No primeiro instante do combate houve muitas baixas por parte dos piauienses. Dezenas de corpos caíram pelas balas do exercito português. Os poucos que conseguiram atravessar a linha de fogo deram o último suspiro à boca dos canhões, com grande destemor não temendo nada contra a vida e sim pela pátria em tremenda representação de amor pela mesma. Com essa demonstração de amor pela pátria e de bravura que os piauienses tinham, fez com que os portugueses ficassem assustados, devido eles nunca terem visto tanta audácia em nenhum lugar do mundo. Os sucessivos ataques dos piauienses tinha como resultado muitos mortos pelo chão. A fuzilaria e os tiros de canhão dos portugueses varriam o campo de luta de um lado para o outro. Os que conseguiam passar pelo bloqueio de fogo conseguiam lutar corpo a corpo com os portugueses. No meio-dia, os piauienses estavam cansados e certos de que não venceriam os portugueses, neste momento já não lutavam mais se rastejavam ao encontro com a morte. Às duas horas da tarde, depois de cinco horas de combate, os libertadores retiraram-se em desordem, deixando 542 prisioneiros, 200 mortos e feridos, Fidié, que cujas perdas foram estimadas em 116 mortos e 60 feridos*, estacionou na fazenda Tombador, à cerca de um quilómetro de Campo Maior. Fidié e seu exército caiam de cansaço. O sol escaldante e o medo da valentia dos piauienses não permitiram que as tropas portuguesas os perseguissem, mesmo sabendo que já tinham derrotado a eles. (Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal)
*Nota do Bitorocara: O comandante Fidié, em suas memórias, publicadas pelo cientista e escritor piracuruquense Hermíno de Moraes Brito Conde, estima que o número de mortos chegou a 400 piauienses e cinco portugueses. (José Fortes, jornalista)
Foto: Teresina Panorâmica Arte:Bitorocara+ Ilustração: Rodval Mathias.
9 comentários:
Em Brasília, deixei um amigo (na verdade mais conhecido do que amigo), que dizia que nunca conhecera um piauiense que não fosse meio maluco, mas que os piauienses de Campo Maior que ele conhecia (eu entre eles, claro...) eram um pouquinho mais loucos do que os outros. Lendo o relato da loucura dos campomaiorenses praticamente se entregando ao fogo do inimigo da forma como fizeram, dá pra imaginar que somos meio herdeiros desses cidadãos. Quando assisto por aí a pés de briga e discussões por pouco ou quase nada, entre campomaiorenses, eu entendo porque adoramos uma encrenca... naquela época a motivação era um amor à pátria que levava a se morrer em campos de batalha, hoje as pessoas aqui querem se matar e se matam por motivos quase fúteis, mas a "loucura" deve ser a mesma...
Teve um drogado que dizia que nossos herois morreram todos.
Pereba, o destino de todo mundo é morrer, inclusive os heróis e os drogados...
Não acredito Zan e perebe...
Será?
As memórias escritas por Fidié não são muito confiáveis. Seu objetivo era o de causar a boa impressão do rei de Portugal acerca dele, bem como ganhar o prestígio da Corte e de seus patrícios. A afirmação sobre os 400 separatistas e os apenas 5 de sua tropa mortos na Batalha é um exemplo lógico da intenção do oficial português. Sobre os loucos campomaiorenses, ZAN: espelho, espelho meu, haverá alguém mais louco do que eu?
u probrema teu, tuiuiu, é qui tu nem viver veve, tu num inxeste, coisa... vou ti dá uma sugesta:forma uma drupa de dois, tu e iuiu... e deixa o louco do zémiranda queto, sinão papoca otra bataia...
Zésuvela, deixe de friscura homi.
Tu tombem divia fazer uma dupra de dois, né mermo?
zé e suvela, fica marmió.
Eti...
...vamo fazer duas dupras de quatro, tu e iuiu, zé e suvela... mas tu não acha essa posição meio descumfortave pra fazer uma coisa dessas... friscura poca é calor...
Zésuvela, minha loucura está bem quietinha... Ou estás louco, tu mesmo, pra ver outra batalha pipocar nestes campos maiores?
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