Na imensa maioria das cidades brasileiras ainda existem áreas extremamente problemáticas quando o assunto requer cuidados por parte do poder público. Delas que parecem coisas do sobrenatural de Almeida e Silva: não existe saída para o problema, nem que lá no final se apresente um imenso portal com vista para o lado bonito da mesma cidade, e a dois passos do “paraíso”. Aqui em cima vemos o Beco do Laguna - não faço a menor ideia do porque do nome – que liga a acanhada e antiga Praça “Zé Miranda”, à antiga, ex- bonita e ex-principal praça da cidade; atrás da exuberante Catedral de Santo Antônio, na lindíssima Praça Bona Primo. Aqui embaixo vemos o Beco do Zizi Veras, mas bem que poderia ser Beco da Ancar (grande loja de produtos agropecuário), ou Beco do Mamede Lima – Zizi, Mamede e famílias moraram neste casarão aí da Avenida Vicente Pacheco. Lá no fundo temos a antiga residência do nosso colega e contemporâneo, Nataniel do Vale; mais à esquerda tínhamos a residência do emblemático e alegre mais da conta, Fernando Viener, ou Fernandinho, para os mais do que íntimos. Era a larga avenida dos Barões da Carnaúba. Tem também o secular Beco do Zeca Mendes... Esse fica pra próxima!
E por falar em antigos e “Milionários”... Vê se lembra dessa: (clique)
E por falar em antigos e “Milionários”... Vê se lembra dessa: (clique)
Fotos: Zeferino Neto
15 comentários:
Esse Beco do Zizi Veras me traz tantas lembranças agradáveis. Em toda essa extensão do local, "montávamos" nosso campinho à noite para inesquecíveis (algumas vezes violentas, guardadas as devidas proporções) peladas. A casa do Natanael, que frequentei muito... Seu vizinho, Fernando Viener (que muita gente chamava de Viana), era uma figura impressionante. Eu costumava emprestar dele exemplares do jornal O Dia, O Povo (CE), O Mafrense, A Luta e a revista Veja, quando a li pela primeira vez. E não devolvia, diga-se de passagem. Seu filho de criação, o Nonato, fazia parte da nossa turma, que incluía o Zé Moura (filho do dr Chagas Moreira), Edinho (prof. Maurício), Edmar (da Toinha, falecido), Rogério (dona Mulata), Cabecinha... Essa turma tinha encontro marcado toda a tarde no "el campin", que, como já revelei aqui anteriormente, foi construido em regime de mutirão, na Baixona. Nem preciso falar de Netto e seus tios, que davam um time, além de convidados, como uns netos do "coronel" Francisco Alves, cujos nomes não me lembro. Enfim, tempo bom que não volta mais. Neto, falta "reviver" outros tempos mostrando a famosa e gloriosa Rua do Sol.
Antônio "Sarnento" Ney e Raimundinho, meio que gordinho. Os dois torciam pelo Ceará Sporting Club, mas o primeiro era de um fanatismo típico de flamenguista, pricipalmente por causa de um tal Gilson, "o melhor jogador do Brasil"! Moravam na Aldeota, em Fortaleza, mas nas férias não tinha praia nenhuma que segurasse eles por lá.
Rapaz,comprei na semana que passou um Cd por conta desta musica do video, estamos em sintonia Neto.
Beleza, Netão. Lembrei, agora, dos ilustres convidados para nossas gloriosas peladas no campinho. O Antonio Ney, todas as vezes em que fazia uma jogada de efeito, citava um tal Chicletes, que, na época, seria um centrovante matador do tal Ceará. Lembrei, ainda, que tinha um fedelho, por nome Eugênio. Eram netos de "coronel", mas não eram, por assim dizer, conservadores (ou preconceituosos?). Enfim, tempo bom mesmo.
O Eugênio era o caçula. Vou fazer um post por estes dias mostrando em que estado se encontra aquele cenário. Que tal, Makuru? Sei que você está aí em Macapá viajando neste túnel do tempo, também.
Té mais!
Zan, fica atento e repassa para a prefeitura, no caso de algum interesse por parte deles, que a recuperação desses locais históricos no miolo da grampola da nossa cidade, não inclui o famigerado asfalto não. Deixem este calçamento que nunca deveria ter sido sujado e lambuzado pelo quente asfalto numa cidade já abrasiva. Cidade nenhuma do Brasil tem um pararelepí...desisto, CALÇAMENTO como este. Precisam de ver as lajes e buracos, verdadeiras armadilhas que eles tombaram nas cidades mineiras, e aí de quem mexer naquilo porque é a história que tem que ser preservada e a tecnologia ajuda também nisso. Pela foto dá pra ver que o problema é só nas calçadas e muros, e talvez no interior das casas que a exemplo do Novo Hotel, acabam caindo. No mais, este blog está fazendo história em riba da história. Parabéns grande João de Deus Neto dos Dideus e seus colabores nos comentários.
Sr. Zan, ao chamar os familiares para as homenagens, por favor, ver se a prefeitura dar uma BARRIDA nessa sujeira aí. Eu lembro desse beco desde quando eu era menina dos cabelinhos caheados e com asquelas camisolonas, num calor danado. Não mudou nada pelo que vejo. Aquele casarão do seu Zizi me parecia que tinha 50 andares. Quando a gente cresce (velha, não!) fica tudo tão pequeno, acanhado, estreito, soturno... Menino, deixa eu cuidar se não acabo chorando, logo eu? Nunca!!!
Quero ver isso tudo aí com alta estima, mais alta do que o mastro e a torre do santo juntas, encostando na cumeeira da Serra que de longe parece um navio azul.
Na época em que fizemos as fotos realmente as ruas da cidade, aqueles becos meio esquecidos ali, estavam muito sujos. O sistema de coleta de lixo da cidade hoje, é um dos pontos altos da administração do prefeito João Félix. Passo de vez em quando pelos becos quando vou ensaiar teatro com as crianças da escola dom abel na vicente pacheco e a limpeza tá nota dez ali...
Converso aqui com pessoas sobe a decadência do centro velho, digamos assim, e projetos de recuperação da área. Aconteceram coisas que contribuiram para essa decadência:fechamento do cinema, do campo maior clube, fim da rua santo antonio, isso mais a valorização natural da área do açude grande, deu no que deu. Existem projetos na instancia da prefeitura, pelo que sei:abertura de uma avenida que seria o prolongamento da demerval lobão e iria até o rio surubim, onde isso teria a ver com a revitalização da área da praça rui barbosa, por exemplo, eu não sei... Acho que seria mais fácil por exemplo transformar o sobrado do major honório num centro cultural com cinema, livraria, museu, telecentro digital, por exemplo, talvez fosse mais efetivo... uma lanchonete, restaurante, mini-shop cultural no meio da rui barbosa, tambem seria uma idéia... idéias, existem, concretizá-las é que são elas...
ô Zan, ando muito por essas vielas e becos do centro antigo de Campo Maior e fico imaginando quantos moleques, quantas familias de muitas gerações brincaram e passaram por nessas ruazinhas estreitas.
Na Av. Vicente Pacheco fico a imaginar o tráfego de pedestre, de mulas, carroças, cavalos. Tenho uma foto dessa avenida nos anos 30, com o imponente catavento antes do paralelepípedo. Já até me coloquei na posição que o fotógrafo registrou essa maravilhosa cena.
Um abraço.
Já havia visto no Livro do Reginaldo(Geração Campo Maior)uma foto de D. Mulata Lima junto me parece, que com Dr. Jacob C. Branco, Cel. Chico Alves e muitos alunos na frente do Colégio Maria Auxiliadora, ai fiquei a me perguntar onde sería hoje a fachada desse prédio, enfim descobri (Hoje é ECRAPE, Escritório do Carlos Ibiapina) mas ainda hoje tem um pedacinho da fachada.
Escola Maria Auxiliadora, professora Noca. Foi aí que eu comecei e também fui vítima do torturante "amor platônico" - claro que não foi pela querida mestra!. A moça, mãe, avó... Nunca soube! Como também não sei seu paradeiro. Era uma visão do paraíso quando eu via a irmã do "Pelé" - filhos da gerente da Casas Morais Souza - passando na sua Monareta. Nooooossa, a Rosana era muito bonita!!!
Rosana mora em Teresina, gostaria de saber doparadeiro do Pelé?e
Esse beco também era bastante frequentado nos Festejos de Santo Antônio, para namoros inocentes, escondidos dos pais, acreditem, só o fato do namorado pegar na mão da namorada o coração disparava, que maravilha. Anos 1970...
Miolo da grampola, adorei "ouvir" isso, me fez relembrar coisas engraçadas, é muito bom esse reencontro com coisas do passado. Adoro.
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