Paulo nasceu em Campo Maior em 10/12/1950, numa casa na Praça Bona Primo (nome do seu bisavô) que foi demolida na gestão de seu pai como prefeito para facilitar o acesso à Rua da Lagoa, ou, Baixa “da Égua”, nome “carinhoso” dado pelo povo.
Estudou em Fortaleza (Salesiano), Teresina (Diocesano) e no Rio, no Institutoa Nacional de Educação de Surdos, devido o agravamento desse sintoma característico em parte da família Bona. O curso superior foi concluído em Natal[RN].
Na vida pessoal, Paulo era calado e observador, mas irreverente, um tanto boêmio e o que hoje se chama “trendy”: cabelos compridos, calças boca-de-sino, camisa de gola rolê, cigarro (abandonado aos 24), discos e mais discos; teve uma quantidade considerável de namoradas porque era um solteiro cobiçado e considerado “novidade” quando chegava de férias em Campo Maior. Como grande fã de Jovem Guarda, especialmente do Roberto Carlos, sua então namorada Maria Aurea via-se sempre cortejada pelos dançarinos no Campo Maior Clube, que tentavam agradá-la para que Paulo ficasse o máximo de tempo possível e não fosse embora com seus LPs novinhos debaixo do braço!
Com Maria Aurea, namorou desde 1969, à distância e durante as férias. Ela nem precisava se esforçar para saber notícias do namorado: vizinhos desde que nasceram, bastava ir até o quintal de casa aos domingos para ouvir o Prof. Raimundinho ter de gritar para se fazer entender pelos filhos do outro lado da linha telefônica.
Casaram-se em 1975 contra a vontade do sogro (o enfezado Aderson Sampaio), em uma cerimônia simples, mas estilosa, na capela do Patronato: ele vestia calça e gravata cor-de-vinho, paletó branco e blusa rosa, enquanto a noiva usava um vestilo azul, sapatos-plataforma brancos e perfume Eau de Callandre.
Dois anos depois veio Paulo Gustavo, cujo primeiro nome a esposa jura ter trazido das brincadeiras de boneca com Ana, a futura cunhada, quando criança, e não por causa do marido. Nos seis anos que se seguiram, nasceram Artur e Manuela. Muito orgulhoso deles, criou-os todos sob as máximas “só posso deixar de herança a educação de vocês” e, mais tarde, o tradicional “cuidado!” antes das baladas. Para assuntos de casa e do trabalho, gostava de um discurso de Rui Barbosa:
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.
Pelo que se acompanhou até hoje, a lição foi assimilada.
Paulo faleceu em decorrência de infecção hospitalar, contraída após uma cirurgia cardíaca, no aniversário de Teresina de 2005. Como sinal de irreverência, havia pedido que tocassem seus vinis no velório, bem alto para que pudesse ouví-los (desejo que, claro, não pôde ser atendido). Três anos depois, durante as comemorações em torno dessa data comemorativa, foi homenageado pela Câmara Municipal com o nome de uma rua.
13 comentários:
Thank you pela homenagem, hôme!
acho que esse aderson aí, era um que aparecia de vez em quando na bodega do meu pai, luiz pinto amaral, andava sempre de terno e tinha uma mania curiosa, arrancava um pedaço de papel de embrulho, fazia uma espécie de concha, apanhava o açucar no baú e abocanhava. era um vício.
Eu cresci ouvindo um camarada de apelido Mambira, um mulato que era agregado de alguma família ali pela Bona Primo, contando um história de invasão dum sítio do "seu" Aderson (pra roubar frutas tipo caju),perto da ponte do Surubim. "Seu" Aderson, que era meio gago, chegou de repente e gritava pros criados:" qui, qui, qui, pega o maior, pega o maior..."
Casar já é um negócio meio complicado, agora, com aquela roupa ali é malvadeza mesmo. A noiva espantadíssima, como mostra a foto, diz tudo.
o maior era tú, zan?
Ô Amaral, eu só ouvi a história, cara... Sabe o Mestre Chico, sobrinho ou irmão do Mestre Pires?
A última vez que ouvi a história foi Mambira contando pra Mestre Chico...
Com relação a relação do sertanista Bernardo Carvalho com o pessoal da igreja, essa gente sempre apoiou e e babou tirania em todos séculos de sua existência da Europa ao Piauí. A missão dos padres era catequizar os índios e fornicar com as índias.
Nada contra o Bernardo, era missão dele e dos Bandeirantes.
Só mesmo a Igreja católica e o desihistoricizado João balaio pra mexer nisso: um assassino como o Bernardo de carvalho. O Atual prefeito tem uma excelente administração,mais precisa ser melhor assessorado sobre História e sobre bernardo de carvalho.
Feitosa e anônimo, eu não tava lá nem ouvi falar nada sobre...
Peraí! O João Balaio é o que mesmo?
Desishistorizado? Que diabo é isso? O cara conta que era o Bernardo matando índio e os padres dando a extrema unção,no entanto se identifica como "anônimo" e pra acabar de matar a tribo toda, inventa uma palavra que fez o finado Aurélio se revirar na sua tumba... João Balaio, esse Bin Laden tá tão enraivecido que fez o comentário na matéria do Paulo Bona Andrade que nunca matou um passarinho.
Gente, cês vão terminar tendo um enfarte por causa dessa pendenga aí...Peguem uma Playboy e vão se divertir no banheiro que é mais negócio...
Meu Deus, pessoal que história é essa na matéria sobre o grande amigo Paulo do prof Raimundinho? Vão discutir isso lá na matéria do matador de índio e comelão de índias, sei lá o quê. Que que tem a ver o franzido com as calças?
Um amigo do Paulo de Fortaleza.
Tive o prazer e privilégio de trabalhar com ele no antigo CEFET, hoje IFPI, me sempre alegre e exemplo de pai, sempre falando dos filhos, Manuela e Arthur (onde com orgulho falava das conquistas do filho). Que Deus o tenha
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