Meu nome é Rui Saraiva de Lima. Tenho 54 anos, sou carioca, moro em Maringá, no Paraná, tenho esposa; três filhas, e uma história para contar diferente da maior parte das histórias de todas as pessoas.
Meu pai, o cearense Joaquim Mamede Lima, hoje com 75 anos de idade e reside atualmente em Teresina, capital do Estado do Piauí.
Quando meu pai tinha 16 anos de idade, partiu de uma cidadezinha do interior do Ceará, para tentar a vida no Rio de Janeiro como muitos nordestinos fazem. Aos 19 anos ficou viúvo de minha querida mãe que se chamava Dora Francisca de Melo (Dorinha), natural da cidade de Vassouras, Estado do Rio de Janeiro. Ela faleceu vitima de atropelamento no dia 25 de junho de 1957, aos 22 anos de idade.
Na ocasião do atropelamento minha mãe me levava nos braços, eu tinha um ano de idade. Segundo palavras de meu pai, eu não morri no acidente, porque a mamãe ao ver que ia ser atropelada me jogou para fora dos seus braços evitando assim que fosse também atingido pelo carro que vinha em nossa direção.
Com a morte prematura de minha mãe, meu pai voltou para a sua terra natal, lá se casou novamente, indo residir numa cidade do Piauí de nome Campo Maior, onde foi empresário bem sucedido, entrou na política sendo vereador, vice prefeito, prefeito, deputado, e fundador da Associação dos Municípios do Estado do Piauí.
Até aos 42 anos de idade eu não sabia do que tinha acontecido, pois meu pai e minha mãe adotiva não me contaram do ocorrido, para me preservar de mais algum sofrimento.
O que é mais duro e difícil para mim é que meu pai não teve a oportunidade de conhecer nenhum parente de minha mãe.
Há anos que venho tentando localizar alguns parentes de minha mãe, em razão de tanta dificuldade encontrada pela frente é que venho pedir a direção deste programa de televisão, que me ajude, a realizar este meu grande desejo de filho, e que também é o desejo de meu pai, de minhas três filhas e de minha esposa, com a qual estou casado há 32 anos.
Aproveito ainda para enviar cópia do Jornal "Luta Democrática" - do legendário jornalista e político alagoano radicado no Rio daquela época, Tenório Cavalcante -, que publicou o fato, foto de minha mãe, de meu pai, e uma cópia da certidão de óbito.
CORREÇÃO:
Antes da exibição do vídeo, uma correção: quando o apresentador fala que já faz mais de 20 anos, na verdade, são mais de 50 anos!
Fotos, vídeo e FacSímile do jornal Luta Democrática - Rui Saraiva de Lima
7 comentários:
Isso que esse moço passou parece um filme.
Eu lembro dele embora não fosse sua amiga, mas nunca imaginei que ele não fosse filho do casal que era prefeito na época.
De qualque forma, o importante é que ele teve um vida feliz com sua mãe adotiva e seus novos irmãos do mesmo sangue.
Conheci o Rui Lima, notadamente, nos tempos em que ele morava no casarão da Avenida Vicente Pacheco. Eu e uma turma que morávamos nas imediações (Rua do Sol, principalmente) costumávamos jogar bola do Beco da Ancar (que vendia produtos agropecuários), ao lado da casa dele. O pai, seu Mamede, ficava fulo da vida quando nossa bola, chutada por um perna-de-pau, caía no seu quintal. Na época, Rui era famoso, polêmico, mas gente boa.
Concordo com a Aldenora: o importante é que ele teve uma vida feliz com a mãe adotiva e seus novos irmãos. Não sabia que o Henrique, que era gordinho na época, sempre de cara fechada, já não não vive mais entre nós. Lamento profundamente.
Amigo Rui
Acompanho sua história há muito tempo e sei de sua vontade de conhecer alguém da familia de sua mãe e espero de todo coração, que, com as graças de Deus, você consiga receber este presente. Parabenizo você pelas belas palavras relativos à d. Benildes, sua mãe de coração, como você a descreve. Abraços de seu amigo Erivan.
A família nos é dada como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e desenvolver-se. Comovedor o relato do Rui Lima, mas nada é impossível para aquele que acredita nos seus sonhos, boa sorte, se for a vontade de Deus você terá esta benção.
Conheci o seu pai quando gestor da Prefeitura de Campo Maior, inclusive meu pai trabalhou para o Sr. Mamede num espaço de tempo calçando paralelepípedos nas ruas campomaiorenses e eu molecote vindo atrás ajustando as pedras,,Caro Rui, cada um de nós compomos as nossas histórias, e vamos seguindo os nossos passos conforme sinaliza o Nosso Senhor do Infinito.
Horácio Lima
SP
Caro amigo-irmão Rui.
Sei o quanto voce luta pra conseguir encontrar a família de sua mãe Dorinha, e creio eu que um dia voce irá encontrar.
Rui, DEUS te deu duas mães,a Dona Dorinha que te gerou e a Dona Benilde que te criou e ainda colocou na sua vida mais 6 mulheres, a Nídia sua esposa, Marília, Natália e Letícia suas 3 filhas e além do mais ainda tem a Dona Dulce que é uma sogra maravilhosa, e sua cunhada Cíntia que sempre esteve ao lado de voce na hora que mais voce precisou.
Pense num homem que tem sorte!!??
Rui, eu sei que não é fácil, mas DEUS te recompensou com essa família maravilhosa que tens, e tenho certeza que isso tudo tem a mão e o consolo de sua mãe Dorinha junto com DEUS.
Rui, voce é herói, um guerreiro...
Que DEUS te ilumine sempre.
Temos 14 anos de convivencia quase que diária aquí em Maringá.
Obrigado te-lo como amigo-irmão.
abraços
Na verdade, o Rui, apesar da tragédia que vitimou sua mãe, teve a bênção de ganhar outra. Tanto é assim que eu só vim saber que a Dona Benilde não é sua mãe biológica há pouco tempo. A relação entre ambos, para mim, quando a família residiu em Campo Maior, sempre foi de mãe/filho, jamais de madrasta/enteado. Acho que o Rui deve buscar ajuda em emissoras de TV com rede nacional, que contêm em suas grades de programação conhecidos programas que apresentam quadros dessa natureza. Mas devemos esperar que ele consiga concretizar o bonito sonho.
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