percebi a negligência de algumas pessoas, é uma cultura totalmente voltada ao comodismo sem nenhuma responsabilidade, inclusive comentamos este fato, é a cultura regional da vaca de presépio.

Quanto à politicagem , armam umas maracutaias para livrarem a cara do parceiro envolvido num escândalo e quem acaba pagando o pato somos nós brasileiros, e um dos principais fatores desse descrédito é a corrupção generalizada quase endêmica em todos os ramos das atividades política e econômica que por sinal não é brasileira, permanece impregnada no universo.

Judilão, grato pelo gancho e vamos “Tocando em Frente”.

zan disse...

É isso aí, Ricardim e Horácio. Uma hora isso acaba ou diminui...

Saul disse...

Pessoas, tá faltando um condimento nesse tempero da exploração da boa vontade e do caráter da boa gente daí e de alhures. Esses coitados são lavados mentalmente pra, ao invés de encarar as augruras, as diculidades do mundão, ao invés de pedir força a Deus pra superar tudo isso, se apega com estátuas feita por gente encharcada de todo tipo de vícios (o de Assis falou de Pripiri). O Mestre secular mora no maior palácio do mundo, encravado no meio de Roma, cercado de tudo que é sinistro, inclusive, crimes contra eles mesmos e contra a humanidade. Dali, exporta ensinamentos mentirosos e incentivos aos vândalos políticos na feitura do que de pior existe em degradação humana. O "representante" de Deus aqui na terra foi fiel escudeiro do nazismo. Misericórdia.

MUNDICO COSTA disse...

Concordo com os comentários acerca das administrações desastradas de Campo Maior. Desde o Cesar Melo, passando pelo sinistro Carboreto, o charlatão Marco Bona, pelo omisso Antonio Machado, novamente o sinistro Carboreta, e agora, por uma familia inteira, isto é, a familia Félix, que fez da Prefeitura um verdadeiro feudo familiar. Estes, por terem recebidos muito dinheiro, a fundo perdido, do governo federal, fizeram algumas obras de faixadas e sem transparência de gastos, se mostram como grandes administradores. Mas, o que fizeram com as verbas próprias do erário municipal(FPM, IPTU, ISS E OUTROS IMPOSTOS)? Nada, absolutamente nada. Com o agravante de se manterem ilegalmente no poder, pois o seu chefe foi cassado pelo TRE e está gastando muito dinheiro lá no TSE para postergar o julgamento naquela Corte. Tenho certeza que no próximo pleito irá aparecer um cidadão digno e honesto para recuperar a dignidade de governar a nossa querida cidade.

Antonio - De Cuiabá disse...

A propósito do erro de português do Francisco Macedo Junior e da intervenção do Zan, foi providencial a lembrança da professora Francisca Tereza. Ela foi minha mestra no Colégio Estadual (também dos gloriosos Elmar Carvalho e Otaviano do Valle, perclaros colegas de classe) e sobre ela tenho boas lembranças. Por exemplo: quando passávamos em frente à sua casa, na rua que passa ao lado do Fórum (é isso), bem perto de uma igreja evangélica, já sabíamos que ela tinha saído: um cheiro agradável do perfume que ela usava denunciava sua ausência. Mas, a marca registrada da professora era o tom excessivamente elevado de sua voz. Ela falava tão alto, que dava para ouvir do outro lado ao açude. Claro que é uma brincadeira. No contexto, a professora Francisca Tereza inspirava respeito e se apresentava aos nossos olhos como uma figura humana grandiosa, extremamente inteligente. Também me lembro dos professores Lázaro (História), Padre Benedito (Geografia, com seu inseparável mapa), Aracéia (Matemática), Ludmila (Inglês), dr. Hilson Bona (EMC/OSPB), dr. Renato (Química)... Enfim... Fomos bem servidos de mestres.

Zeferino Alves Neto disse...

Eu não sei bem o que está havendo, mas tenho a impressão que as pessoas estão escrevendo mais errado hoje, aqui na cidade. Conversando com uma professora de uma escola pública onde dou oficinas de teatro e impressionado com textos totalmente quebrados, parece que escritos num idioma outro (tem que fazer uma espécie de versão, se não não entende), acho que tem que ser feito uma espécie de mutirão pra melhorar o desempenho da garotada, principalmente por causa das redações em vestibular, enem, etc. É de dar pena. Lembro de professoras como Francisca Teresa, Chagas Campos, Isabel Milanez e da preocupação, pra não falar do Dr. Hilson Bona, que não perdoava os "pelo os" dos incautos... O pessoal que escreve comentários nos sites e portais é vexaminoso...

zan disse...

O blog do zan saiu sem querer, gente...

Unknown disse...

O meu avô BILÉ com certeza será uma pessoa inesquecível, não tinha muita escolaridade, mas dominava qualquer assunto pois os livros eram seus melhores amigos, o seu maior dom era a capacidade de fazer amizades o seu jeito alegre contagiava a todos a sua volta, tinha muitos conhecimentos e os repassou durante toda a sua vida aqueles que deles precisavam, era um pai, avô e bisavô maravilhoso perto dele não tinha tristeza a cada dia ele aparecia com novidades e gostava de nos contar todas as histórias vividas por ele, com certeza Campo Maior perdeu uma pessoa incrível em todos os aspectos.

ROSELANE BONA

Unknown disse...

Netinho, sempre foi esta a forma de nos tratarmos que saudades de tudo isso, nossas fotos com nosso amigo sapato.Oh tempo bom .Saudades

SOCORRO CARVALHO BONA disse...

Eu como neta sou suspeita para falar mas cresci escutando e admirando meu avô,em toda a minha vida jamais conheci uma pessoa tão inteligente apesar de pouco estudo,sua capacidade de escrever era sem igual,além de ser muito engraçado até com situações do cotidiano,volta e meia sempre lembramos de alguma história....era sensacional conviver com ele...que saudades!!!!

Unknown disse...

Sem duvida meu avô foi um homem muito importante não só para Campo Maior mas para todo Piaui,era incrível como uma pessoa com tão pouco estudo era tão inteligente,suas histórias são fantásticas,sem falar na veia humorística.Aprendi muito com meu avô....sinto muita saudade!!!!

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