domingo, 10 de julho de 2011

Pedra sobre pedra...

“Preservar o patrimônio histórico e cultural é responsabilidade não só dos gestores, mas da comunidade como um todo...” - Arquiteto Olavo Pereira
por Zeferino Alves Neto
Esse foi o tom da palestra proferida pelo arquiteto Olavo Pereira da Silva Filho. Após a palestra perguntamos sobre a responsabilidade dos futuros professores de História, na conscientização de seus alunos, na preservação do conhecimento que leve à valorização do patrimônio histórico e cultural. Olavo respondeu que o papel dos futuros docentes de história é fundamental nesse processo, pela razão óbvia de que só o conhecimento é capaz de criar essa consciência do valor de preservar os patrimônios históricos e culturais. "A cultura do desenvolvimento econômico sem a preservação do patrimônio histórico pode criar uma geração menos pobre materialmente, mas mais pobre culturalmente". Na palestra registramos a presença de campomaiorenses, parentes do Olavo pelo lado materno, o sr. Francisco Cardoso e seus sobrinhos, filhos do José Ataíde, José Ataíde Filho e esposa, um amigo que foi meu aluno quando mais jovem. O presidente da ACALE, João Alves Filho, também abrilhantou a palestra do Olavo, com uma intervenção sobre a responsabilidade dos gestores públicos campomaiorense dos anos 50 pra cá, na dilapidação do patrimônio arquitetônico da cidade.
Antiga sede do Posto de Saúde

Casarão dos Pachecos - Esquina com o antigo SAMDU (Praça da Bandeira).

Jornalista da TV Câmara fala sobre o arquiteto campomaiorense...

A obra do Olavo é dessas que consagram uma vida. Disse isso a ele, quando fui ao lançamento do livro aqui em Brasília. Antes, havia adquirido um exemplar para dar de presente a meu filho Paulo Cunha, neto, que se forma arquiteto este ano. Na ocasião, em Teresina, fiz questão de ir à sua casa, em busca do autógrafo. Olavo continua o trabalho de prospecção da história via traços arquitetônicos das construções mais longevas. Me disse que tem encontrado (examinando de dentro pra fora) coisas incríveis nas residências antigas de Campo Maior. "Nada devem a Oeiras", me assegurou.

Paulo José Cunha é professor da UNB, poeta e jornalista em Brasília.

Na esquina, residência da família José Olímpio da Paz. Mais ao fundo, residências  das famílias Portela, Bona, Andrade, Eulálio, Sampaio... 

Post original: Blog Zan na Rede - http://zanarede.blogspot.com/
Fotos: MuseudoPaulo&Bitorocara


15 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo esta casa que voces estão dizendo que é dos Pachecos na esquina do sandu na antiga praça da bondeira nunca existiu, pois eu morei 27 anos de vida defronte ao sandu desde os tempos da praça do chafariz e de quando não tinha sandu e nem inss.abraço João Antonio

João de Deus Netto disse...

Na verdade, esta legenda veio junto com a foto enviada da biblioteca Marion Saraiva aí de Campo Maior. Estranhei, porque nesta casa, lembro que foi moradia do finado Zezé Paz, proprietário da lendária empresa de "expresso" (ônibus), e que também foi homenageado pelo prefeito Jaime da Paz, ao dar seu nome à nossa estação Rodoviária, a primeira do Estado Piauí. Aí sim, esta casa ficava mesmo em frente ao SAMDU - Serviço de Assistência Médica de Urgência. Ainda não foi desta vez que eu caminhei até àqueles lados, mas soube através de uma amiga que o casarão está totalmente desfigurado, inclusive com lojinhas?!
Valeu pelo alerta, seu moço! Fiquemos atentos, pois.

Anônimo disse...

Olha o vídeo da família santana cantando junto com o João Santana, neto do campomaiorense Prof. Santana. A música é autoria do João.
http://www.youtube.com/watch?v=hUeTswKj_MQ


Cíntia Santana

Olavo Pereira disse...

Carissimos João, Paulo JC e ZAN.
Grato pela notícia.
De fato, a preservação dos bens culturais é um exercício de cidadania, uma questão de relações sociais. O que não desobriga os gestores das coisas públicas dessa responsabilidade.
Pecisamos muito difundir a importância da preservação dos bens culturais, não só pelo instinto de conservação, mas fundamentalmente pelo dever de fazer da cidade uma morada digna de seus habitantes,

abraços, Olavo.

José Miranda Filho disse...

Juntamente com Parnaíba, Marvão (atual Castelo), Valença, Jerumenha e Parnaguá, além da cidade de Oeiras, então Capital do Piauí, Campo Maior é uma das primeiras vilas da ex-província, instaladas no distante ano de 1762. Incluo Piracuruca, na época importante povoado da vila de Parnaíba. É, portanto, inconcebível que, ao contrário das demais localidades aludidas, se veem tão poucas construções antigas aqui. Sabe-se da demolição de algumas, sim, o que nunca deveria ter ocorrido. A exemplo da antiga sede da prefeitura, do mercado público, dos salões da Rua Santo Antônio, do velho armazém do Oscar Duarte, do hotal da Praça Rui Barbosa, da morada de Zezé Paz, próxima do SAMDU; certo, João de Deus, essa casa não pertenceu à família Pacheco, mas ao proprietário da primeira empresa de ônibus da cidade. Situava-se na Praça da Bandeira, na verdade, Praça Aarão Santana (é que, em nossa cidade, costuma-se citar os apelidos dos logradouros públicos). Nesse local, após a derruada do prédio, foram construídos alguns salões comerciais. Muito valiosa a iniciativa do Olavo Pereira, no sentido de que se possa preservar o nosso patrimônio arquitetônico, daqui pra frente.
Entre as fotografias, vê-se o antigo solar, demolido para construção de uma filial do Comercial Carvalho (uma das fotos), que pertenceu ao Cel. José Paulino de Miranda e que marcou como importante ponto de reuniões sociais e políticas, nas quais líderanças traçaram planos para o partido deles, e administrativos, visando aos destinos do município. Posteriormente, foi residência do Seu Cardoso, Coletor da Mesa de Rendas estadual, e instalações do Museu do Couro. Imóvel imprescindível à nossa história, ora desaparecido.
Evidentemente que na memória de sua família jamais deixará de estar, mas, ao ver a foto do antigo Posto de Higiene, da Secretaria Estadual de Saúde, localizado na Av. José Paulino, ao lado da agência da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos, aviva-se em mim a lembrança e a saudade de meu pai, José Rodrigues de Miranda. Sinto sua presença no interior do prédio, cuidando da higiene bucal da população campomaiorense e, quiçá, de habitantes de municípios vizinhos.

José Miranda Filho disse...

Por favor, para a perfeita compreensão do texto, leiam "derrubada" e "avivam-se", em vez de "derruada" e "aviva-se". Abraços.

Anônimo disse...

Caro amigo Zé Miranda esta casa tambem não pertencia ao ex proprietario da empresa Zeze Paz ela era totalmente diferente deste modelo na fotografia, a dita casa que fazia esquina em forma da perna de um x com o sandu era uma casa um pouco arredondada e com muretas em formas onduladas ela não tinha esta torrezinha e nem tampouco este anexos a direita quando estamos defrente para ela. Abraço João Antonio.

De Assis da Tabuleta disse...

É a casa mal assombrada. Acho que a biblioteca que mandou essa foto para o Netto é lá do além.

José Miranda Filho disse...

Vou parodiar um antigo narrador esportivo da Rádio Tupy (saudosa, pois não é mais sintonizada no Piauí, pelo menos no meu rádio...) a respeito das abalizadas opiniões do comentarista de arbitragem Mário Vianna ("com dois enes"): João Antonio falou, tá falado!
Abraço, João Antonio.
Minha palavra agora é, De Assis, já que não acertei quanto ao proprietário do imóvel em questão: Por que o pessoal da biblioteca não mencionou, não identificou, de que casa se trata? Pois então, não deveria ter sido enviada a foto ao João de Deus...

De Assis da Tabuleta disse...

Seu Zé eu tô achando que esta casa é mesma do finado Zezé Paz tambem. Mas se o Aragão morava aí perto. Só se mostrasse tambem pro Zacariinha que também morava perto. Se é de Campo Maior eu não me lembro de jeito nenhum de nenhuma casa parecida com essa a não ser a dita cuja do seu Zezé Paz. A dona Luselene do site de Campo Maior parece que mora aí por estes lado e ela deve lembrar. Eu não tô dizendo que ela é da nossa idade mesmo por causa de que ela aparenta ser jovem e muito bonito comparado com nós nessas carcassa velha ingenbrada pela comido do tempo que nem eu, seu Zé Miranda, o Zan e o Antonio Aragão que eu nem me lembro o jeito dele mais.
Mais parece com a casa do Zezé Paz parece.

Anônimo disse...

Caro Netto. Esta casa nunca existiu no endereço citado no teu comentario pois eu vivia na casa da Dona Desterro, que eu a tratava por tia, se prestarem atenção esta casa eu acho que ela nunca existio na cidade de C Maior.abraço João Antonio.

João de Deus Netto disse...

Então tá combinado: fotos enviadas pra cá serão apuradas com mais rigor; de preferência com os nativos da época. Lembrei de ti, primo, exatamente porque era tua área!
Confesso que engoli por ser parecida com a casa do Sr.Zezé Paz, assim dizia minhas lembranças de garoto.

Anônimo disse...

Primo vou tentar arranjar uma foto da casa do Zeze Paz com a Angelica filha dele e te enviarei. ab João Antonio

Anônimo disse...

Meu Deus! Quanta recordação dessa calçada larga da Rosalina até as Bonas, muito bom...

Ana Lucia disse...

Neto, lembro que em uma das minhas idas a Campo Maior, vi que tinham derrubado a casa que ficava em frente aos Correios e construíram o Carvalho, fiquei tão chocada e revoltada. Achava aquela casa linda!

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