Manezinho é o termo popularmente utilizado para designar os nativos de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. O termo pode se estender também aos que nasceram na Região Metropolitana da capital (Floripa). A Figura do manezinho foi moldada na região praieira da ilha habitada por “caiçaras” (litorâneos, pescadores) vindos da região do aquipélago dos Açores português. O maior tenista brasileiro, Gustavo Kuerten se declarou manezinho da ilha, após vencer o Torneio de Roland Garros, dignificando este termo.
Tudo isso explica o título do post sobre o catarinense Edson Krastsmer Varão (no destaque), zagueirão do Comercial Atlético Club nos anos 60, na cidade de Campo Maior. No entanto, ficarei devendo uma boa atuação nesta partida disputada pelo blog, porque, até hoje, não consegui entender que esquema tático implantou um jogador vindo do outro lado deste imenso país.
Na súmula do juiz deste jogo, por certo, estava lá rabiscado: Procurar algum diretor do time azul pra saber dadonde diaxo tiraram este fogoió e cuma ele chegou aqui nestas paragens!
Procurei uma das filhas do jogador; fui prontamente atendido pela Márcia que me forneceu estes dados:
“Papai nasceu em Florianópolis-Santa Catarina em 17/11/1943 e faleceu em Teresina[PI], por motivo de embolia neoplásica (câncer), em 25/03/2009. O nome de seus pais: Agnelo de Freitas Varão e Ruth Krastsmer de Freitas Varão. Irmãos: Getúlio, Wilson, Maria da Conceição, César, Vítor (falecido). Filhos: Ana Ruth, Jefferson, Márcia, Mércia e Miriam Varão”.
O Edson foi uma dessas coincidências que encontrei e estabeleci amizade, lá no Mocambinho. As filhas e a falecida esposa também sempre foram amigas da família chefiada pelo meu sogro Zeza, um campomaiorense e comercialino como seu irmão, ex jogador azulino, Chiquito. Lembro do fogoió jogando, mas confesso que me concentrava mais no Vicentinho, Escurinho, essa turma do meu Caiçara; do Edson, lembro que era um magro véi que chegava junto, viril e eficiente. Dessa fase do Mocambinho, o encontrei tomando toodas, lambendo os beiços e polemizando em tudo que via e ouvia! Abandonou a bebida, ficou viúvo, e passou a cultivar o "vício" de jogar dama lá no mesmo barzinho onde enchia a cara. A bola do zagueiro catarinense virou uma "dama" que, pouco tempo depois, foi trocada por uma Bíblia.
O Edson morreu evangélico.
Fotos: MuseudoPaulo&Bitorocara+
6 comentários:
Lá vai os que eu lembro aí das fotos mesmo não sendo comercialino.
Simite, Beroso, Edson, Mario... Só? O pior são os comercialinos que nem conhecem a história do time deles.
Valei meu São Pai de Chiqueiro o Afonso não conheceu o dinossauro Chico Galo!
Diz meu pai aqui do lado que o Edson era bom de bola e toda vida foi invocado e só respeitava o Bona pai do Carbureto. Me diz que o Carbureto deve saber como ele chegou aí em Campo Maior.
Rapaz que estória interessante, bonita e trágica ao mesmo tempo do jogador Edson. Muito bom mesmo essa lembrança.
Sei que estou bem atrás de vocês, mas com bom caiçarino e igualmente botafoguense (carioca) vou dizer a formação(1): Smith, Beroso,Sapato,Edson, Chico Galo e Hugo;Agachados: Curniça, Quinha, Zeca, Valdir Paraense e Radiê.
A outra é Pelé cearense, Evandro, Mário, Zé Augusto e Geraldinho Boi:
Agachados: Beroso, Smith, Edsom, Chico Galo, Sapato e Zé Maria.
Oh! povo sem memória, esses comercialinos. Vive só o presente e nada mais.
Meu deus como e bom relembrar os anos de ouro que passamos. Gostaria muito de ter noticias do V8 q era jogador do caiçara.Eu adorava ele. Ele sumiu neste mundão de Deus. Me ajudem a procurar o sr. v8.Alvas
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