Eram tempos difíceis de ditadura braba num Brasil de muito ufanismo e nenhuma perspectiva de melhoria de qualidade de vida para, pelo menos, 95% dos jovens perfilados na José Paulino. Infelizmente não tenho fotos dos outros colégios, inclusive, do meu Colégio Estadual, onde eu era uma das figuras de destaque por fazer parte da bateria com um dos tarois (caixa) de barulho seco e destacado pelo público presente. Lembro que tínhamos até uma paradinha; um breque que décadas depois foi copiado pelas escolas de sambas do Rio de Janeiro (rs rs ). O nosso, resumia-se a um bater com a baqueta na outra, sem "atravessar", defronte ao palanque das autoridades! Era a glória; o delírio! 80% de chances de vitória para o colégio.
Depois vinham os Imperadores; os Santos Dumonts.. E algum carro disfarçado de alegórico.
Torturante festa cívica imposta pelo regime militar, em pleno mês de setembro, na região mais quente do país. Não esqueço nunca, quando presenciei do meu lado uma garota bonita que atendia pelo sugestivo nome de "boneca", começando a revirar os olhos. Não deu outra: o "monumento" foi abaixo, mas, prontamente socorrida.
- "E não participe, não!".
A Lúcia Bona com um semblante sério dando mostras, também, de que desfilaria novamente, se as normas fossem mais liberais como nos desfiles de Escolas de Samba. Já seu segundo guarda-costa, do lado da torcida, já não aguentava mais nem sua própria "cacunda"; curvando-se de tanta estafa. Notem que o quarteto está quase pisando na própria sombra.
Não lembro de ter participado da edição realizada no - bota longe nisso -, Estádio Deusdedith de Melo.
Fotos: MuseudoPaulo&BitorocaraBlog e Alaila Resende.
9 comentários:
Netto, na primeira foto a turma é puxada pela Rosinha Alves, hoje esposa do Bular Milanez. Se eu estiver enganado, me perdoe. Que parece, parece.
Meu caro Belchior, trata-se da hoje esposa do Josias Bona.
Olha, com todo este sol deste pino do meio dia (saudades) que texto delicioso de se ler. Parece que estou lá. É do Zan este relato? Fui também aluna do Estadual na metade dos anos de 80.
Ansiosa pelas próximas matérias.
Sei não. Vou perguntar a um das duas, a que eu encontrar primeiro para tirar tirar minhas dúvidas.
É A LIGIA MESMO, E OS QUE VEM ATRÁS MARCHANDO SE FOSSO HOJE SÃO OS FILHOS DELA KKK ERA UMA GAROTA BONITA MESMO, POR ISSO FOI ESOLHIDA PRA IR NA FRENTE.
Caro Netto, estive numa dessas "paradas" aí da foto: no estádio Deusdeth Melo, quando era aluno do glorioso Colégio Estadual. Ontem mesmo, tive a oportunidade de ver o desfile do 7 de Setembro, na Avenida do CPA (Centro Político e Administrativo), uma das principais de Cuiabá, com a presença estimada [pelo Corpo de Bombeiros] de 45 mil pessoas. A última vez em que marchei foi em 1977, quando servia ao 16º Batalhão de Caçadores. Até hoje, sinto na pele (na cabeça, para ser mais exato) a "dor" do solão quente. Mas, que é legal, isso é. Já não é mais aquela "torturante festa cívica imposta pelo regime militar", como você observou. Mas, de qualquer forma, é uma demonstração de civismo que ainda mexe com muita gente.
Antônio de Souza, enquanto vc via o desfile aí em Cuibá, eu via aqui na Esplanada e acredite bem pertinho de meu presidente Lula e o melhor, é que tirei uma foto com ele e d. Marisa Letícia, era tudo que eu queria.
Belchior neto o senhor tem fotos antigas de desfiles em que o tiro de guerra participava? Se tiver tem como o senhor emprestar-me pra mim tirara copias? Ficarei muito grato.
Acho que essa foto no DEUSDEDIT MELO é de 1969 na inauguração do mesmo.O prefeito era Raimundinho andrade.Inauguracao mas do estádio reformado,pois antes não tinha alambrado e arquibancadas como tem até hoje.
Na partida de futebol comercial x caiçara empataram em 0 x 0.
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