José Miranda Filho
No dia 19 de outubro de 1822, inteirados do grito de independência proferido por Dom Pedro nas margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, aos 7 de setembro do mesmo ano, liderados pelo Cel. Simplício Dias da Silva e pelo Juiz de Fora de Parnaíba, mas também, de Campo Maior, Dr. João Cândido de Deus e Silva, parnaibanos soltaram outro grito, proclamando a Independência do Piauí.
Porém, diante da aproximação do Major João José da Cunha Fidié (Governador das Armas enviado pelo rei de Portugal para manter este Estado, à época, Província, sob o domínio lusitano), que se dirigia de Oeiras, então capital, para Parnaíba, a fim de abafar o movimento, os líderes do grito escaparam deixando à mercê da tropa lusa as famílias da vila. Assim, em Parnaíba, a revolução teve um começo, mas não teve um fim.Em Campo Maior, muito antes da vila litorânea, início do ano de 1822, já se distribuíam panfletos e se fabricava pólvora para a luta armada, no modelo da Revolução Pernambucana de 1817. Era, entre outros, Lourenço de Araújo Barbosa, um rábula, o precursor do ideal separatista e republicano no Piauí. Não pôde continuar, porque, denunciado, foi conduzido preso para Oeiras. Mas, daquela semente lançada no fértil solo campomaiorense, veio a Batalha do Jenipapo, no dia 13 de março de 1823, quando, com muito suor e muito sangue, fez-se a verdadeira independência piauiense. Diz-se que perdemos a batalha, mas a vitória de Fidié fora como a vitória de Pirro, rei de Epiro, sobre Roma, ou seja, assaz passageira. Enfraquecido de recursos humanos e bélicos, em decorrência da pavorosa Batalha do Jenipapo, não dominou a vila de Campo Maior, seguindo para o Estanhado (povoação campomaiorense, atual União) e, dali, fugiu para o Maranhão, que continuava colônia portuguesa, onde foi definitivamente derrotado. Com a Batalha do Jenipapo, Fidié não pôde prosseguir rumo a Oeiras, onde pretendia abafar outro grito, o de adesão da capital à independência do Brasil. No Jenipapo, em Campo Maior, o Piauí ficou separado de Portugal. Ressalto que não pretendo tirar o brilho do Dia do Piauí, mas é que há parnaibanos que, por menosprezo à nossa Batalha, fazem por merecer este meu "grito".
Há o questionamento da data em que se comemora o Dia da do Piauí (19 de outubro). Alguns historiadores piauienses alegam que a proclamação de Simplício Dias em favor de D. Pedro I estaria atrelada a um governo unido Brasil-Portugal. E que no Piauí, todos continuaram obedecendo às ordens vindas de Portugal. Defendem o dia 13 de março para comemorar o Dia do Piauí, ou seja, quando ocorreu a Batalha de Jenipapo.
Oficialmente o Dia do Piauí está estabelecido no calendário estadual no dia 19 de outubro.Fonte: Blog ISTO É PIAUÍ – Antonio de Deus Neto, advogado e jornalista. Não consegui visualizar a assinatura do quadro, mesmo com seguidas ampliações e melhoria nas definições.
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Na província do Piauí, as autoridades também fizeram oposição ao novo governo, enquanto outros grupos simpatizavam com o governo de Dom Pedro I. O então governador João José da Cunha Fidié enviou tropas para combater um levante patriota organizado na vila de São João da Paraíba. Derrotados pelo governador, os revoltosos pediram a ajuda da Junta Governativa do Ceará. Mesmo tendo derrotado algumas das sublevações patriotas, Fidié logo não resistiu aos novos ataques de Dom Pedro I e se rendeu em 26 de julho de 1823. Ponto final.
35 comentários:
Meus amigos, enquanto fizer o calor que faz por aqui, nada por aqui morre porque quem diabo é que vai aguentar o calor que faz sete palmos abaixo deste solo queimado por quarenta graus na superfície, nem defunto... Lá embaixo tá uns cinquenta e lavai porrada... nem defundo aguenta aquilo ali... rs rs rs ou quaáááá como prefere o Netto de Deus... é por isso que aqui todo mundo vive com os neurônios esquentados por inveja e maledicência... o que mantém esse povo desgraçado vivo é isso, a maledicência alimentada pela inveja de quem aguenta sobreviver a esse calor com um ventilador nas fuças vinte e quatro horas por dias, com ódio mortal de quem tem um ar condicionado e paga quinhenos reais de luz por mês... Pra quem queria um epitáfio do blog, tome texto do ZéMiranda sobre o desgraçado desse estado e seu dia, e seu povim que nem a desgraça desse calor mata... Viva nós, viva o Piauí, viva esse calor que espanta até defundo desconfiado que lá embaixo é mais quente do que aqui por cima e termina achando um jeito de sobreviver aqui por cima só de ruim...
Calma rapaz qual foi o papadefunto que te mordeu homi? Isso é só o começo porque eu vi no fantástico o gelo desapregando pra fezer o mar chegar ate aqui na metad do Piauí. E aí nós vamo tomar banho de prai enquanto a Parnaiba vai ficar só com a cucuruta da igreja das graça de fora. Na semana que entra eu vou começar a ver casa lá em Teresina com calor e tudo. Aqui em Fortaleza vai naufragar tambem.
Vai tomar uma pra esfriar a fuça.Isso aí em Campo maior não muda não zan esse povo é difícil de se lidar. Tem que desconfiar todo tempo.Vai lá no mercado tomar uma.
Bezerra, imagine um infeliz como eu que nem gosto de beber uma fria ou uma quente, mas que de vez em quando como indagora passando ali pelo boteco do Alberto, um amigo me chamou lá dentro e me ofereceu uma dose, eu tomei uma e mais uma e retomei minha caminhada pra casa onde me esperava um almoço e uma companhia... Do alto de minha safadeza, fic aqui tentando achar um jeito de preencher meu tempo com coisas menos inúteis do que tomar uma fria ou quente e me questionando enquanto lá fora venta com jeito que vai chover e eu já sentindo saudades do "aparelho" que amanhã troco por uma casa no bairro São Luis que nem o nome da rua sei qual é mas fica ali por perto da fazenda que deu nome ao bairro... tenho uma porção de coisa pra fazer (conquistar) e não posso ficar aqui parado, me lembra raul seixas... é feriado e lá fora na rua não tem quase ninguém mas daqui a pouco vai começar a juntar gente nos treilers aqui em frente pra encher a cara de frias e quentes e ouvir música ruim... mudar de moradia pra mim tem sido uma constantes nos últimos anos, saio daqui pra ficar mais perto da faculdade e do trabalho, vou andar menos pelo centro até arrumar uma bicicleta pra criar coragem e sair por aí pelas quebradas da cidade sem medo de ser assaltado e não ter o que dar pros ladrões... ô vida!!! rs rs rs... kkkkk.. quáááááá
Eita danosse!
Esse cabra num toma mel chupa a abeia!
Rai devagar seu Zan aquele mural do Bento XVI, velho Alberto, é um pirigo danado, ainda mais cum eche calor da gota sereno!
Cuidado com a pressão meu amigo!
Forte abraço!
Passo ali pela porta daquele antro pelo menos uma vez por dia e só fico de vez em quando, a última depois da última tinha sido com o Netto nos festejos e, morre de inveja, desgraçado, com tiragosto de carambola...Ontem foi por conta do nosso patriarca Augusto Pereira... A pressão tá sob controle, fica frio...
Meu Caro Zan, enquanto no Piauí o calor é infernal de rachar o chifre, aqui em sampa o clima, tempo e temperatura oscila entre 12 e 22 graus, fico com inveja deste calor e com certeza em fevereiro vamos tomar umas geladas neste boteco famoso do Alberto que não conheço.
Ouvi de um certo humorista: que antes de morrer é bom fazer um estágio no Piaui, pois quando chegarem no inferno não estranharem o calor, (eita nós) e tem outra que o camarada chegou em Teresina e se encostou num pé de côco e começou ouvir um barulho, blú,blú, blú,,,perguntou a um sujeito que estava próximo: que barulho é este? o sujeito respondeu: se preoculpe não moço, são as águas do côco fervendo (danou-se).
Um abraço.
OLA JOAO DE DEUS,VENHO ATRAVES DESTE COMUNICAR-LHE DE UMA NOVA CAFETERIA EM NOSSA CIDADE, ´´CAFETERIA BITOROCARA´´, SITUADA NA RUA ANTONINO FREIRE, 171-CENTRO, PROXIMO AO TEATRO DOS ESTUDANTES, EM CAMPO MAIOR-PIAUI, TENDO O MELHOR CAFÉ EXPRESSO DA CIDADE E REGIAO, OFERECEMOS ACHOCOLATADO, CAPPUCCINO, CAFES GELADO, TRUFFADO, PÃO DE QUEIJO, PAPIOCA DE CARNE DE SOL, CUSCUZ BITOROCARA, UMA DELICIA DE CAFÉ...O ENCONTRO DOS AMIGOS, NO AMBIENTE TOTALMENTE CLIMATIZADO E ACONCHEGANTE, QNDO ESTIVER EM NOSSA CIDADE VENHA SABOREAR O MELHOR CAFÉ...
O NOME DA CAFETERIA FOI EM HOMENAGEM A NOSSA CIDADE NATAL...
UM ABRAÇO
CAFETRIA BITOROCARA
Quando a situaçao tava menos complicada eu saia daqui pra fazer duas coisas em teresina:comprar castanha de caju e tomar café expresso:sou viciado desde quando passei cinco anos de minha (os piores, talvez...) vida trabalhando na madrugada, de meia noite às cinco da manhã, no então Cesec Norte do BB em Brasília, e passava o dia tomando café expresso pra segurar a barra de levar criança em escola e aturar vida de casado... vivo nos paraíso aqui meus irmãos, ontem, meu primeiro dia como habitante do bairro são luis, acordei lá pelas quatro com uma chuvinha fazendo barulho no telhado e torcendo pro dia amanhecer clarear logo pra eu dar a caminhada matinal do primeiro reconhecimento do terreno... cheiro de chuva na relva molhada, galo cantando, cachorro dormindo... vale a pena passar o calor no resto do dia... se vale... acho que sei onde fica a cafeteria do comentário aí de cima, deixa eu me recuperar das despesas da mudança que vou lá...
ZAN, me causa inveja morar no São Luís. Sentir um pouquinho de saudade do passado. Recordar os domingos usufruídos no São Luís da minha infância/adolescência. Com meu pai, tios (todos falecidos) e primos (alguns também com endereços ignorados no espaço sideral). Nas sombras das mangueiras, jogando peladas no campo verde e molhado da estação hibernal. Eram reuniões animadas, com muita gente e iguarias. No antigo curral, mas à época ainda com algumas cabeças de gado vacum, no meio dos primos Antônio Luís, Luís Constâncio e ZAN, aprendi o que não deveria e continua me atormentando. Por favor, não façam interpretações maldosas. Infelizmente, a casa grande e todo o terreno em volta foram vendidos; o progresso deu fim ao bucolismo daquela área, hoje um grande bairro, inclusive tendo os tais conjuntos residenciais, que enchem as cidades.
Assim, o ZAN se afastou da barulhenta Praça da Rodoviária e mergulhou no extremo sossego do São Luís. Pelo visto, já começou, atraindo as primeiras chuvas do próximo inverno (haverá?!) É um retorno à antiga Santa Rita, guardadas as devidas proporções?
Horácio de guerra, tudo tem queixa. Se é frio demais, queixa; se é muito calor, queixa. Aproveitando aí tua conversa, só sei te dizer que a nossa quentura é a de café apenas requentado, comparando-se com a do inferno. Meu filho, nem me fale nesse lugar. Quando se está nesta idade, o medo da hora cresce. Há um filme, por sinal, bastante divulgado, um tal "Nosso Lar", que não me "astrevo" a assistir.
O João de Deus, sempre atencioso comigo. Desta vez, postou um comentário que fiz sobre o 13 de Março de 1823. Obrigado, seu João. Continuo com tempo medido no uso da internet. Ainda não resolvi o problema da CPU caseira.
Defendo, como muitos historiadores, o dia da Batalha do Jenipapo como o Dia do Piauí. Doa em quem doer! Conforme sabemos, há três datas consideradas mais importantes da história da libertação piauiense, a saber: 19 de outubro de 1822, 24 de janeiro de 1823 e 13 de março de 1823. Na primeira, elites parnaibanas, tendo à frente o Cel. Simplício Dias da Silva, saíram à Praça da Graça para proclamar a Independência do Piauí. Na segunda, as autoridades oeirenses, lideradas pelo governador da Junta Provisória, Cel. Manoel de Sousa Martins, na Praça das Vitórias, formalizaram adesão à Independência do Brasil. E na terceira, em praça nenhuma, mas no campo de batalha, entre GRITOS, não de festas, mas de DOR, verteu-se o sangue de heróis camponeses (vaqueiros e roceiros, entre outras classes), comandados pelo Cel. Luís Rodrigues Chaves, no ato definitivo de nossa separação do reino de Portugal. Que motivo maior querem para que o 13 de Março seja o Dia do Piauí?
Mas, tudo bem! Celebro o dia do meu Estado, mesmo no 19 de outubro. Nesse dia, retirei do esconderijo – como de costume – minha coleção maluca de dobrados e marchas e pus pra tocá-los. Digo-o, até, com receio, haja vista que, já sendo acusado de adepto do golpismo, sobretudo militar... Sim, porém com a nostalgia de quem pudesse estar nas retretas da Praça Ruy Barbosa e nas “alvoradas” do festejo de Santo Antônio. E sem acanhamento; a música soou alto e em bom som para a vizinhança ouvir; um banho de civismo neste povo mais preocupado com os interesses pessoais. Cito, ainda, que desembalei a flautinha doce e executei, a todo pulmão, o nosso belíssimo hino. Um pouco mais de injeção, nos vizinhos, de mais amor à terra onde nasceram ou escolheram para morar.
Que linda a nossa bandeira, não é? A nova, então? Aliás, hino, só temos um. Mas por que diabos temos duas bandeiras?! Uma com o 13 de Março de 1823 e outra sem esta data?! Não se conta o número de piauienses que, de fato, não conhecem mais o seu pavilhão. E o pior é que, em grande maioria, a bandeira que se vê hasteada nos quatro cantos do Estado não tem a data. Até em órgãos públicos, das diversas áreas, para não citar as instituições privadas. Vi, lamentavelmente – estarreci-me –, numa foto da parada de 7 de setembro deste ano, publicada no 180 graus/Campo Maior, uma bandeira do Piauí, conduzida por um estudante – acreditem! –, sem a data magna da própria história de nossa cidade!!! Dizer mais o quê?!
O João de Deus, sempre atencioso comigo. Desta vez, postou um comentário que fiz sobre o 13 de Março de 1823. Obrigado, seu João. Continuo com tempo medido no uso da internet. Ainda não resolvi o problema da CPU caseira.
Defendo, como muitos historiadores, o dia da Batalha do Jenipapo como o Dia do Piauí. Doa em quem doer! Conforme sabemos, há três datas consideradas mais importantes da história da libertação piauiense, a saber: 19 de outubro de 1822, 24 de janeiro de 1823 e 13 de março de 1823. Na primeira, elites parnaibanas, tendo à frente o Cel. Simplício Dias da Silva, saíram à Praça da Graça para proclamar a Independência do Piauí. Na segunda, as autoridades oeirenses, lideradas pelo governador da Junta Provisória, Cel. Manoel de Sousa Martins, na Praça das Vitórias, formalizaram adesão à Independência do Brasil. E na terceira, em praça nenhuma, mas no campo de batalha, entre GRITOS, não de festas, mas de DOR, verteu-se o sangue de heróis camponeses (vaqueiros e roceiros, entre outras classes), comandados pelo Cel. Luís Rodrigues Chaves, no ato definitivo de nossa separação do reino de Portugal. Que motivo maior querem para que o 13 de Março seja o Dia do Piauí?
Mas, tudo bem! Celebro o dia do meu Estado, mesmo no 19 de outubro. Nesse dia, retirei do esconderijo – como de costume – minha coleção maluca de dobrados e marchas e pus pra tocá-los. Digo-o, até, com receio, haja vista que, já sendo acusado de adepto do golpismo, sobretudo militar... Sim, porém com a nostalgia de quem pudesse estar nas retretas da Praça Ruy Barbosa e nas “alvoradas” do festejo de Santo Antônio. E sem acanhamento; a música soou alto e em bom som para a vizinhança ouvir; um banho de civismo neste povo mais preocupado com os interesses pessoais. Cito, ainda, que desembalei a flautinha doce e executei, a todo pulmão, o nosso belíssimo hino. Um pouco mais de injeção, nos vizinhos, de mais amor à terra onde nasceram ou escolheram para morar.
Que linda a nossa bandeira, não é? A nova, então? Aliás, hino, só temos um. Mas por que diabos temos duas bandeiras?! Uma com o 13 de Março de 1823 e outra sem esta data?! Não se conta o número de piauienses que, de fato, não conhecem mais o seu pavilhão. E o pior é que, em grande maioria, a bandeira que se vê hasteada nos quatro cantos do Estado não tem a data. Até em órgãos públicos, das diversas áreas, para não citar as instituições privadas. Vi, lamentavelmente – estarreci-me –, numa foto da parada de 7 de setembro deste ano, publicada no 180 graus/Campo Maior, uma bandeira do Piauí, conduzida por um estudante – acreditem! –, sem a data magna da própria história de nossa cidade!!! Dizer mais o quê?!
Puxa! Por que o segundo comentário repetiu-se?
Tenho enviado mensagens, via e-mail, a algumas autoridades e veículos de comunicação, a respeito da desobediência à lei que introduziu a data 13 de Março de 1823 na bandeira do Piauí. Um dos destinatários foi o próprio presidente da Assembléia Legislativa, deputado Themistocles de Sampaio Pereira Filho. Se o João de Deus permitir, aqui está ela, na íntegra:
Senhor Deputado,
Permita-me formular a V. Exª, na sua condição de Presidente da Assembléia Legislativa e na minha qualidade de cidadão piauiense, a pergunta, ou consulta, a seguir. Por que motivo o Governo do Estado, ou seja, o Poder Executivo, ainda não mandou que se cumpra a alteração constante na bandeira estadual, com a introdução da data 13 de Março de 1823, conforme aprovação unânime da Lei dessa Augusta Casa? Parece que ele está relutando no cumprimento do que determina citado diploma legal, já que o próprio Governador Wellington Dias a vetou. A propósito, tenho verificado em todos os exemplares do nosso pavilhão, tremulando diante de prédios públicos, sejam municipais, estaduais e federais, como em estabelecimentos privados, e através de imagens fotográficas e da televisão, e constato que, lamentavelmente, são poucos esses exemplares que estão corretos. Louvo, por oportuno, a Prefeitura de Teresina, que hasteia, diante do Palácio da Cidade, a bandeira completa. Senhor Presidente, por incrível que me pareça, a própria Assembléia, que lançou a ideia e a aprovou, está descumprindo a lei, como, claramente, observo através da sua emissora de TV!!! Deputado Themístocles, por favor, providencie, por intermédio da força e da autoridade do Poder que tão bem V.Exª preside, para que faça valer a lei. Ainda que o nobre parlamentar esteja aliado com o governo. Embora desagrade a parnaibanos, os quais, sabe-se, acham-se enciumados, ofendidos, furiosos e não se sabe o que mais - e contrariamente a tal medida até fizeram acirrada campanha - com a honraria concedida à Batalha do Jenipapo, que, infelizmente para eles, não ocorreu na vila da Parnaíba, e sim na vila de Campo Maior.
Zé, me parece que minha mãe Alaíde guarda até hoje um disco de "dobrados" (hinos marciais)do papai Zé de Deus, comprado nos idos dos 1950. A execução é feita pela melhor (então) banda de música do Brasil, a do Corpo de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro, onde meu pai estava a serviço quando eu nasci. Faz horas...!
Meu mestre Zé Miranda, sempre atento à realidade, refletindo e apontando conexões entre passado e presente, eu não sabia desse seu lado de historiador, bela narrativa, mais uma que aprendi.
Um abraço
Caras, realmente, vir morar por aqui tá significando uma coisa que faltava acontecer desde que voltei pra cá... Agora, realmente, eu voltei pra cá, com tudo o que isso significa... Aquele centro por ali pela rodoviária e até o centro centro mesmo ali no miolo de tudo, tem-se a impressão de que tá todo mundo dentro de casa com medo de ser assaltado se ficar na porta da casa conversando... Tenho dado caminhadas de fim de tardes pelas ruelas do bairro e estou tentando encontrar os vestígios, meu irmãozinho ZéMiranda, daquele nosso São Luis de tantas peladas e sucos de cajás tiradas do pé feitos pelas tias velhas, enquanto os mais velhos jogavam gamão na varanda do casarão... Dia desses passando por aqui com um amigo, de carro, ele me mostrou o que restou do nosso São Luis de nossa infância... Não me toquei, na época, mas uma hora dessas topo o que o que restou daquilo e tiro uma foto para o nosso bitorocara velho de guerra...
Sem a pretensão de me exibir, mas tão-somente a de informar aos amigos que não posso me calar diante do que é absurdo, porém dependendo do interesse e da permissão do João de Deus, gostaria de divulgar mais algumas correspondências eletrônicas minhas, a respeito da Bandeira do Piauí.
Para o Cerimonial do Palácio de Karnak (do governo estadual):
Não sei se o assunto é da alçada desse Cerimonial. Porém, busco o setor para falar do assunto a seguir. A bandeira do Piauí foi alterada há alguns anos, passando a conter a data 13 de Março de 1823 abaixo da estrela, no retângulo azul, o que deve ser do conhecimento do Cerimonial. Então, qual o motivo de continuar a ser hasteada, em muitos locais, incluindo-se órgãos do próprio governo, a bandeira desatualizada? Tomo a liberdade de procurar tal informação, sobretudo porque sou cidadão piauiense. Não estou compreendendo esse procedimento, e gostaria de que a nossa bandeira, na forma como é ela hoje, fosse hasteada em todos os recantos do Piauí.
Para a Deputada Estadual Lílian Martins:
Parabenizo V. Exª pela sua atuação no mandato de deputada estadual. Como, certamente todos os piauienses que tiveram conhecimento da notícia através da imprensa, louvo sua feliz e oportuna iniciativa de realizar um trabalho visando investigar leis sem aplicabilidade, que, verdadeiramente, são muitas.
Aproveito, então, o ensejo para contribuir um pouquinho. Permita-se chamar sua atenção para a Lei nº 5.507, de 17 de novembro de 2005, que alterou a Bandeira do Piauí mediante a introdução - no retângulo azul, no lado esquerdo, em que consta a estrela Antares, a qual simboliza o Estado no Pavilhão Nacional, logo abaixo desse astro, - da data "13 DE MARÇO DE 1823, quando se travou a Batalha do Jenipapo pela Independência do Piauí e do Brasil. Deve ser do conhecimento de V. Exª que o projeto de lei foi aprovado, à unanimidade, pelos senhores deputados estaduais. Há quase 4 anos de aprovação, aludida lei, no entanto, ainda não entrou plenamente em vigor. Têm sido vistos raríssimos exemplares da Bandeira atual hasteados em Teresina - o que se dizer do restante do Estado? - exemplificando, a Prefeitura Municipal. Em órgãos públicos federais, empresas e instituições privadas, etc., permanecem exemplares desatualizados. Em instituições de ensino, a Universidade Federal do Piauí, por exemplo, decerto que noutras escolas também, em todos os níveis, ocorre o mesmo. Há dúvidas, até, com relação a órgãos do próprio governo estadual, diversos tribunais... E na própria Assembléia Legislativa, como estará?
Diante do absurdo - digo, inclusive, que não devo nenhuma reverência a tais bandeiras em decorrência do fato de que não são mais o nosso Pavilhão, tendo deixado de representar o Piauí, como pode ver, faz muito tempo, - é que venho até V. Exª para rogar que, na sua verificação das leis sem aplicação, ou apenas parcialmente aplicadas, como esta, que volte sua especial atenção à Lei nº 5.507, de 17/11/2005
Netto, adoro a Banda dos Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro e realmente ela é a melhor do Brasil e não perco uma apresentação dela aqui em Brasília. Todo mês de dezembro ela se apresenta aqui.
Lúcia Araújo
Caro Zé Miranda,
A separação do Brasil de Portugal foi um processo lento e gradual que se iniciou com a vinda da família real para o Brasil, em 1.808, fugindo das tropas de Napoleão, e acelerou-se com a Revolução Constitucional do Porto.
A chegada da família real trouxe para o Brasil uma série de benefícios e melhorias que lhe foram negados no longo período em que foi mera colônia de Portugal. O Brasil e os brasileiros acostumaram-se com a nova realidade, e não aceitaram as determinações das Cortes - leia-se, da Assembleia Constituinte instaurada após a Revolução do Porto -, que queriam retrogradar o Brasil ao estado de colônia de Portugal. Quem se acostumou com água gelada não quer mais beber do pote.
Mas o Brasil não era homogêneo e perigava fragmentar-se em várias republiquetas, como aconteceu com a América espanhola.
A importância das três datas que você menciona, referentes aos atos libertários de Parnaíba, Oeiras e Campo Maior, são importantes porque convergiram para a independência do Piauí e para a integridade territorial do Brasil.
O evento de Parnaíba merece o justo destaque pelo pioneirismo, e o de Campo Maior tem relevo pelo tributo de sangue vertido nas varzeas do Jenipapo.
Está parecendo obsessão minha, mas é que continuo sabendo e vendo o que me aborrece. Trata-se, novamente, da bandeira do Piauí. Quase diariamente transito defronte de uma agência nova do Bradesco. Pois não é que lá se acha hasteada uma bandeira velha? Outra novidade eu soube acerca de como a bandeira nova deve ser adquirida. Mais uma indignação do Zé Miranda. Já divulguei, com a permissão do João de Deus, umas correspondências que enviei, via e-mail, a algumas pessoas e instituições às quais pode estar afeto o assunto. As mensagens são encontradas logo aí acima.
Se eu puder, quero mostrar mais umas.
Para o jornal O Dia (em outubro/2009)
Sou leitor desse prestigioso jornal. Entretanto e por isso mesmo, venho só fazer uma observação, até na certeza de que possa ter ocorrido apenas um lapso. Na edição de 19 de outubo, Dia do Piauí, juntou-se ao jornal uma bandeira do Piauí, que não cheguei a ver, misteriosamente extraviada, constando também em página do anúncio pertinente (o que é o real motivo desta observação), uma imagem da bandeira. Pois bem, nessa imagem, a bandeira não é mais a nossa, porque está desatualizada - sem a data "13 DE MARÇO DE 1823, da Batalha do Jenipapo. Percebi isso logo nesse jornal, que sempre enaltece o célebre combate travado em Campo Maior, pela Independência do Piauí, e, inclusive, realiza anualmente o concurso referente a ele, o maior e mais verdadeiro episódio que resultou na libertação da nossa terra do domínio português. Sabe-se, com efeito, que a quase totalidade dos exemplares de tal pavilhão, hasteados por este Estado adentro, principalmente a Capital, estão sem a data, o que é uma afronta ao nosso símbolo, bem como à lei de alteração dele e ao Poder Legislativo do Estado, que a promulgou.
Para o noticioso PI TV, da TV Clube (em julho/2009)
Como estou sabendo que esse prestigioso jornal televisivo concede aos telespectadores a possibilidade de apresentar sugestões para reportagens, permito-me, através desse e-mail, fazê-lo indicando uma que reputo das mais importantes para o civismo dos piauienses e de qualquer povo. Sabe-se - mas acredito que muito poucos o sabem - que, seguindo orientação do conhecido e respeitado escritor, historiador coestaduano Adrião Neto, o deputado Homero Castelo Branco apresentou projeto de lei introduzindo na bandeira do Estado a data 13 DE MARÇO DE 1823, tendo sido aprovado de forma unânime pela Assembléia Legislativa, o que vale dizer que mereceu o acolhimento dos representantes da situação, da oposição e das várias regiões do Estado. Tratou-se, pois, de homenagear a Batalha do Jenipapo. O que fez a Assembléia Legislativa foi elevar o epísódio à altura que merece, equiparando-o à data de 19 de outubro de 1822, quando se deu a proclamação da Independência do Piauí em Parnaíba, sendo consagrada como Dia de nosso Estado, bem como à de 24 de janeiro de 1823, na qual ocorreu a adesão de Oeiras à Independência do Brasil, estando ela inserida no brasão das armas do Piauí. Por isso, fez-se justiça ao 13 de Março, que talvez seja a mais importante, mas isto é assunto para outro debate, não entrando eu no mérito. (Continua abaixo).
Pois bem, quase 4 anos são decorridos, entretanto, na verdade, não entrou ainda em vigor a referida lei. Ou terá ela estabelecido um prazo para que se cumpra fielmente? Tem-se quase certeza de que não. A bandeira do Piauí continua sendo hasteada sem a alteração em todo o território mafrense - acredito, pois se ocorre na própria capital... Basta que se percorra Teresina, observando as fachadas e os interiores dos prédios, para comprovação. São repartições públicas federais, estaduais inclusive, municipais (exceto a prefeitura de Teresina, pois já constatei que lá se procedeu a troca), órgãos não-governamentais, empresas/instituições privadas. Em muitos eventos nos quais se exibe o nosso pavilhão, incluindo-se os promovidos pelas próprias instituições governamentais. Ah! exceção se faça às comemorações da Batalha do Jenipapo. Aí, sim, surgem inúmeras bandeiras atualizadas. Mas, então, seria o cúmulo se assim não fosse. Em anúncios e programas de televisão ocorre também a falta de atualização. Será que nos estádios quando o Piauí é representado por alguma agremiação? Veja-se um detalhe: há um anúncio do governo do Estado em que se vê uma criança pintando a bandeira, exatamente o retângulo azul - todo azulzinho! -, e a data!? A relação do descaso é extensa. É só essa competente equipe de repórteres conferir. Agora, atentemos para o que se segue. Havendo, por exemplo, alterações noutras bandeiras, como na do Brasil, com retirada ou mudança da expressão "ordem e progresso", nas dos estados da Paraíba e de Minas Gerais, com relação à palavra "nego" e à frase "libertas quae sera tamen", respectivamente, providências não seriam tomadas imediatamente ou, pelo menos, em razoável prazo, visando à troca, à substituição dessas bandeiras? Não se tenha dúvida! E por que no Piauí tem que ser de outro jeito? São quase 4 anos, repita-se! Porém, o desinteresse, o descaso, a negligência, o desrespeito, até, a uma decisão - unânime, frise-se, - do nosso Poder Legislativo não permitem tal procedimento, ou seja, a troca das bandeiras do Piauí! A quem se atribuir esse gesto - pode-se usar a adjetivação - irresponsável? Ao governo do Estado, que é o Poder executor? Ao Ministério Público, o fiscalizador? Ao Tribunal de Justiça, que zela pelo cumprimento das leis? À própria Assembléia Legislativa, autora da medida, mas que não tem força para exigir o cumprimento desta? Soube-se, aliás, que inclusive este Poder, até bem pouco tempo atrás, não fizera a troca das bandeiras em suas dependências! Já terá feito!? No Tribunal de Justiça, também, parece que não foi procedida a substituição! Olhem que nem as escolas, as instituições de ensino, públicas e privadas, em todos os níveis, incluindo-se as superiores! É de acreditar que nisso igualmente se enquadram as corporações militares, Exército e Polícia Militar! Tudo inacreditável, absurdo!
Quer ter uma sugestão? Mostre uma dessas bandeiras desatualizadas a alguém e pergunte-lhe o que está notando nela, se se acha completa ou faltando alguma coisa etc., que não saberá responder, responderá de forma errada... É esse o real civismo da nossa população.
Observe-se que a bandeira piauiense ainda hasteada deixou de ser, há quase 4 anos, a nossa verdadeira bandeira. Ela não passa de um mero pedaço de tecido sem nenhuma representação. Se, porventura, - e seria ótimo! - alguém resolvesse rasgá-la, atear-lhe fogo, não estaria cometendo nenhum crime por afronta a um símbolo estadual. Poderá, até, ser indiciado como agitador, incendiário e mais o que possa ser, apenas por isso.
Concluindo, desculpo-me pelo alongamento da explanação da sugestão, mas que suponho ter sido, de certo modo, necessária para o perfeito entendimento e pleno conhecimento do assunto em questão, além de haver patenteado a exaltação de um autêntico piauiense indignado, ao mesmo tempo, porém, esperando que ela possa ser aproveitada por essa competente equipe.
Pois bem, quase 4 anos são decorridos, entretanto, na verdade, não entrou ainda em vigor a referida lei. Ou terá ela estabelecido um prazo para que se cumpra fielmente? Tem-se quase certeza de que não. A bandeira do Piauí continua sendo hasteada sem a alteração em todo o território mafrense - acredito, pois se ocorre na própria capital... Basta que se percorra Teresina, observando as fachadas e os interiores dos prédios, para comprovação. São repartições públicas federais, estaduais inclusive, municipais (exceto a prefeitura de Teresina, pois já constatei que lá se procedeu a troca), órgãos não-governamentais, empresas/instituições privadas. Em muitos eventos nos quais se exibe o nosso pavilhão, incluindo-se os promovidos pelas próprias instituições governamentais. Ah! exceção se faça às comemorações da Batalha do Jenipapo. Aí, sim, surgem inúmeras bandeiras atualizadas. Mas, então, seria o cúmulo se assim não fosse. Em anúncios e programas de televisão ocorre também a falta de atualização. Será que nos estádios quando o Piauí é representado por alguma agremiação? Veja-se um detalhe: há um anúncio do governo do Estado em que se vê uma criança pintando a bandeira, exatamente o retângulo azul - todo azulzinho! -, e a data!? A relação do descaso é extensa. É só essa competente equipe de repórteres conferir. Agora, atentemos para o que se segue. Havendo, por exemplo, alterações noutras bandeiras, como na do Brasil, com retirada ou mudança da expressão "ordem e progresso", nas dos estados da Paraíba e de Minas Gerais, com relação à palavra "nego" e à frase "libertas quae sera tamen", respectivamente, providências não seriam tomadas imediatamente ou, pelo menos, em razoável prazo, visando à troca, à substituição dessas bandeiras? Não se tenha dúvida! E por que no Piauí tem que ser de outro jeito? São quase 4 anos, repita-se! Porém, o desinteresse, o descaso, a negligência, o desrespeito, até, a uma decisão - unânime, frise-se, - do nosso Poder Legislativo não permitem tal procedimento, ou seja, a troca das bandeiras do Piauí! A quem se atribuir esse gesto - pode-se usar a adjetivação - irresponsável? Ao governo do Estado, que é o Poder executor? Ao Ministério Público, o fiscalizador? Ao Tribunal de Justiça, que zela pelo cumprimento das leis? À própria Assembléia Legislativa, autora da medida, mas que não tem força para exigir o cumprimento desta? Soube-se, aliás, que inclusive este Poder, até bem pouco tempo atrás, não fizera a troca das bandeiras em suas dependências! Já terá feito!? No Tribunal de Justiça, também, parece que não foi procedida a substituição! Olhem que nem as escolas, as instituições de ensino, públicas e privadas, em todos os níveis, incluindo-se as superiores! É de acreditar que nisso igualmente se enquadram as corporações militares, Exército e Polícia Militar! Tudo inacreditável, absurdo!
Quer ter uma sugestão? Mostre uma dessas bandeiras desatualizadas a alguém e pergunte-lhe o que está notando nela, se se acha completa ou faltando alguma coisa etc., que não saberá responder, responderá de forma errada... É esse o real civismo da nossa população.
Observe-se que a bandeira piauiense ainda hasteada deixou de ser, há quase 4 anos, a nossa verdadeira bandeira. Ela não passa de um mero pedaço de tecido sem nenhuma representação. Se, porventura, - e seria ótimo! - alguém resolvesse rasgá-la, atear-lhe fogo, não estaria cometendo nenhum crime por afronta a um símbolo estadual. Poderá, até, ser indiciado como agitador, incendiário e mais o que possa ser, apenas por isso.
Concluindo, desculpo-me pelo alongamento da explanação da sugestão, mas que suponho ter sido, de certo modo, necessária para o perfeito entendimento e pleno conhecimento do assunto em questão, além de haver patenteado a exaltação de um autêntico piauiense indignado, ao mesmo tempo, porém, esperando que ela possa ser aproveitada por essa competente equipe.
Pois bem, quase 4 anos são decorridos, entretanto, na verdade, não entrou ainda em vigor a referida lei. Ou terá ela estabelecido um prazo para que se cumpra fielmente? Tem-se quase certeza de que não. A bandeira do Piauí continua sendo hasteada sem a alteração em todo o território mafrense - acredito, pois se ocorre na própria capital... Basta que se percorra Teresina, observando as fachadas e os interiores dos prédios, para comprovação. São repartições públicas federais, estaduais inclusive, municipais (exceto a prefeitura de Teresina, pois já constatei que lá se procedeu a troca), órgãos não-governamentais, empresas/instituições privadas. Em muitos eventos nos quais se exibe o nosso pavilhão, incluindo-se os promovidos pelas próprias instituições governamentais. Ah! exceção se faça às comemorações da Batalha do Jenipapo. Aí, sim, surgem inúmeras bandeiras atualizadas. Mas, então, seria o cúmulo se assim não fosse. Em anúncios e programas de televisão ocorre também a falta de atualização. Será que nos estádios quando o Piauí é representado por alguma agremiação? Veja-se um detalhe: há um anúncio do governo do Estado em que se vê uma criança pintando a bandeira, exatamente o retângulo azul - todo azulzinho! -, e a data!? A relação do descaso é extensa. É só essa competente equipe de repórteres conferir. Agora, atentemos para o que se segue. Havendo, por exemplo, alterações noutras bandeiras, como na do Brasil, com retirada ou mudança da expressão "ordem e progresso", nas dos estados da Paraíba e de Minas Gerais, com relação à palavra "nego" e à frase "libertas quae sera tamen", respectivamente, providências não seriam tomadas imediatamente ou, pelo menos, em razoável prazo, visando à troca, à substituição dessas bandeiras? Não se tenha dúvida! E por que no Piauí tem que ser de outro jeito? São quase 4 anos, repita-se! Porém, o desinteresse, o descaso, a negligência, o desrespeito, até, a uma decisão - unânime, frise-se, - do nosso Poder Legislativo não permitem tal procedimento, ou seja, a troca das bandeiras do Piauí! A quem se atribuir esse gesto - pode-se usar a adjetivação - irresponsável? Ao governo do Estado, que é o Poder executor? Ao Ministério Público, o fiscalizador? Ao Tribunal de Justiça, que zela pelo cumprimento das leis? À própria Assembléia Legislativa, autora da medida, mas que não tem força para exigir o cumprimento desta? Soube-se, aliás, que inclusive este Poder, até bem pouco tempo atrás, não fizera a troca das bandeiras em suas dependências! Já terá feito!? No Tribunal de Justiça, também, parece que não foi procedida a substituição! Olhem que nem as escolas, as instituições de ensino, públicas e privadas, em todos os níveis, incluindo-se as superiores! É de acreditar que nisso igualmente se enquadram as corporações militares, Exército e Polícia Militar! Tudo inacreditável, absurdo!
Quer ter uma sugestão? Mostre uma dessas bandeiras desatualizadas a alguém e pergunte-lhe o que está notando nela, se se acha completa ou faltando alguma coisa etc., que não saberá responder, responderá de forma errada... É esse o real civismo da nossa população.
Observe-se que a bandeira piauiense ainda hasteada deixou de ser, há quase 4 anos, a nossa verdadeira bandeira. Ela não passa de um mero pedaço de tecido sem nenhuma representação. Se, porventura, - e seria ótimo! - alguém resolvesse rasgá-la, atear-lhe fogo, não estaria cometendo nenhum crime por afronta a um símbolo estadual. Poderá, até, ser indiciado como agitador, incendiário e mais o que possa ser, apenas por isso.
Concluindo, desculpo-me pelo alongamento da explanação da sugestão, mas que suponho ter sido, de certo modo, necessária para o perfeito entendimento e pleno conhecimento do assunto em questão, além de haver patenteado a exaltação de um autêntico piauiense indignado, ao mesmo tempo, porém, esperando que ela possa ser aproveitada por essa competente equipe.
Pois bem, quase 4 anos são decorridos, entretanto, na verdade, não entrou ainda em vigor a referida lei. Ou terá ela estabelecido um prazo para que se cumpra fielmente? Tem-se quase certeza de que não. A bandeira do Piauí continua sendo hasteada sem a alteração em todo o território mafrense - acredito, pois se ocorre na própria capital... Basta que se percorra Teresina, observando as fachadas e os interiores dos prédios, para comprovação. São repartições públicas federais, estaduais inclusive, municipais (exceto a prefeitura de Teresina, pois já constatei que lá se procedeu a troca), órgãos não-governamentais, empresas/instituições privadas. Em muitos eventos nos quais se exibe o nosso pavilhão, incluindo-se os promovidos pelas próprias instituições governamentais. Ah! exceção se faça às comemorações da Batalha do Jenipapo. Aí, sim, surgem inúmeras bandeiras atualizadas. Mas, então, seria o cúmulo se assim não fosse. Em anúncios e programas de televisão ocorre também a falta de atualização. Será que nos estádios quando o Piauí é representado por alguma agremiação? Veja-se um detalhe: há um anúncio do governo do Estado em que se vê uma criança pintando a bandeira, exatamente o retângulo azul - todo azulzinho! -, e a data!? A relação do descaso é extensa. É só essa competente equipe de repórteres conferir. Agora, atentemos para o que se segue. Havendo, por exemplo, alterações noutras bandeiras, como na do Brasil, com retirada ou mudança da expressão "ordem e progresso", nas dos estados da Paraíba e de Minas Gerais, com relação à palavra "nego" e à frase "libertas quae sera tamen", respectivamente, providências não seriam tomadas imediatamente ou, pelo menos, em razoável prazo, visando à troca, à substituição dessas bandeiras? Não se tenha dúvida! E por que no Piauí tem que ser de outro jeito? São quase 4 anos, repita-se! Porém, o desinteresse, o descaso, a negligência, o desrespeito, até, a uma decisão - unânime, frise-se, - do nosso Poder Legislativo não permitem tal procedimento, ou seja, a troca das bandeiras do Piauí! A quem se atribuir esse gesto - pode-se usar a adjetivação - irresponsável? Ao governo do Estado, que é o Poder executor? Ao Ministério Público, o fiscalizador? Ao Tribunal de Justiça, que zela pelo cumprimento das leis? À própria Assembléia Legislativa, autora da medida, mas que não tem força para exigir o cumprimento desta? Soube-se, aliás, que inclusive este Poder, até bem pouco tempo atrás, não fizera a troca das bandeiras em suas dependências! Já terá feito!? No Tribunal de Justiça, também, parece que não foi procedida a substituição! Olhem que nem as escolas, as instituições de ensino, públicas e privadas, em todos os níveis, incluindo-se as superiores! É de acreditar que nisso igualmente se enquadram as corporações militares, Exército e Polícia Militar! Tudo inacreditável, absurdo!
Quer ter uma sugestão? Mostre uma dessas bandeiras desatualizadas a alguém e pergunte-lhe o que está notando nela, se se acha completa ou faltando alguma coisa etc., que não saberá responder, responderá de forma errada... É esse o real civismo da nossa população.
Observe-se que a bandeira piauiense ainda hasteada deixou de ser, há quase 4 anos, a nossa verdadeira bandeira. Ela não passa de um mero pedaço de tecido sem nenhuma representação. Se, porventura, - e seria ótimo! - alguém resolvesse rasgá-la, atear-lhe fogo, não estaria cometendo nenhum crime por afronta a um símbolo estadual. Poderá, até, ser indiciado como agitador, incendiário e mais o que possa ser, apenas por isso.
Concluindo, desculpo-me pelo alongamento da explanação da sugestão, mas que suponho ter sido, de certo modo, necessária para o perfeito entendimento e pleno conhecimento do assunto em questão, além de haver patenteado a exaltação de um autêntico piauiense indignado, ao mesmo tempo, porém, esperando que ela possa ser aproveitada por essa competente equipe.
Ô João, por que diabos a mensagem anterior teve duas repetições? Meu caro, pode deletá-las, deixando apenas a primeira? Que coisa!
Para Pedro Alcântara, programa Conversa Franca, da TV Antena Dez (em março/2009)
Atente para uma coisa que está me enchendo a cuca há muito tempo. Afirma-que a Justiça, o Ministério Público, precisa ser despertado para o que está errado, a fim de que possa agir, não é assim? Porém, quando se trata de uma lei já vigorando, e há bastante tempo, necessita o Ministério Público desse cutucar do povo? Acho que não, se é dever desse Ministério fazer com que as leis sejam cumpridas. Acho, por exemplo, que esse Poder da Justiça não apenas atendesse a pleitos como os dos "crentes" (retirada de símbolos católicos de prédios públicos), e procurasse saber por que razão a bandeira do Estado do Piauí ainda não foi devidamente alterada. Ela é vista hasteada em vários pontos da cidade na forma antiga. Até nos órgãos públicos, sejam federais, sejam, inclusive, estaduais. Eu soube de uma reportagem levada ao ar por uma emissora de tv local, faz algum tempo, que até a bandeira hasteada na Assembléia Legislativa do Estado era a antiga, não sabendo eu se o grave erro já foi consertado. Lá, na nossa Universidade, acham-se expostas em toda parte, gabinetes, pátio, etc. o modelo velho da bandeira. (...) Pois bem, entendo que a bandeira que está nos mastros não é a piauiense, uma vez que se encontra incompleta. Já até disse que, qualquer dia destes, num gesto que será visto como de louco, vou rasgar e/ou tocar fogo numa dessas bandeiras que estiver ao meu alcance, no meio da rua, só pra saber se serei preso por desrespeito a um símbolo. Saberei, perfeitamente, defender-me, com a justificativa de que não estaria praticando nenhuma ofensa ao meu Estado, justamente por aquele exemplar da bandeira não representar o nosso pavilhão, não passando de um pedaço de pano qualquer.
Finalizando, portanto, e se você entender que estou correto nas considerações acima expostas, especialmente as que dizem respeito a nossa bandeira, providencie com urgência, por favor, uma reportagem, uma campanha, seja mais o que for necessário, no sentido de que tal reparo se faça, haja vista tratar-se de um desrespeito à lei, ao Piauí, a um dos seus símbolos. Abuso não seria o meu gesto - esse bem aí acima, caso coragem eu tivesse mesmo -, mas o desprezo que se está dando à bandeira nova!!!
Para Maia Veloso, programa 70 Minutos, da TV Meio Norte (dia seguinte ao debate para o cargo de governador do Piauí
Prezada jornalista:
Assisti ao debate de ontem, na TV Meio Norte. Muito bem conduzido pela hábil jornalista. Costumo também, quase diariamente, ver o "70 Minutos", muito bom. Causou-me profunda estranheza, porém, e por isso mesmo, durante a apresentação daquele debate, um detalhe que, se formos definir o real sentido deste vocábulo, passou a ser algo enorme, chocante, de gerar perplexidade. A quem culpar pelo equívoco? Você, em certo momento do programa, defendeu perfeitamente o conceito da emissora, pautado pela boa informação, divulgação verdadeira dos fatos, difusão de conhecimentos.
Pois bem. A Lei nº 1.050, promulgada em 24/07/1922, instituiu a Bandeira do Piauí. O pavilhão que todos nós conhecemos e reverenciamos como um dos nossos símbolos. Ele, inclusive, era exibido, uma imagem grande, no debate. Passados muitos anos da referida lei, veio outra, sob nº 5.507, de 17/11/2005 (observe, 2005), aprovada, por unanimidade, pela Assembleia Legislativa do Estado. Posteriormente, o mesmo poder rejeitou, de novo por unanimidade, o veto do governador ao projeto. Portanto, é de lei, a qual vigora há 5 anos, que aquela bandeira do Piauí, exposta solenemente, durante o debate, não é mais a nossa bandeira, Maia Veloso.
Que descuido, lapso, falha e não sei mais o quê cometido pela TV Meio Norte, produção do programa, por quem mesmo?! Exatamente num programa em que se cuidava dos profundos interesses do povo desta terra? Agora indago: o que motiva, tão profundamente, o descaso, o menosprezo, o desrespeito (perdoe-me a força da expressão) a um ato assumido por um Poder como a Assembleia Legislativa do Estado? E, consequentemente, indago também com relação ao nosso pavilhão (O NOVO)? Finalmente, com referência a uma data grandiosa da nossa história - 13 DE MARÇO DE 1823 -, dia no qual tantos piauienses, com aliados cearenses e maranhenses, derramaram seu sangue, deram suas vidas pela independência do Piauí - a célebre Batalha do Jenipapo? Não é, pois, indiferença demais, prezada jornalista? Dê, por favor, uma olhadela no vídeo do debate, que você, se ama verdadeiramente o Piauí, como eu, terá o mesmo sentimento que experimentei, isto é, de imensa mágoa, de enorme perplexidade, de indescritível revolta. A Bandeira do Piauí nova, conforme a Lei nº 5.507, de 17/11/2005, contém, no retângulo azul, abaixo da estrela que representa Antares, a qual, por sua vez, representa o Piauí no Pavilhão Nacional, a data 13 DE MARÇO DE 1823. Não sendo desta forma, a susposta bandeira não passa de um reles pedaço de tecido; desmerecedor de nossa mínima atenção, do devido respeito.
Aliás, lamentavelmente, essa atitude não apenas foi cometida ontem pela sua emissora de televisão. É notório: podemos ver a velha bandeira em muitos lugares de Teresina, o que, certamente, poderá ser constatado no interior do Estado. O governo não adotou as providências cabíveis para que se procedesse a troca de bandeira. Estranha e Infelizmente!
Como competente, bastante informada e bem intencionada jornalista, que é você, sabe a história da alteração da bandeira, e deve a esta conhecer, no seu modelo atual. A propósito, pela sua elevada função na sociedade, compete-lhe, Maia, promover séria campanha para pôr fim a esse grave equívoco.
Para Lázaro do Piauí, seu programa na TV Meio Norte (em abril/2010)
Venho assistindo ao NOSSA TERRA - NOSSA GENTE. E, tendo visto a reprise de ontem do seu consagrado programa, constatei algo que eu ainda não percebera em suas edições anteriores, o que, até, me espanta, pois sou bastante observador. A constatação causou-me profunda estranheza. Apesar do seu relevante propósito de divulgar as coisas do Piauí no próprio Estado e nos nossos vizinhos, conforme sugere o nome do programa, o principal símbolo de um povo - a sua bandeira -, você conserva a nossa no modelo velho. Em meio ao cenário piauiense, o pavilhão que ali está não é mais o nosso. Suponho que você, grande piauiense que é, deve ter sido informado de que, por unanimidade, a Assembleia Legislativa promulgou uma lei que alterou a bandeira. Incluiu a data da Batalha do Jenipapo - 13 de Março de 1823 - no retângulo azul, logo abaixo da estrela Antares, que simboliza o Piauí no pavilhão nacional. O que posso presumir, portanto, é que se trate de um pequeno descuido, mas que o notável compositor, cantor e apresentador das coisas piauienses providenciará a fim de que, já no próximo NOSSA TERRA - NOSSA GENTE, a nova bandeira esteja fazendo parte do cenário de nosso Estado, através do seu programa. Espero que não me decepcione, nem a tantos outros telespectadores que apreciam o seu programa e amam a terra onde nasceram ou moram. Acredito mesmo que, agindo dessa forma, você estará contribuindo efetivamente para que se processe a definitiva troca da bandeira velha pela nova, uma vez que, embora a lei esteja vigorando há cinco anos, isso, de fato, não ocorreu plenamente. Veem-se até hoje modelos antigos da bandeira hasteados em vários lugares de Teresina; não posso falar pelas demais cidades.
É o que se deve esperar de um importante comunicador de massas, o que é esse artista.
Sabem o que fez o Lázaro do Piauí? Ao contrário dos demais, respondeu-me; assim:
Olá MIRANDA,
Gostaria que mais pessoas como você, grandes piauienses, nos ajudassem mais, sempre com observações pertinentes e oportunas.
Vamos providenciar a mudança e corrigir nossa falha o mais rápido possível
Um abraço.
Lázaro do Piauí
Sabem o que mais ele fez? Em um dos mais recentes programas, colocou uma bandeira enorme... E ATUAL!!! Grande piauiense é você, Lázaro!
Então, a outra novidade, à qual me referi lá em cima, consta da mensagem, a seguir, que enviei à Deputada Lílian Martins, no dia 23 deste. Senhora Deputada:
Nem tenho certeza de que V.Exª tomou conhecimento de uma mensagem que lhe enviei em agosto/2009, sobre sua participação numa comissão destinada a examinar a questão das leis sem aplicabilidade, no Piauí. Na aludida mensagem, chamei a atenção de V. Exª para a que alterou nossa bandeira, mediante a introdução da data "13 de Março de 1823", que estaria, como continua a estar, sem a completa aplicação. Eu não soube, por intermédio da imprensa, qual foi o resultado do trabalho dessa comissão.
Assim, peço sua permissão para dizer que ainda vejo a bandeira velha em muitos locais, locais, inclusive, importantes, como universidade, órgãos dos governos estadual e federal, bancos, empresas privadas etc. Recentemente, fui informado de que a UFPI mantém a bandeira antiga em decorrência do fato que aqui relato. A instituição acabara de adquirir vários exemplares da bandeira do Piauí, para distribuição entre seus diversos setores, inclusive campi do interior, quando logo depois ocorreu tal alteração. E, parece, agora sem o interesse de providenciar a troca. Foi, então, que fiquei sabendo o motivo, que é este: as bandeiras são compradas ao governo estadual, e não doadas, distribuídas, gratuitamente, conforme eu imaginava. Cheguei, pois, à conclusão por que o pavilhão velho persiste. As instituições não têm a menor boa vontade de fazer tais despesas!
Senhora Deputada, tendo V. Exª realizado as verificações sobre a não aplicabilidade de leis, leis essas, propostas e aprovadas, obviamente, pelo Poder Legislativo do Piauí, muitas, inclusive, unanimemente, como a da bandeira, acredito que esteja interessada em que elas passem a ser cumpridas integralmente. Agora, na condição de primeira dama do Estado, compondo, portanto, juntos, os dois Poderes - Legislativo e Executivo -, penso que sua intermediação seja muito valiosa no sentido de que, finalmente, se proceda a completa aplicação da lei de alteração de nossa bandeira. Pois, como está, não pode ser. O Piauí não pode ter, diferentemente de todos os povos da Terra, dois pavilhões. O impasse precisa ser resolvido. E, como se diz popularmente, V. Exª estará, a partir de janeiro/2011, com a "faca e o queijo" nas mãos. A hora da mudança, finalmente, chegando está! E carecerá da sua imprescindível intromissão, dado seu prestígio. Parabéns por sua reeleição e do seu marido, Governador Wilson Martins.
Respeitosamente,
José Miranda Filho
Amigos, agora entendem que tanto barulho que fiz foi em vão. A história está explicada. Mas há justificativa para que a troca da bandeira não seja providenciada? Afinal, a quem pertence a culpa pelo descaso? Analisemos para que possamos obter uma explicação óbvia e chegar a uma conclusão justa.
Sim, caro Washington, somente no dia 26/11 retornei à postagem referente ao Dia do Piauí, acrescentando alguma coisa, inclusive expondo mais minha indignação quanto ao descaso para com nossa bandeira e, em consequência, ao 13 de Março; ou vice-versa? Agora mesmo fui surpreendido. Perplexo, até estapeei minha face ante a impossibilidade de fazê-lo no autor do contrassenso. Vi muitas vezes a nova bandeira do Piauí hasteada defronte de uma agência bancária, governamental, até. Eu aplaudia. Tinha um sentimento de satisfação. De poucos dias para hoje, porém, me deparo com a bandeira velha, que não é mais a verdadeira, no mesmo local. Assim pensei: estão operando a mudança em sentido inverso?! Há muito que se deveria trocar a antiga pela atual, e nesse banco, onde já se tomara a medida correta, agora se retrocede?! Mais gravemente, supus: isso só pode estar ocorrendo sob pressão. Contrários, inimigos da Batalha do Jenipapo, de sua data, prosseguem com a campanha visando a que a lei de alteração da bandeira não sobreviva. É a única explicação aceitável. Então, vi seu brilhante comentário. Naquela hora, não pude dizer algo sobre ele, porque meu tempo na internet está menor em virtude de me faltar, no momento, um CPU em casa. E tive que proceder àquele acréscimo. Em decorrência do citado problema, estou, inclusive, sendo cobrado por amigos de e-mails e blogs.
Não há como contestar sua explanação. Ora, o Brasil alcançara a condição política de Reino Unido com Portugal e Algarves, o que, de fato, melhorou um pouco a vida do seu povo. Mas portuenses não aprovaram tal iniciativa de Dom João VI, exatamente com a Revolução do Porto, lembrada por você. E o perigo de retorno à mera situação de colônia ocasionou os movimentos libertários. Contudo, como você enfatizou, o Brasil permaneceu único, ao contrário do que houve com a colônia espanhola, que, nas Américas Central e do Sul – incluamos o México, embora da América do Norte, que, porém, separou-se do restante do território espanhol –, fragmentou-se, como afirma, em tantas republiquetas. (O Brasil só não se enquadra neste pejorativo, também, em função do seu gigantismo territorial; o diminutivo seria, portanto, linguisticamente inadequado...). Assim, foi que tivemos revoltas em várias partes, depois da independência desta nação. Conhecemos algumas, como as mais relevantes. A Cabanagem, no Grão-Pará, com a qual se pretendeu criar uma federação. A Sabinada, através da qual se proclamou a República Baiana. A Guerra dos Farrapos ou Farroupilha, tendo sido criada a República Rio-Grandense. Por oportuno, a intenção ainda patente das populações do Sul é a fundação da República dos Pampas, com a libertação daquela Região, que inclui Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A importante – inclusive pela participação campomaiorense – Confederação do Equador, movimento republicano acontecido em 1824, no Nordeste. Caracterizado por uma reação fortíssima contra a tendência absolutista de Dom Pedro I. Foram, entretanto, rebeliões vencidas pelo Império. Exceção para a Guerra da Cisplatina, na antiga Banda Oriental do Uruguai, denominada também de Província Cisplatina. Havendo pertencido a Portugal e à Espanha, além de, posteriormente, ao Império do Brasil, conquistou inteira liberdade, isto é, paulatinamente, separou-se dos três, sendo hoje uma bem-sucedida república (republiqueta, parece que não) da América do Sul. Merece destaque, nestas breves considerações, a Revolução Pernambucana de 1817, pela causa da separação da colônia portuguesa, mas mediante a instalação de uma república. Dito movimento conteve alto valor para os piauienses, particularmente os campomaiorenses, considerando que ele inspirou os antigos sonhadores de nossa libertação. Conhecemos um pouco a história de Lourenço de Araújo Barbosa (se filho de Campo Maior não está ainda comprovado, porém aqui residente), o cognominado, pelos historiadores, de Precursor. Ele intencionou fundar uma república no Piauí. Para isso, distribuiu folhetos – pasquins – em vilas desta província/colônia e fabricou pólvora em Campo Maior, visando à luta armada. Descoberta e denunciada sua agitação, foi conduzido para Oeiras, não tendo, pois, infelizmente, participado da Batalha do Jenipapo. Guerra a que tanto aspirou.
A conclusão do meu palavreado anterior, a fim de prosseguir agora, é para me abrir e indagar se teve utilidade a tão propalada Unidade Nacional, objetivo e resultado até enaltecidos por historiadores como tendo sido da Batalha do Jenipapo. O que redundou em um País imenso com vistas a sua administração, a seu planejamento. Há quem seja favorável à divisão do Brasil. Acreditem. Apesar de possuidor de imensurável riqueza, sua dimensão implica dificuldade de gerenciamento, além de sabermos que sempre fomos pobres de gestores. Que tal se cada Região do Brasil fosse um país? Territorialmente menor, com mais facilidade de ser alcançado pela visão, ações, intervenções governamentais? E observe-se que, mesmo com a divisão, seriam países grandes. Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul. Mensure-se mentalmente seus tamanhos. Seríamos irmãos separados por fronteiras, mas unidos pelo mesmo idioma, iguais crenças, semelhantes culturas, gostos e paixões. Cada povo cuidando dos seus próprios interesses, livres da Brasília centralizadora que conhecemos. Então, haveria dois lados da América do Sul: o do oeste, herdado da cultura espanhola; o do leste, da portuguesa. Interessante! Cabe-me frisar que há estados com capacidade de ter-se desligado de suas respectivas Regiões.Como São Paulo. Seria, certamente, a maior potência do continente. Minas Gerais também. E podem ser encontrados outros exemplos. Ah! Quanto ao nosso, deveria ter ficado só. A República do Piauí! Não foi o sonho do Precursor e seguidores? Que republiqueta, hem Washington?! Talvez não. Seria um povo autônomo, cuidando de sua vida própria, sem a ideia absurda que, historicamente conduzimos, de nos colocarmos na situação de espera a auxílios, esmolas, migalhas estendidos pela União – mãe, ou madrasta do Piauí –, como se nossos recursos, que vão para lá em forma de impostos que pagamos, não houvessem que nos ser devolvidos com justiça e dignidade. Esta gente com tacha, imposta pelos patrícios, de acomodada, portadora de índole excessivamente pacífica e, até, de preguiçosa, não teria como causa a estadualização do Piauí, sua antiga adesão, principalmente ideada por Parnaíba e Oeiras, ao Império do Brasil? Afinal, o que somos? Nem a Região brasileira a que pertencemos, conseguimos identificar. Somos do Norte? Claro que não! Do Nordeste? Tampouco, embora conste dos mapas! Somos uns coitadinhos, espremidos entre aquele e este. Por sinal, criou-se, até, uma Região (estranhíssimo!) para nós e os igualmente inditosos do Maranhão: uma tal Região Meio-Norte! Nem os irmãos do Nordeste nos consideram e respeitam; os cearenses dizem – pelo menos, diziam, - que a bandeira piauiense é(era) um couro de bode! Recordam? Sim, mas o que fazer? Os piauienses, mesmo coitadinhos, amam o Brasil! Particularmente, ressalvo, carrego no interior esta sequência sentimental: primeiro, sou campomaiorense (há quem escreva campo-maiorense); segundo, piauiense; terceiro, nordestino; quarto, brasileiro.
Washington, a independência piauiense se fez por etapas, sim; estamos todos de acordo com esse pensamento. Por isso, respeito o 19 de outubro como o Dia do Piauí, um tanto inconformado, confesso; expus minha opinião ali em cima. Celebrei-o, segundo eu disse naquele comentário. Coloquei minha coleção de marchas, dobrados, o Hino do Estado, para a vizinhança escutar e sorver uma colherada de civismo. E não que eu seja tocador, mas modesto soprador de flauta doce, ainda o executei. Poucos dias depois, ouvi menino(s) cantarolando nosso: “Salve! Terra que aos céus arrebatas/Nossas almas nos dons que possuis:/A esperança no verde das matas,/A saudade nas serras azuis...”. Não foi bom? O que há comigo é indignação ante o menosprezo, a campanha depreciativa que se faz em Parnaíba, contrária à relevância da Batalha do Jenipapo no contexto das lutas libertárias no Piauí. Para que movimento maior desfavorecendo a inserção do 13 de Março em nossa bandeira? Engendraram mil maneiras no sentido de que a lei pertinente não fosse aprovada pela Assembleia Legislativa. Justificaram que a alteração da bandeira deveria ter passado por um plebiscito. E pergunto se, para a escolha do 19 de outubro como Dia do Piauí, realizou-se consulta plebiscitária? Ora, conforme arquitetado pelo historiador Adrião Neto, natural de Luís Correia, pertinho lá de Parnaíba, seu ex-povoado, já tínhamos homenagens ao 19 de outubro, como Dia do Piauí, ao 24 de janeiro, como detalhe constante no brasão do Estado, faltando somente homenagem ao 13 de Março. E a justiça se cumpriu. Diz-se, em Parnaíba e em Oeiras, que esta data é apenas consequência das duas. O bom senso, porém, induz-nos claramente à seguinte interpretação: o 13 de Março foi o resultado do fracasso parnaibano e da insensatez oeirense (isso, sim!); decorrente da retirada dos parnaibanos para o Ceará, de lá só retornando em 30 de abril (mais de um mês depois de travada a Batalha do Jenipapo e da retiração forçada de Fidié para o Maranhão), bem como da “bravura” dos oeirenses, aproveitando-se da ausência do Comandante das Armas da Coroa portuguesa no Piauí, que, como se sabe, encontrava-se no litoral, mas que receberia deste resposta à altura. Entretanto, a passagem de Fidié por Campo Maior, em retorno de Parnaíba para Oeiras, foi desastrosa. E, apesar da sua vitória – transitória, ilusória, vejam minha rima sem pretensão de fazer poesia –, que, conforme o pensamento parnaibano, deslustra o feito campomaiorense, a capital da Província salvou-se do massacre e toda a Província do consequente retorno à condição de colônia de Portugal. Sabemos que, enquanto parnaibanos e oeirenses (estes celebram o 24 de janeiro, sim, como o Dia do Piauí) digladiam-se por esta primazia – ostentação da data magna –, os filhos de Campo Maior festejam a data 13 de Março com simplicidade, naturalidade e patriotismo, mas sem a pretensão de que ela seja transformada no Dia do Piauí, apesar de seu merecimento. Os filhos da Terra dos Heróis do Jenipapo assistem de camarote ao duelo – mesquinho? – daqueles.
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