sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Grupo Escolar Leopoldo Pacheco...


Impressionante, como as fardas dos colégios, no que pese o calorzão de 50 graus, seguiam à risca o modelito militar do coronelismo arraigado, principalmente, em terras nordestina. Paras as mulheres, a Marinha, que nem sonhava em admití-las em suas fileiras, imagine, a bordo! Mas tinha também para homens (crianças), só que, para ocasiões festivas.
Na época não havia o tal do "mico", ou do Bullying, tão cruel nos nossos dias. 
Em compensação, todos os colégios eram agraciados com apelidos, por vezes, estúpidos, baseados nas iniciais dos seus nomes. Por exemplo, o "Lam..." Não merecia! Já o Vira Tripa, pegaria melhor em açougues. Nada a ver com o mais tradicional colégio da cidade, localizado na Avenida Zé Paulino. E nessa toada, divertia-se a criançada.   

Foto: Museu do Paulo&BitorocaraBlog  

8 comentários:

Arminda disse...

Esses meninos aí fazia curso pra engajar na volante que iria pegar o Lampião e a coluna Prestes kkk

Aldenora. disse...

Coisa mais sem graça Arminda.E está se vendo que você estudou.

zan disse...

Foi a primeira escola para onde minha família tentou me mandar para estudar... Ainda hoje me lembro de tudo, mas é muita coisa, vou contando aos poucos...

JOÃO PEREIRA disse...

Lama Podre, Vila Tripa, Bode Ovado, Gato Seco Amarrado... quem se habilita a informar os verdadeiros nomes destes colégios da terra dos carnaubais?

Antonio de Souza - De Cuiabá disse...

Direto do Túnel do Tempo... O Leolpodo Pacheco foi onde eu dei meus primeiros passos nas letras. Ali fiquei até a 4ª Série do então Primário; depois, fui transferido para o 13 de Março, do outro lado do Açude Grande; completando o ciclo no Petrônio Portella, perto da Praça das Bandeiras (acho que é isso mesmo...) Naquela época (anos 60...) havia uma rotatividade impressionante nas escolas públicas... No fim das contas, conclui o Primário no lendário Valdevino Tito. Acabei no glorioso Colégio Estadual, onde conclui o Ginásio, tendo como colegas figuras inesquecíveis como o hoje juiz e poeta Elmar Carvalho, Otaviano Vale, Antonio Adalto, Waldemar Higino... Vim parar em Cuiabá, onde atingi a meta que desejava: ser jornalista.
Essas reminiscências, que o Nettão tira do fundo do baú, convenhamos, batem fundo na alma.
Ah, sim: ainda fiz o 1º Científico, à noite, num colégio que ficava do outro lado dos trilhos. Não lembro o nome...
Essa época foi boa demais...
Valeu, Netto.

José Miranda Filho disse...

Ora, João Pereira, esta sua adivinhação eu tiro de letra. Vou responder pela ordem que você colocou: Leopoldo Pacheco, Valdivino Tito, Briolanja Oliveira e Ginásio Santo Antônio. Seguindo os passos do Antonio de Souza, aprendi o b-a-bá na Escola Maria Auxiliadora (bem perto da minha morada), com a professora Dona Josefa Lima, auxiliada por uma irmã, Dona Noca. Só fiquei um ano lá. Fui para o Gato Seco Amarrado, onde fiz os cursos primário e ginasial. O curso científico (como se chamava naquela época o ensino médio ou 2º grau de hoje), deu-se no Colégio Estadual, tendo feito parte da sua turma fundadora. Como não possuía sede própria, tendo que ocupar prédios de outras instituições, que funcionavam durante o dia, nosso curso era noturno, e a turma se transferia a cada ano. 1º ano, na sede de uma entidade cultural criada pelo Dr. Sigefredo Pacheco (antiga residência de sua família, na Av. Vicente Pacheco); 2º ano, no Grupo Escolar Petrônio Portella, perto da Praça da Bandeira (Aarão Santana) (isso mesmo,Antonio de Souza); e 3º ano, no Ginásio Santo Antônio. As fardas eram realmente desconfortáveis. O científico não adotava farda. Já no Santo Antônio, era confeccionada em cáqui, tecido grosso, pesado, inadequado ao nosso clima. E existia a chamada farda de gala: camisa social, calça azul- marinho e gravata. Vestia-se esta apenas duas vezes no ano: desfile de 7 de Setembro e celebração da páscoa do colégio, que ocorria em dataprópria.

Netto de Deus disse...

Zé Miranda, e o cáqui era dasqueles pra já começar a encalejar o "varãozinho'; prepará-los para às agruras das "vidas secas" do sertão nordestino: o cáqui "Floriano". Tudo a ver com o "marechal de ferro" das Alagoas.

José Miranda Filho disse...

João de Deus, pra falar a verdade, não me lembro da marca do cáqui, mas que era um tecido grosso e calorento, meu filho, recordo muito bem. Dava até pra transformar a farda em gibão. As Alagoas, que não dão mais marechais ferrosos (a patente até deixou de existir), nos presenteiam com homens daquilo roxo (só da boca pra fora!). Quanto às nossas vidas secas, a D. Dilma promete aos nordestinos vidas bem encharcadas, viu, seu Graciliano. Reencarne pra comprovar!

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