terça-feira, 18 de outubro de 2011

Piauí, terra querida!

(clique e amplie as fotos)
Cenário mais campomaiorense, impossível.

O meu boi morreu (toada, 1916) - Autor desconhecido
Bahiano e Eduardo das Neves (cantando)
Música e letra na Rádio Bitorocara são produtos de pesquisa realizada especialmente para esta data.

// O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí / O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí //

Seu moço inteligente / Faz favô de mi dizê / Em riba daquele morro / Quantos capim há de tê / Se o raio não cortou / Se o gado não comeu / Em riba daquele morro /Tem o capim que nasceu.

// O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí / O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí //

Me arresponda sem tretê / Mas me arresponda já / O que é que a gente vê / E que não pode pegá? / Aquilo que a gente vê / E que não pode pegá / É a lua e as estrela / Que no céu tão a briá.

// O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí / O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí //

Vou lhe fazê uma pregunta / Pra vancê me arrespondê / Vinte e cinco par de gato / Quantas unha deve te? / Intrei no raio de sol / Saí no raio de lua /
Vinte e cinco par de gato / Com certeza tem mil unha.

// O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí / O meu boi morreu / Que será de mim / Manda buscá outro / Ó maninha / Lá no Piauí //

Em riba daquela serra / Tem um sino sem badalo / E uma arroba de capim / Pra você comê, ó cavalo / Em riba daquela serra / Tem um sino ferrugento / Se eu hei de comê capim / Coma você, ó seu jumento.

@@@@@

Bahiano – Primeiro Cantor Profissional brasileiro
Nascido em 5 de dezembro de 1887, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, Manuel Pedro dos Santos, que viveria no Rio de Janeiro até sua morte em 15 de julho de 1944, ganhou fama ao se tornar cançonetista com o apelido de Bahiano. Especializado em modinhas e lundus, que cantava acompanhando-se ao violão, teve a chance de se tornar conhecido e ganhar lugar definitivo na história da música popular brasileira e do samba em particular, ao gravar para a Casa Edison o considerado primeiro samba levado ao disco, o Pelo Telefone, em 1917.

Eduardo Sebastião das Neves (Dudu), palhaço de circo, poeta e principalmente cantor, foi o nosso artista negro mais popular do começo do século XX. Nasceu em 1874 no Rio de Janeiro e morreu na mesma cidade em 11 de novembro de 1919. Foi pai do famoso cantor e compositor Cândido das Neves (Índio).







6 comentários:

Horácio Lima disse...

É primavera
Primavera brasileira
Carnaubeira
Carnaúba.

E lá no Velame
Colhi o seu fruto
Matando a minha fome.


sp, 19 out.11

João de Deus Netto disse...

Aos amigos e leitores, bigado pelas mensagens de parabéns nos e-mails e no "Face".
E também por mais um recorde de visitas aqui neste Bitorocara. Isto vem acontecendo depois da "inauguração" da rádio (tv), e do envio sistemático dos post para as páginas, ditas "sociais" e Twitter, tomém!
Quanto aos "comentários"... rs rs... Quááá!
Também não sou chegado a polêmica, mas faz parrrte!.
Té mais!

José Miranda Filho disse...

Confesso que desconhecia as estrofes dessa música. Sabia apenas o refrão: "O meu boi morreu, o que será de mim, manda buscar outro, maninha, lá no Piauí."
Esse João de Deus é mesmo incrível! Foi uma pesquisa valiosíssima. Parabéns.
O Dia do Piauí deste ano foi marcado por debate em emissora de televisão a respeito da divisão de nosso Estado. Querem fazer com ele o que se faz com uma laranja. Coisa do povo da região sul, chamada "Gurgueia". Na verdade, iniciativa da classe política de lá, ávida por cargos públicos que do lado de cá está meio difícil para ela. Incutiram a ideia na mente daquela população, que anda animada, profundamente enganada com os esperados benefícios que poderão advir para ela com a separação. Afirmo que, se tal acontecer, enxotarei - exceto meus amigos - todos os 'gurgulenses" que para cá vieram visando se dar bem e certamente pretenderão aqui permanecer. Retornem imediatamente para o seu "paraíso" - o Piauí não lhes serve mais! Bando de "traíras"! Que me esperem, pois a minha vingança será "malina"!

João de Deus "Netto" disse...

Booooa, Zé Miranda!
O João Claudio se sentiu do mesmo jeito, num longo texto que anda por aí na internet.
Lamentável, também, pra não me inflamar mais, é atitude do governador do Estado, ao invés de manter a neutralidade, se manifesta a favor dos "senhores" dos feudos que mantêm aquela imensidão na mais perversa miséria, há trezenas de anos!
Castros, Macedos, Dias, Martins, Portelas, LANDINS!!! O que nunca faltou praquela povo foi "representante" no Rio de Janeiro e em Brasília.
Em Teresina, os familiares sempre moraram e iniciaram os estudos.

José Miranda Filho disse...

Dever do governador seria manter-se neutro, mas, quem sabe, terminada a governança - e abastança, só pra rimar, já que sou "poeta popular" - no atual Piauí, ele não já tenha projeto para transferir o título eleitoral pra lá...?
Pois então, essa familiarada citada por ti é um exemplo de como todas se deram muitíssimo bem nas bandas de cá do nosso Estado, que agora (in)explicavelmente querem repartir... Como afirmou aí em cima, nunca fizeram nada pelo povo do "Gurgueia" e, criminosamente, apregoam agora que aquela região foi desprestigiada, esquecida, menosprezada pelas lideranças políticas do Estado. E não foram elas mesmas, durante anos, e continuam no presente, partes integrantes das forças políticas do Piauí? Pois será com o Gurgueia criado que aquelas famílias ali, ocupando o poder na novel unidade federativa, vão tomar a iniciativa de "trabalhar" pela riqueza daquele povo?!
Moço, a propósito, como localizar o manifesto do João Cláudio, me diz?

zanzando na rede disse...

Eu confesso que até hoje não entendi muito bem porque gosto tanto dessa merda aqui... Morei em tudo que é lugar teoricamente melhor, mas aqui é o único lugar do mundo onde eu não me sinto como um desterrado, já disse isso alhures. É uma das minhas muitas obsessões, a mais condizente com a condição de eterno inquieto e insatisfeito com o pouco que a vida me dá... Se isso é doença, essa é a minha, assumo na boa...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...