sexta-feira, 2 de março de 2012

Venturas e Aventuras em Campo Maior



"COREGA"

por Francisco da Silva Cardoso

Luis Cazé ou na intimidade Corega, grande Corega, conhecido por toda a população de Campo Maior. Boa Estatura, olhos verdes, branco, nariz comprido, de família tradicional. Doido manso. Diziam que quando esteve em tratamento no Asilo Areolino de Abreu, em Teresina, que na época ficava próximo da ponte metálica sobre o Rio Parnaíba, era muito querido pelo pessoal que lá vivia. Como já adquirira a confiança das freiras que administravam aquele manicômio, andava quase em liberdade total. Às vezes até ajudava em algumas tarefas domésticas. Aconteceu que certo dia se encontrava no pátio do asilo um doido nu, pelado como nasceu. Mais que depressa as freiras pediram ao Corega que fosse até o mesmo e o convencesse a ir para seu quarto para vestir-se, já que no momento não se encontrava nenhum servente de Enfermagem e Corega era jeitoso, e o doido obedecia às suas ordens e já tinha provado em outra ocasião. Chegando até o dito, resolveu o problema. Tirou sua calça e camisa e o fez vestir ali mesmo e voltou nu e disse: “Pronto, madinha, o doido está vestido, agora me dê uma roupa pra mim”. As freiras quando viram em sua frente o Corega nu pelado, quase caíram do susto, deram aquele grito de histerismo e saíram todas em disparada pelos corredores e ele atrás gritando: “eu quero a roupa, eu quero a roupa, madinha”. Na primeira porta que encontraram, entraram todas de uma só vez e se trancaram.


Um comentário:

zanzando na rede disse...

Conheci o Corega, eu menino véi andando de minha casa para a casa de sua irmão MariaLuisa, esposa do Vespasiano e da Da. Analina, muito amiga de minha mãe, se visitavam diariamente. Corega, que as irmãos chamava Luisinho, me dava um pouco de medo porque quando alguém falava alguma coisa que lhe desagradava, ficava um pouco nervoso e agressivo e infelizmente havia quem o provocasse para ver a confusão que dava...

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