Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, é humorista, ator, dublador, compositor, pintor e torcedor do América Futebol Club do Rio de Janeiro. É filho de Francisco Anysio de Paula, um dos homens que foi dos mais ricos do Ceará, e de dona Haidé Viana de Oliveira Paula.
Sua mãe era especialíssima, e embora tendo um problema grave no coração, morreu aos 89 anos de idade. O pai tinha uma enorme empresa de ônibus, que um dia pegou fogo, e ele foi dormir rico e acordou pobre.
Chico Anysio nasceu na cidade de Maranguape, no dia 12 de abril de 1931. O pai de Chico foi casado quatro vezes (está explicado) e teve 17 filhos, dos quais só uma morreu. Aos oito anos o garoto foi com a família para o Rio de Janeiro e já começou a imitar as pessoas, e para ir ao cinema ou ao futebol, economizava o dinheiro do bonde, indo a pé para o colégio.
Com 14 anos começou a ir aos programas de calouros do Rio e depois de São Paulo, e ganhava todos. A ponto de não o aceitarem mais. Foi ao Programa Ary Barroso, à Hora do Pato, ao Trabuco do Vicente Leporace, em São Paulo. E logo Renato Murce o aproveitou para um show. Ia fazer suas imitações nos clubes do Rio e ganhava seus cachês. Estudou para ingressar na Faculdade de Direito, passou, mas não cursou. Foi contratado para o rádio e depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: era ator, locutor, redator e comentarista esportivo.
Na época, gostava de tudo e fazia tudo perfeitamente bem. Era a Rádio Guanabara. Foi galã de novelas, mas logo preferiu a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate, Luiz Tito. E foi se multiplicando, sem nem mesmo ele saber como.
Chegou um momento, porém, já na televisão, que achou que devia escolher uma estrada para ele. E escolheu ser vários. E isso passou a ser o seu diferencial. Pensava: Se um personagem cansar, ele sai, e fica outro. “Foi ele que cansou, não eu”. Às vezes eram tão diferentes umas das outras, que nem mesmo ele entendia. Chegou a fazer 207 personagens na televisão.
Chico Anysio chegou a comandar 3 programas por semana. Começava, então, a história do maior humorista que o Brasil já teve.
Chico Anysio ainda é escritor. Tem quinze livros lançados e doze à serem editados. Escreveu mais e melhor do que muitos “imortais” da Academia que um dia teve o fundador Machado de Assis.
E é pintor. Faz uma média de 300 quadros por ano, e está na fase Marinha. Vende seus quadros, vende seus livros, e consegue sucesso em tudo o que faz. Trabalhador incansável dorme apenas quatro horas por noite e, sua explicação para tanta vitória, é o que um amigo lhe disse: “Não sou ator. Sou Médium”. Essa afirmação ele faz, num tom entre a brincadeira e a reflexão, e se pode ver em seus olhos, uma luz de gratidão, pois nem Francisco Anysio consegue explicar o inexplicável, que é Chico Anysio.
Fontes: O dilema foi compilar tanta informação da NET sobre o mais genial artista da TV brasileira de todos os tempos.
Caricaturas: João de Deus Netto - nettocampomaior@gmail.com
12 comentários:
Ouvi sempre que o o pai do Chico Anysio, o Sr. Oliveira Paula, como era chamado, tinha negocios por estas bandas do Piauí. Ele esteve presente de alguma maneira que não sei detalhar, na construção da estrada de ferro Teresina - Fortaleza.
Lembro-me bem que em algumas umas oportunidades num dos programas humorístico do brilhante Chico Anysio, a Esolinha do Professor Raimundo, o Lúcio Mauro soltou piadas a respeito da cidade de Cocal de Telha, se referindo a passagem da família Oliveira Paula por aquela cidade (antes municipio de Campo Maior).
Helmo Bona Andrade
Na TV Ceará em preto e branco no televisor Colorado RQ de pernas de palito e esse chão com piso feito do famoso taco. Seu Netto acho que essa foto aí foi feita lá em casa.KKK!
COMUNICADO DE FALECIMENTO
Meus amigos,
Comunico-lhes que minha mãe faleceu no dia 28, às 14:45hs e que a missa de sétimo será oficiada na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Teresina-PI, às 18:00hs do dia tres de janeiro.
Agradecemos as manifestações de pesar e a solidariedade já demonstradas por muitos e àqueles que residem em nossa Capital e possam comparecer à Missa, ficaremos mais uma vez sensibilidados.
Um grande 2012 para todos.
PS; desculpem se deixei de responder alguma msg. Nestes últimos dias pouco tenho acessado a NET
Abraços de
Benedito Bandeira skype: benybandeira
Meu tio-avô, Joaquim Ximenes (único ainda com vida; 96 anos) fala de uma contrutora "Oliveira paula" que empreitou serviços de aterros na construção da então ferrovia: Estrada de ferro Central do Piauí.
Passando pela Miguel Rosa nesse mesmo dia Benedito, vi um dos seus irmãos na porta de uma funerária,fiquei imaginando o que teria acontecido, mas resolvi seguir em frente.Que Deus conduza seu pai nessa nova caminhada,meu abraço a toda a família.Era um homem de bem.
Beny, receba minha palavra de solidariedade nesta hora de dor. Somente quem já perdeu os pais, como eu, conhecem a dimensão da angústia ao se perder um desses entes queridos. Abraço você e, por seu intermédio, Washington e Edgar (por favor, lhes repasse).
O Pai, nos momentos de transe, está presente para confortar. Espere, confie n'Ele. Seu Benedito foi, realmente, um homem de bem; portanto, tenha certeza de que ele está bem.
Meu amigo Benedito Bandeira, através deste meio de comunicação, quero enviar meus sentimentos de pesar a toda família.
Fiquei bastante triste com informaçao do falecimento de sua mãe, pois sei que era uma super mãe e a quem eu tinha bastante consideração e apreço.
Um forte abraço amigo e que Deus dê conforto ao seus familiares.
Beny, perdão pelo equívoco, pois fiz alusão ao falecimento de seu pai, uma vez que sua mãe é quem faleceu. Vi seu comunicado e, ao digitar a mensagem, cometi o lapso de forma inexplicável.
Abraço.
Bordão para o primeiro personagem.
"É mentira Chico?
Chico Anísio realmente é gênio, sem dúvidas, mas vê-lo tentando fazer a gente ri com aqueles personagens da Escolinha, é meio deprimente... A melhor fase dele, nos anos 70, com o programa Chico City, quase todos aqueles personagens criados por Chico eram realmente coisa de gênio. Baiano e os Novos Caetanos, Pantaleão, Lingote, Coalhada, Tavares e outros que não lembro o nome, realmente marcaram a vida da gente e vale, realmente, a pena, ver de novo...
O pai do Chico Anísio tinha negócios com meu pai, que era atacadista e comprava por atacado muita coisa que revendia, do Sr. Oliveira Paulo. Era menino e ouvia sempre se falar dele ali pela loja da meu pai na rua Senador José Euzébio, isso nos anos 50. Chico Anísio virando Chico Anísio, Oliveira Paulo virou apenas o pai dele... Naqueles tempos era um dos homens mais ricos do Ceará...
Meu pai, para os mais novos, se chamava Oscar Duarte e é lembrado pelos mais antigos da cidade e aqui converso muito com o meu querido amigo Augusto Pereira, que foi seu empregado nos anos 50, sobre ele e seu tempo.
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