quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Muita lembrança, pouco futebol...

Antes, o “leão”, time de futebol que teve o Sr. Oscar Duarte como primeiro presidente, tinha como mascote uma mulher: a Altair (Tatá), filha do seu Dideus e também a esposa do jogador Geraldo Pucuta - esse agachado aos pés dela. Oscar Duarte era o comerciante e pai do agitador cultural e blogueiro, Zeferino Zan.
Um pouco depois da chegada do Bernardo Cabral por estas paragens e um pouco antes do início dessa acirrada rivalidade entre os dois principais clubes de futebol de Bitorocara, por incrível que pareça, quem desenhava o uniforme do time do Comercial era um caiçarino de quatro costado e com “aquilo” encarnado, mais vermelho do que carmim. Sério! Vejam as fotos... Ninguém merecia...!



Do time, nem nos arquivos do cineasta Humberto Mauro teríamos imagens, mas a "equipe" (uniforme) é a imagem, espelhada, do Vasco da Gama.
NOS COMENTÁRIOS:
Zan disse...
Angelo, Manuca, Chico Catita, Chico Galo, Miguel Brito, Chiquito e Antonio Rufino. Agachados:ZéArlindo, João Catita, Sérvulo, Bodinho, Edim Catita e Cabrinha. Esses dias cruzei aqui com um sujeito baixinho, encostei no cara e perguntei:Você é o Cabrinha? Resposta: ele mesmo... Desses aí estão vivo e morando aqui: ZéArlindo, Chiquito e Cabrinha. Sérvulo mora em São Luis, Chico Catita em Teresina.


Ufa! Valeu, Zan!!!


Quando eu quis dizer sobre "pouco futebol", naturalmente que me referi aos boleiros da atualidade; também por culpa da falta de interesse do empresariado que desconfia da capacidade de quem administra isso que também não é minha posição dentro dessa, literalmente, área.
Fotos: MuseudoPaulo&Bitorocara+

61 comentários:

zan disse...

Angelo, Manuca, Chico Catita, Chico Galo, Miguel Brito, Chiquito e Antonio Rufino. Agachados:ZéArlindo, João Catita, Sérvulo, Bodinho, Edim Catita e Cabrinha. Esses dias cruzei aqui com um sujeito baixinho, encostei no cara e perguntei:Você é o Cabrinha? Resposta: ele mesmo... Desses aí estão vivo e morando aqui:ZéArlindo, Chiquito e Cabrinha. Sérvulo mora em São Luis, Chico Catita em Teresina.

Rodnei Saraiva disse...

Chico Catita mora no Santa Sofia, conjunto de frente pro mocambinho, em Teresina e perto da casa do filho do Fumaça, um que é advogado e casado com a Ùrsula filha do Chiquito que jogava no Comercial. Viu como esse blog aproxima e descobre notícias das pessoas?

zan disse...

Com essa camisa parecida com a do Vasco da Gama, eu assisti aos primeiros jogos do Comercial (53/54).Em pé Zequinha, Daniel, Ângelo, Manuca, Antonio Pedro. João Catita, e Gonzaga. Agachados:só conheço João Catita, Zé Arlindo e Edim Catita.

zan disse...

Caiçarinos, reconheço as feras abaixo na foto:Coló, Ditoso, Valter Machadinho, Zé Costa, João de Deus, Não, Napoleão, Não, Geraldo Pucuta, Fumaça e Escurinho.

Damasceno disse...

Zan, tu era amigo do sr. Deusdete de Melo, pai do seu Agenor melo?

Tyago Moura disse...

Pessoal, vê se vocês continuam no estádio assistindo este jogo de morto-vivo. Eu tava olhando os comentários da primeira comunhão e rapaz no final ficou reimoso. Se aquilo lá era uma matéria de primeira comunhão, imagina quando o Netto fizer uma matéria com o Zabelão. Credo.

zan disse...

Deusdete Melo era irmão do Agenor Melo, pai do Cesar, Maurício, Moreninha, Gilmar, Agenorzinho, Margarida e mais algum/alguma que me falha a memória. Meu pai era amigo de Agenor e Deusdedit Melo e chegou a trabalhar na firma desse último, nos anos 30/40, se não me engano. Meu pai era de Batalha, como os seus amigos Melos.

Horácio Lima disse...

Como torcedor do Leão dos Carnaubais, é muito saudoso rever esses craques eternos do passado, uns em vida, outros batendo um bolão em outras dimensões nos placares celestiais, que na minha memória, não perdia um só espetáculo entre os arqui-rivais Caiçara x Comercial naquelas tardes quentes de domingo no majestoso estádio Deusdete Mello.

Para mim, era muito difícil adentrar na arena onde era realizado o espetáculo, contudo, me conformava com as minhas mínimas condições financeiras.

Minha cadeira cativa e de outros adolescentes eram os “sustentos dos galhos das mangueiras e ciriguelas” que circundava o caldeirão.

Tive o prazer de conhecer e conversar pessoalmente com o zagueraço cearense Cabo Dulce o 6° da esquerda para direita, esse namorava a Sueli cunhada do Sr. Zacarias Gondim amiga de minhas tias Odete e Eduvirgem, sujeito de personalidade, de boa índole, sempre vaidoso.

Cabo Dulce ao pendurar as chuteiras, retornou a sua terra natal se não me engano Sobral, e foi trabalhar na Prefeitura local exercendo a função de gari, eventualmente foi contagiado por uma tuberculose incurável e veio a falecer prematuramente.

"As partidas de futebol
ainda se repetem em minha memória:
vídeo-tape que não se cansa
de se repercutir
em seu interminável repeteco"

Trecho acima foi colhido do livreto O Pé e a Bola, gentilmente cedido pelo poeta Elmar Carvalho.

Elmar, conforme você menciona com apreço e consideração no meu livreto >se houver uma 2a. edição, incluirei o artigo/crônica do Beroso x Coló< com certeza vai ser uma edição show de bola.

Assis disse...

Claro que vendo essa equipe xadrez, deve ser mulecagem do Netto dizendo que era um caiçarino que desenhava a equipe do glorioso Comercial por vingança. Não cheguei a ver isso mais décadas depois o Santoe de São Paulo inventou uma coisa horrorosa asim e mais pior, até o calção era xadrez. Não durou dois meses, a torcida queria linchar a mulher do dirigente que ganhou uma nota preta pra fazer isso. Coisas do futebol.

zan disse...

Tem um time de futebol aqui que se chama Zabelão e já ganhou até campeonato.

Antonio - De Cuiabá disse...

Lembro-me da maioria dos jogadores do Comercial e do Caiçara - principalmente, do primeiro, pelo qual eu torcia. Esses times ainda existem? Cansei de ir ao Deusdeth Melo, inclusive, até para "assistir" a treinos. Sempre gostei de futebol. Lembro-me muito bem do goleiro Coló, que era casado com minha madrinha de batismo, Altamira do Monte, conhecida como Simira. Eles até tiveram um bar na Rua do Comércio, se não me falha a memória.
A que se resume, afinal, o futebol profissional (?) de Campo Maior? E do Piauí, num contexto mais amplo?

Belchior Neto disse...

Zan tu realmente mostra teu lado comercialino, pois mesmo depois de tanto tempo um bom e fiel caiçarinho jamais iria esquecer dessa formação. Vejamos: COLÓ, DITOSO, VALTER, ZÉ COSTA, JOTA MONTE, CABO DULCE E NAPOLEÃOe agachados estão: ANTONIO QUINTO,GERALDO PUCUTA, FUMAÇA E ESCURINHO. Decora e refresca a memória.

Anônimo disse...

Não entendi porque o Antônio "Pedro Rocha" usou o verbo no passado, ao dizer que "torcia" pelo Comercial.
Considero-me torcedor eterno do Comercial, mesmo estando ausente de Campo Maior a mais de 30 anos, e quando alguém pergunta qual o meu time, respondo invariavelmente: Comercial de Campo Maior!

Trancoso disse...

"...o Coló cola com cola e eu colei com Mariquinha...?
E eu desapreguei minha cachola (noviiin) e num entendi bulufas!
Tá legal: é que quando eu vim mimmbora pra cá ainda menino das calças (azuis!) curtas, minha mãe dizia pros vizinhos que eu tinha vindo aos trancos e barrancos. Que dizer: pelo fato de eu não ter querido sair do meu pedaço querido, virei Trancoso. Apelido infame. E se eu tivesse ficado vendo o Coló, o V8 e o Beroso agarrarem todas, inclusive frangos do tamanho duma sariema da Fazenda Nacional, também? Num falem não, se não piora!

Antonio - De Cuiabá disse...

Mil desculpas ao Anônimo: quem torce, torce até morrer, lema de quem é flameguista (do Rio). Não posso deixar de afirmar que SOU comercialino. Mas, continuo interessado em saber a quantas anda o futebol de Campo Maior...

zan disse...

Belchior, eu já tinha cantado a escalação da foto, é que tu não viu lá em cima, mas tudo bem. Ando atrás aqui duma foto em que eu estou lá de mascote do Comercial no dia em que o Caiçara venceu pela primeira vez em sua história o Comercial, uma goleada histórica que ainda hoje eu não engoli. Que ano foi isso? Acho que 1956. Eu saí do Deusdedit Melo chorando nos braços de comercialinos como Antonio Rufino e Casemiro Neiva. Era um molequinho de dez anos com físico de seis. Uma pequena tragédia que toda vida comparei ao 2 a 1 do final da Copa de 50 no Maracanã.

Judilão disse...

Trancoso a música pela qual voce se referiu é assim:
O Coló quebrou a perna...
Eu tambem quebrei a minha...
O Coló colou com cola...
Eu colei com a Mariquinha...
Entendeu?

Trancoso disse...

Simples e genial estes versos, coisas de nossa gente. Hoje é na base do funk e da porrada de preferência com muito sangue.
Zan, logo você, filho de um fundador e presidente do Caiçara. Sobre o maracanaço de 50, a história conta que os vascainos sofreram em dose dupla, mais do que todo mundo: o Vascão era a base daquele timaço que subestimou os aguerridos uruguaios, que subestimaram outro dias os malas argentinos. Não é cunversa de trancoso não.
Se for pra falar sério é cum arrente mermo!
Aqui prêsses lados do interiorrrzão paulista o clima tá desinbestado, marreu sei que é currpa nossa.

zan disse...

Meu pai era um homem generoso e na época um grande comerciante. O presidente de fato era um gerente da Moraes S/A, chamado Francisco José Caracas, que tem mais de oitenta anos e mora no Rio de Janeiro. O Comercial era o time do povo, mas para os caiçarinos era o da elite. O Caiçara nasceu duma discidência do Comercial; jogadores como Geraldo Pucuta, Zé Costa, Pires e outros mais brigaram com alguém da diretoria do Comercial e foram para o Caiçara; na época da primeira vitória caiçarina, uma goleada de 5 a 3, todos os Murilos já eram do Caiçara. Foram buscar mais uns caras de Pedro II, Felipino, Toinho e Fumaça e contaram com o reforço de uma veterano que já tinha jogado como profissional em times de Fortaleza e São Luis, um maluco que era conhecido como Lusinho Cavalo Véi. Esse sujeito era da família Camelo, ainda tem uns sobrinhos vivos por aqui, fez o último gol da partida driblando até o goleiro Ângelo e entrando no gol comercialino com bola e tudo. O desgraçado ainda por cima era gago e invocadérrimo. Ando atrás da foto do Caiçara nessa partida.

José Miranda Filho disse...

"Goooooooollll! do Cavalo Véiiiiii!" - grande locutor Zé de Sousa, da Rádio Calçada, da minha infância! Por onde andarás tu, ó homem! Também grande contador de "causos" de terror, de almas penadas do outro mundo que nos vinham visitar. Por causa de uma dessas historinhas infantis, envolvendo minha mãe à época falecida, tomou um gostoso coque (garotada de hoje, é o mesmo que cascudo) do meu pai, que o Zé de Sousa passou uma semana coçando a cabeça. ZAN: Francisco José Caracas ainda vive, octogenário, no Rio? Que surpresa! Me recordo dele mais ou menos novo, gerenciando a Casa Moraes, bem próxima da minha residência, na pracinha, mesma esquina, com a Av. Vicente Pacheco, onde depois se estabeleceu o Sr. Deyton Carvalho, pai do médico Domingos José. Agora, não é por ser meu irmão, mas, ao lado de Coló (Caiçara) e Beroso (Comercial), tão cantados e decantados, Luiz Cláudio (no futebol, mais conhecido por Icade) formou o trio dos melhores goleiros de Campo Maior em todos os tempos. Depois, segue o Ângelo Matos nessa classificação. Icade iniciou muito jovem, como reserva do Coló, naquele timaço caiçarino do começo dos anos sessenta. Não chegou a ser titular do Alvi-Rubro. Foi no Comercial em que mais se destacou, também principiando na reserva - do Beroso! - e, com a transferência deste para jogar em Teresina (Botafogo), Icade assumiu a titularidade com muito sucesso. Defendeu, ainda, a Seleção Campomaiorense no Torneio Intermunicipal, promovido pela APCEDEP. Passando a residir em Teresina, a trabalho, defendeu o Auto Esporte Clube (hoje desativado). Recebeu convite para atuar pelo Ríver, mas tremeu, temeroso da pressão fortíssima da torcida do Galo, não aceitando o convite. Há uma foto dele numa formação do Auto Esporte na famosa revista "Placar". Outra no livro "Geração Campo Maior - Anotações para uma Enciclopédia", de Reginaldo Gonçalves de Lima, integrando o Comercial. É citado no livro "O Pé e a Bola - Craques do Futebol Campomaiorense e Parnaibano", de Elmar Carvalho. Se não me falha a memória, João de Deus Netto fez uma matéria com fotos do Caiçara e do Comercial, da qual Icade faz parte. João, não necessita se dá o trabalho de responder; sei que o seu tempo é muito cheio.

José Miranda Filho disse...

Olhem, quero dizer que o nome citado por mim é Dayton; não, Deyton.
Peço desculpas ao João de Deus pela errata. Sei que ele não gosta disso. Obrigado.

zan disse...

Zé de Souza é neto do autodenominado capitão José Rodrigues, um cidadão que morava ali por perto da hoje av. Santo Antonio. Um mulato com fumos de remediado que andava com a ajuda de uma bengalinha. Quando aquilo ali era uma punhado de casebres, dizia-se que ele espantava as penosas que ficavam ciscando na beira da pista; quando a avezinha esticava a idéia nas rodas dum carro ele a arrastava para uma penala já no ponto para um almoço caprichado. ZéRodrigues era metido a falante e segundo me contou mestre Augusto Pereira, no comício que Juscelino Kubstchek fez na sua campanha em 55, ha praça Rui Barbosa, o homem que construiu Brasília deu a palavra ao
ilustre orador. Zé de Sousa de minhas lembranças, tinha um caminhado bamboleante e dando saltinhos e era dado a inventar histórias de alma. Mas a história mais bizarra desse personagem foi uma chicotada de diarréia de cima dum pé de oiti que tinha na pracinha em frente à casa do Zé Miranda. Zédesouza passou a tarde toda comendo tamarindo do pé que tinha na casa do ZéMiranda. De noite, não sei bem porque, apertadaço, resolveu dar uma cagada aérea; um cidadão incauto que passava por baixo da árvore na fatídica hora, reagiu literalmente com paus e pedras... O véi ZéRodrigues já morreu há muitos anos; Zé de Souza, se não tá vivo, foi pro céu...

zan disse...

Zémiranda, tenho informações seguras de que Chico José é vivo e mora no Rio de Janeiro. O Gonzaguinha, aquele beixim invocado que andou por aqui no festejo e eu reeencontrei em Brasília, conviveu com ele no Rio. Chico José, segundo Gonzaguinha, ainda hoje se lembra daqueles velhos tempos com saudade.saxim

José Miranda Filho disse...

O capitão José Rodrigues foi uma das principais figuras da história popular (folclórica) da cidade. E o neto Zé de Sousa não lhe ficava a dever muito, apesar de apenas um molecote na nossa época. Quem sabe, quando se tornasse adulto...
É sempre bom saber que alguém, que não é campomaiorense, mas só residiu em Campo Maior, afirma ter saudades dos tempos em que nela esteve. Como o Chico José Caracas, parnaibano.

JOÃO PEREIRA disse...

ZAN,

Procede a história de que o Caracas em questão residia numa propriedade chamada Venezuela, que depois tornou-se o famoso cabaré, mantendo o nome primitivo?

Trancoso disse...

Procede, Pereira. Só que depois ele ó, TOP,TOP!
Pela mãe da santa Zabel, Zan, dê um jeito nestes gozadores de todo os plantões..

zan disse...

O que eu sei é o seguinte: Venezuela era o nome de uma chácara com piscina que era de propriedade do Chico José Caracas. Quando ele foi pro Rio vendeu pra não sei quem que alugou pra alguém que transformou aquilo no cabaré Venezuela. Daquilo lá só restou um pedaço da piscina no meio de umas casas por perto. Top Top virou cabaré quando os herdeiros do Cel. João Crisóstomo, dono do sobrado na Praça Rui Barbosa, que hoje é da Diocesse ou paróquia, venderam a chácara São João, que deu nome ao bairro por ali por perto do Deusdedit Melo.

zan disse...

Zé Miranda, Zé de Souza se perdeu na poeira dos tempos e das estradas por onde se perderam também outros personagens inesquecíveis de nossa infância, tipo Caroço de Goma e Chico Bostinha, lembra deles? Caroça de Goma era um negrinho preto como tição, o apelido irônico deve ter sido botado por meu pai; Chico Bostinha era um garoto que foi parar lá em casa porque o pai espancava barbaramente. O juiz de direito da época deu a guarda dele para o meu pai. Quando minha mãe morreu ele voltou pra casa do pai, que morava ali pelas bandas do Fripisa. sob a promessa de não mais espancá-lo. Isso tudo nos velhos anos 50. O apelido do Chico Bostinha quem botou foi meu irmão Marco Aurélio. O garoto era duma pontaria incrível quando tentava acertar com bosta de gado seca, bichos e árvores ali pela baixa.

zan disse...

Fiquei sabendo ontem de mannhã, que faleceu na véspera, o ponta esquerda do Comercial, Cabrinha, que está na foto do xadrez azul, de 1958; faleceu na véspera de mal súbito, quando jogaga sinuca na bodega de sua propriedade, no Rabo da Gata. Cabrinha era daqueles pontas esquerdas que não existem mais. Ia à linha fundo, driblando e quando não cruzava da ponta, fazia gols em que demonstrava uma pontaria fora de série.

Oliveira disse...

O Cabrinha faz parte do time dos craques que mesmo sendo do time adversário, eu admirava. Que pena. Mais um bom nerônio que some do universo das nossas lembranças de jovem.

Horácio Lima disse...

Concordo com o Zan e o Oliveira, mesmo eu sendo caiçarino, nunca vi Garrincha jogar, mais vi Cabrinha, ídolo da torcida azulina, baixinho, habilidoso e goleador que agitava as arquibancada do Deusdete Mello com seus dribles pela ponta esquerda.

Muitos desses verdadeiros craques já se foram para o outro plano, na certeza de que no time do céu todos são titulares escolhidos por Deus.

De Assis disse...

Deus não santo Antoin. Vai deixar Zé?

zan disse...

De Assis, cara, escreve em português, sujeito...

José Miranda Filho disse...

Caroço de Goma e Chico Bostinha. Me lembro demais daquelas criaturas. O primeiro era mais preto do que carvão; cabeça de birro. O segundo, franzino, pálido, deixou minha infância impressionada por uns instantes; exatamente aqueles nos quais vi a marca da violência paterna (?) nas suas costas. Quando estou muitíssimo enfurecido, neurastênico (alguém me dizia, na meninice, que eu estava "norastênico"), corro para buscar o cinturão. Mas é só pra ser motivo de chacota; termina em risos, gargalhadas do "réu", porque a "cinturada", uma só, dói menos do que um sopro... Afinal, fui criado assim; nunca levei um tapa "paterno" ou "materno". Quanto ao Chico, ele gostava de uma brincadeira a espadas. Possuía a dele, mas era fraquíssimo; pato, sobretudo pra mim, que, depois do Murilinho, era o melhor; perfeito mosqueteiro do rei. Lá na nossa área aparecia o tal de Janeiro; lembra? Menino mais velho que nós; parece. Vendia pirulito naquelas tábuas cheias de buraquinhos onde se enfiavam os ditos. Apesar de meio esquisitão, certo dia não me contive, e, só por pura molecagem, dei um tapinha no lado inferior da tábua, espalhando-se pirulitos pra todo lado. O Janeiro, abandonando os docinhos, saiu correndo atrás do moleque, que havia disparado no rumo de casa, e não alcançado. A propósito, um irmão do Janeiro é, não, parece que foi, um grande empresário do ramo hoteleiro em Teresina. Primeiro, ergueu o Hotel Teresina (vários andares), na Rua Paissandu, perto da Praça Pedro II. Depois, construiu o Cabana (motel para as elites), no bairro Lourival Parente.

zan disse...

O Cabana anda por aqui depois de muitos anos em Brasília, cabeça branca e gordo. De Janeiro não sei notícias, em Teresina não se sabe mais quem fol Wolmar, um cara que tinha uns carrões rabo de peixe e fazia ponto ali na Praça Pedro II e depois virou empresário do ramo hoteleiro. Janeiro, Cabana, Caroço de Goma, Chico Bostinha e Zé de Souza, só existem mesmo em nossas lembranças, amigo, viraram seres encantados, como diria mestre Ariano... A única saída é ressuscitá-los pela ficção...

José Miranda Filho disse...

Esta vida é mesmo um imenso mistério. Vai passando, como um rio, e segue levando para lugares ignorados personagens que vimos passar, em várias épocas. Alguns reaparecem, dando sinal de vida, como o Wolmar, segundo informa o jornalista ZAN. Minha dúvida é se é Wolma ou Walmor. Vejo o Zé de Sousa sentado numa pedra, no quintal, embaixo de uma das árvores, arqueado sobre uma montanha de comida, prato cheio, batendo um osso de capão (que não nos faltava quase sempre aos domingos; domingo sem capão não era domingo), depois de comida a carne, para saborear o tutano, chupado até o fim. E dizia: "Aqui é donde tá o bom." Eu ficava só observando, achando uma vantagem presenciar o Zé de Sousa almoçando. Está aí uma idéia: personagens de uma singela ficção. Olha aqui outro, que passou um pouco depois: o Mudinho, do Seu Raimundo Fenelon, da Av. Vicente Pacheco.

JOÃO PEREIRA disse...

ZAN e Zé Miranda,

Essas crônicas sobre fatos e personagens de nossa Campo Maior são a essência deste blog.
Deixemos para trás o mar de enxofre e as questões religiosas, tratadas de forma intolerante e desrespeitosa, que talvez sejam a explicação para o sumiço de tantos amigos, antes assíduos comentaristas, verdadeiros viciados em BITOROCARA.
Rarearam os comentários do Elmar, do Ricardo Reis, do Totonho do João dos Couros, do Neville, do Washington Araújo, do Belchior, da Lusmarina e de tantos outros.
Sobraram apenas os anônimos e os que se valem de apelidos que ocultam a verdadeira identidade, vomitando impropérios e intolerâncias religiosas que nada têm a ver com o espírito deste blog.
Resistem bravamente apenas o ZAN, que não os leva a sério, e o Zé Miranda que, mesmo sob cerrado tiroteio, não perde a fleuma.
Sugiro aos bitorocarenses que não deixem de se manifestar, ocupem os espaços, falem dos temas que têm pertinência com o blog e são do nosso comum interesse, vale dizer, Campo Maior e sua gente.
Questões de fé, conquanto importantes, estão deslocadas neste blog, que tem por finalidade, repita-se, tratar de assuntos relacionados com a terra berço de todos nós.

Francisco Macedo Júnior disse...

Valeu João Pereira.
Rapaz, voce disse o que eu tinha vontade de dizer.
Faço minha suas palavras.
abraços

zan disse...

Xiquin, realmente vc. tem razão, agora o que eu acho é que nesse mundão de meu deus por aí, alguns campomaiorenses usam esse espaço pra de alguma forma manifestarem suas presenças e dizerem que ainda são compomaiorense. Eu até entendo que a pessoa queira dizer que é ou virou crente, que tem medo de satanás, que não sei quem fede a enxôfre, que eu o ZéMiranda temos parte com o demônio ou coisa do tipo. Isso deve fazer bem para essas pessoas, deve ser uma forma de viverem sua religiosidade, afirmarem seus valores religiosos, etc., por mais desagradável que isso seja para os outros visitantes do blog.

zan disse...

João Pereira, resistir é preciso, mais que nunca...

zan disse...

Zé Miranda, o mudinho do seu Raimundo Fenelon vive na cidade, cruzo volta e meia com ele, me reconhece, e estou agendando uma entrevista com ele, com a ajuda de uma amiga dele que entende a liguagem de sinais. Ele deve ter a nossa idade e mora com uma irmã no Conjunto Antonio Almeida.Tem aspecto jovial e é bem humorado.

José Miranda Filho disse...

Estão vendo como são as coisas?! O Mudinho em Campo Maior, tão perto e eu supondo que se encontrava a milhas de distância de nós! Aguardo ansioso a entrevista. Que coisa! Se ele te reconhece, deve se lembrar de toda aquela garotada. Os meninos faziam alguns gestos pra ele, que reprovava, se zangava, o que eu procurava evitar.

José Miranda Filho disse...

João Pereira, tenho procurado evitar as discussões a que se refere. Mas se você ler, noutra matéria, comentário que postei ontem, entenderá direitinho minha posição. É a fleuma, que ressaltou nas suas mais recentes palavras. Já percebi, e lamento a ausência dos bitorocaraenses que listou.

zan disse...

O nosso Mudinho se lembra demais daquelas confusões que se armavam quando algum menino, ali por baixo do umbuzeiro do Laguna (o umbuzeiro não existe mais, o local é uma oficina de carros), o irritava de alguma forma (geralmente um menino mais forte o hostilizava tentando lhe tomar uma peteca) e ele ficava muito nervoso, catava pedras e quem não corria se arriscava a ter a cabeça acertada por uma pedrada. Eu tinha pavor disso. Ele ri quando eu relembro esses fatos com gestos. Hoje é um cara tranquilo, casou, teve filhos, mas ainda se parece fisicamente com aquele garoto que a gente conheceu.

João de Deus Netto disse...

Zan e Zé Miranda, chamava-se Walmor e eu, no século passado ouvi muito o papai dizer que ele começou alugando BICICLETA (isso é que era empreendedorismo holandês)na acabrunhada capital do Piauí, nos anos 50, 60, por aí. Depois vieram os "carrões de praça" (taxi) e, finalmente, o ramo hoteleiro.
Pessoal, peço desculpas pela escassez de posts: final de ano e eu ando às voltas com trabalhos de natureza profissional que também garantem a polenta nossa de cada dia. Vai entrar nesse ritmo, mas poderá haver algum repente por conta do frio intenso que está diminuindo. Farei um esforço pra aproveitar algumas horinhas do início da madrugada.

José Miranda Filho disse...

Então, o Mudinho não apenas em Campo Maior, mas casado e pai... Ora, ora! E recordando-se daquilo tudo! No Laguna, ZAN, também as alegres peladas de futebol. Craques surgiram ali, entre eles um tal de Pinuca. Magro, leve, ágil. No umbuzeiro, depois de uma exibição de filme de terror, no Cine Nazaré, quando eu retornava sozinho, naquela ruazinha completamente deserta e parcialmente escura, vi, com estes olhos que um dia o pó haverá de comer, e que por ora sofrem de miopia, astigmatismo, hipermetropia, catarata e glaucoma, as duas noivas do vampiro!!! E, depois de um arrepio por todo o corpo, pernas pra que te quero?!
Bem que havia uma vozinha aqui nos miolos me dizendo que não era Wolmar, mas Walmor, hoje ressurgindo nas ruas da cidade como um fantasma do nosso passado... O João de Deus atirou na mosca. João, outra coisa: vai dormir, João, que a madrugada é pra isso!

zan disse...

Eu nunca fui craque, mas depois de tres anos em Recife, jogando pelada com gente que chegou à seleção brasileira (o goleiro Wendel, reserva na Copa de 1974), num areial em frente de casa, na Vila dos Remédios, bairro de Afogados, eu dei uma melhorada. Fazia jogadas esporádicas que até espantava os conhecidos. Ainda hoje faço isso, apesar da barriguinha que atrapalha as pernas finas. Apesar de tudo, ainda gosto de futebol, mas penso duas vezes antes de entrar numa pelada, o fôlego não dá mais praquela correria que era a minha marca. Era meio de campo, gostava de driblar e fazia até gol.

JOÃO PEREIRA disse...

ZAN,
Se você não contasse, nós jamais saberiamos que você jogou futebol.
Acho que a maioria de nós só oconheceu como cartola.

zan disse...

Ser cartola foi uma das piores experiências que eu tive na vida, João Pereira. Durante dois anos, se muito, fui da diretoria do Comercial, nos anos 70, 76 e 77, por aí. Nunca vi uma experiência mais escrota do que aquela de lidar com Federação Piauiense de Futebol, com jogador de futebol e com a imprensa esportiva de Teresina. Depois dessa me envolvi com o pessoal de teatro (malucos, viados e maconheiros, tinha até gente séria no meio...) de Teresina. Depois disso não tive alternativa senão casar, o que não deixou de ser uma experiência meio desastrosa, que só agora, trinta anos depois, percebo, mas isso é outra história muito mais complicada. Na verdade, pra ser honesto, viver é uma experiência totalmente alucinada e maluca, mas não há alternativas, tem que se ir seguindo, errando cada vez melhor, como diz mestre Samuel Becket.

Tyago Moura disse...

Chamar de mestre alguém de carne, osso, bactéria e 2% de uso de um cérebro defeituoso e feito de célula é um disparate. Embora tenha sido um cidadão filho de crentes e perseguido por ingleses de sei lá que josta é que eles saõ. O absurdo é que são mestres que admitem que erram. Tenha paciência seu Severino.

Pereba disse...

Éééégua Severino, vai deixar?

zan disse...

O que diferencia o mestre do ignorante é que o mestre sabe que não sabe, como dizia Sócrates, o filósofo, não ex-jogador do Corintians, que também era mestre e além do mais, ainda hoje bebe bem.

Tyago Moura - de BH disse...

Pois sou mais o Sócrates jogador, médico, errante e autêntico. Este teu deus Sócrates, o outro, simplesmente não existiu, é só um personagem saido da cabeça de outro "sábio" (vomitar), Platão, que inventou a tal da cicuta porque ele é que tinha vontade de ir "a luta" tomando o veneno, mas era um cagão. Cê sabe disso. São só hominídeos, Zan. É como a enfieira de "santos" enfiado em cordão do Zé.

Devez disse...

Rapaz, outro dia eu vi um livro desse Pratão lá no quarto do meu filho, vou falar com ele pra ver se ele não tá com pensamento fora das idéias. Já basta do que tem aqui na internet. Mas foi bom saber desses cara. Zan e Zé vê lá em. Voçês não me decepcione. Voçês até que falam bonito quando não taõ falando esquisito.Eu tava sumido só espiando.

Aldenora disse...

Sim e que diacho o Cabo Duçe, o Cabrinha e o mudin do seu Raimundo Fenelon tem a ver com essa filosofada de vocês? Ói lá Vocês tão prejudicando o blog.

Amanda Monteiro - de Teresina PI disse...

Tá certo, Aldenora, chega de filósofo e santo por aqui. Parece até terecô.

corega disse...

Amanda Monteiro, o que tu tava fazendo disfarçada de pai de santo gay, no terreiro do Chico Maraca, sexta feira passada, mulher? Teu avô sabe que tu anda fazendo essse tipo de pulitrica? E se o pastor ficar sabendo, irmãzinha?

corega disse...

Aldenora, o dono do pedaço aqui não patrulha nenhum tipo de comentário. Experimenta fazer um blog e cria tuas regras lá nele. Aproveita e vai ali na esquina rua Santo Antonio com a Capitão Manoel Oliveira ver se a alma do Catanã tá lá te espreitando pra uma tocaia...

corega disse...
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José Miranda Filho disse...

Aldenorinha, meu bem, em primeiro lugar, não é "Duçe", mesmo porque antes de "e" não se escreve "Ç", mas "C". O apelido do ex-atleta do Caiçara Esporte Clube é "Cabo Dulce". Se você não conhece figuras do passado, que fizeram parte das historiazinhas de alguns comentaristas, os quais se deliciam relembrando partes de seus passados, por favor, permaneça "mudinha" no seu obscuro canto. Aqui, ninguém está filosofando. Se se fala de religião, é-se combatido; de assuntos do nosso saudosismo entre amigos, idem. Você é quem prejudica o blog através de suas falas "sem nexo e sem sexo". Caso pretenda aparecer de filósofa, faça-nos o favor de evitar intervenções vãs nos diálogos sérios dos outros.

Belchior Neto disse...

Puxa, como a coisa tá carregada. Neto controle os pulsos e impulsos dessa gente. Amigo tenha cuidado, pois se assim continuar, esse blog vai virar um palco, digo uma arena para tantas discórdia.

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