terça-feira, 17 de abril de 2012

Altemar Dutra


Nos anos 1960 fez sucesso em vários países da América Latina e, no final daquela década, era um dos maiores cantores latinos dos EUA.
Altemar Dutra (cantor, instrumentista e compositor) nasceu em Aimorés / MG em 6/10/1940. Ainda pequeno, sua família mudou para Colatina (ES). Nessa época, ganhou da mãe um violão, que aprendeu a tocar sozinho. Ainda na mesma cidade, apresentou-se pela primeira vez em público, no programa da Rádio Difusora, de Colatina. Ficou em primeiro lugar e incentivado pelo sucesso que começava a fazer pela cidade, veio para o Rio de Janeiro (RJ) com apenas 17 anos.

É considerado um dos maiores fenômenos da música romântica brasileira. Chegou no Rio de Janeiro (RJ) em 1957, trazendo uma carta de apresentação para o compositor Jair Amorim, que, percebendo o seu potencial, o apresentou a vários amigos do meio artístico. Começou então a se apresentar na boate Baccarat, porém, como ainda era menor de idade, teve que várias vezes se esconder do Juizado de Menores. A convite de Helena de Lima, que o ouvira cantar na Baccarat, passou a se apresentar, entre 1960 e 1965, na boate O Cangaceiro, uma das mais famosas da cidade. Nela fez amizade com várias pessoas do meio artístico, principalmente com os membros do Trio Iraquitã. Foi, inclusive, Joãozinho, membro do trio, que o levou para a Odeon em 1963.
Veio a falecer com apenas 43 anos em Nova York, quando se apresentava para a comunidade hispânica da cidade, na boate La Tanquera, e sofreu um derrame.

Seu primeiro grande sucesso aconteceu em 1963, com a música Que Queres Tu de Mim, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim.  Outros sucessos da mesma dupla se seguiram na voz de Altemar Dutra, entre eles Sentimental Demais e O Trovador.  Altemar gravou e cantou quase todas as composições dessa dupla, tornando-se um dos maiores fenômenos da música romântica brasileira. Destacou-se também em vários países da América Latina, e gravou um LP com Lucho Gatica: El bolero se canta así.
Veio a falecer vitimado por um derrame cerebral com apenas 43 anos em Nova York, quando se apresentava para a comunidade hispânica da cidade, na boate La Tanquera.

16 comentários:

zanzando na rede disse...

netim, meu fi, tu quer mesmo é despedaçar meu coração...é isso que tu queres de mim... rs rs rs...

Horácio Lima disse...

Grande Netto, as músicas de uma certa forma são elos que nos ligam a vida, sem elas não tem a mesma graça, por isso quando ouvimos recordamos sentimentos adormecidos.

abç
sp,

zanzando na rede disse...

Eu era um garoto descobrindo o mundo no começo dos anos 60, voltando sozinho da aventura recifense e começando a trabalhar em Teresina e morando na casa de minha irmã ali pela Campos Sales/Riachuelo, beira do rio, beira do lindolfinho. Meu cunhado trazia uns lps comprado da loja de disco da cidade, de um tal cidadão Mandariaga (Deusdete Garrincha, contemporâneo do Banco do Brasil, deve se lembrar disso...) que ficava ali pelo centro, barroso esquina com lizando nogueira, se me lembro. Meu cunhado era um romântico e Nelson Gonçalves começava a sair da cena em função dos problemas com drogas e a própria decadência de quem reinara pelos anos 50 como o grande cantor que encantava com seus sambas canções. Meu cunhado gostava de tomar umas e outras em casa e ouvindo aquelas músicas dos primeiros lps do Altemar Dutra, que fazia cantando em português o gênero romântico latino de outros cantores que ele também curtia, tipo Bienvenido Granda, Lucho Gatica, chegando até mesmo ao italiano Giusepe Distéfano e aquelas canzones carregadas de um emocionalismo típico de latinos. Eu não bebia mas fazia companhia a ele, ouvindo aquele tipo de música. Claro que eu padecia de paixões típicas de um garoto tímido, magro e feio (tinha nessa época um terrível complexo dessas coisas aí, que graças a Deus, com o tempo eu perdi em função de, não propriamente por ter me tornado menos feio ou magro, mas por achar que a vida não se resume a feiura ou magreza, mas quem se lembra de como eu era nessa época, sabe do que eu estou falando...) Bom, a voz e o sentimento da música de Altemar Dutra embalavam a vida de pessoas sentimentais como eu e meu cunhado e talvez minha irmã e ouví-la hoje como ouço aqui num mp3 pirata comprado em Teresina, me faz lembrar que um dia eu fui inocente puro e besta e não propriamente feliz com a vida que levava, começando a trabalhar na firma Neves & Cia, ali na esquina da 13 de maio com Álvaro Mendes, em frente ao Clube dos Diários. Nessa época vinha muito a Campo Maior nos fins de semana, começar a minha vida boêmia com os prazeres permitidos aos jovens na faixa dos 15 aos dezessetes, andando ali pelas escuridões alumiadas de velas e lamparina, do velho Campo do Pacífico e Zabelão,de saudózíssimas memórias... Mas aí já são outras e muitas outras históricas... Reouviu agora o repertório de Altemar me faz lembrar muito bem que eu continuo e pretendo virar outra coisa de outra dimensão, me apaixonando e sofrendo paixões desesperadas como as descritas naquelas músicas, a maioria da dupla de compositores cerenses Evaldo Gouveia e Jair Amorim, que encantavam também pela voz do grande Nelson Gonçalves, de quem escuto também aqueles sambas-canções de rachar coração... Do repertório de Altemar ouço repetidamente uma música que gravada também pelo grande Agostinho dos Santos, me arrebenta literalmente a alma e se chama "Balada Triste"...

José Miranda Filho disse...

É, Pinuca, ZAN e o que mais? Mas te garanto que tuas feiura, magreza e timidez (como descritas aí) não eram maiores que as minhas, não. Eu até te achava mais bonito, gordo e "entrado" do que eu. Meus complexos eram tão grandes que eu evitava aproximação com garotas e me prendia em casa. Não ia a praças, a clubes, lugares assim. Só à escola e à igreja, por dever e devoção, bem como ao cinema e ao estádio, por paixão. Mas na igreja, no cinema e no estádio, ninguém olha pra gente. No cinema, além do escuro que esconde, todos olham para a tela. Na igreja, apesar de algumas pessoas que só vão pra observar mesmo os outros, a maioria dos olhares se voltam para o altar. No estádio, a plateia, além de grande maioria homens, a atenção é para os canelas-de-pau. Agora, na escola, eu não tinha como evitar que fosse olhado; rapaz...!

zanzando na rede disse...

ZéMiranda, cedo eu percebi que jamais me destacaria pelos meus dotes físicos e isso foi talvez o que de melhor o destino me reservou... Me esforcei sempre por demonstrar vontade de fazer coisas onde "aparecia" por ser mais curioso, inquieto e ousado e isso até ajudou um pouco a me sentir menos feio, magro ou tímido... ao ponto de nem me sentir como se já tivesse tido os chamados "complexos" dessas coisas... Eu sempre vi você com uma vocação muito grande para ser padre, me lembro de como a gente vivia querendo lhe levar "à força" pra rua Santo Antonio e como vc. resistia a isso, se soltando mais quando começou a trabalhar e morar em Teresina... É engraçado lembrar isso, mas aconteceu...

zanzando na rede disse...

É bom lembrar também, Zé Miranda, que vc. sempre se destacou na escola,disputando os primeiros lugares com seu irmão Icade e com o César Melo... A tua caligrafia semelhante a texto impresso, é uma obra de arte, quem conhece, sabe... E escrever, vc. sempre sou fazer, porque leu, é curioso e inquieto como todo mundo que é "diferente", por conta disso...

João de Deus "Netto" disse...

Zé Miranda, o bullying é mais velho do que nossas feiúras...quááá!!!

José Miranda Filho disse...

João, este tal de bullying é o diabo. Exemplificando, acho que já contei aqui a perseguição que tua prima Doínha me impôs, com o apelido de Caneludo, sem sequer respeitar o ambiente onde estivéssemos. Mas em plena sala de aula, no horário do recreio, eu no meu canto tirando umas dúvidas de disciplina, e ela da porta me chamando de Caneludo, presentes umas colegas dela, que a tudo assistiram, teve o que mereceu ao lhe mostrar o que eu tinha de "caneludo" (só que implicitamente, claro). Aquela Doínha exclamou alto: "ohhhhh!", e se tacou pelo Ginásio adentro. A partir daquele dia, nunca mais sofri daquele bullying. Outro caso envolve o Pe. Mateus, que todas as vezes que ele, em pessoa, procedia aos exames físicos para organizar as turmas de educação fisica, me mandava vestir a blusa imediatamente, para não ver minhas costelas. Acho que aquilo, entre outros complexos, me fez com que permanecesse de camisa e sem calção até nas horas de brincadeiras. Eu era tão magro que me desviava dos pingos de chuva...quááá!!!

José Miranda Filho disse...

Sem dúvida, ZAN/Pinuca, que minha primeira vocação, desde pequeno, e me envergonho de afirmar (me envergonhar de quê?), foi o sacerdócio. Quase bebê, era levado por uma tia (Inês) para a igreja, estudado com ela o catecismo, aprendido, portanto, todas as orações (tomara que nenhuma crente se intrometa!), para fazer a primeira eucaristia - eu e meu irmão Icade. Como efeito, a gente começou a brincar de padre, também inspirado na brincadeira de nosso primo Carlivan (Carlos Ivan), que era "bispo" (ele tinha até as vestimentas próprias da alta posição, vermelhas). Foi feito relato por ti, noutro post deste blog, sobre a aludida brincadeira. Meu pai, além de dentista, exímio artesão, inclusive com talos de buriti, preparou o altar, fez o sacrário (local em que se guardam as hóstias). A citada tia aí em cima presenteou com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, que se tornou padroeira da "igreja". Alguém costurou a batina. Tudo preparado, celebrávamos missa, novena, rezávamos o rosário, procedíamos a procissão, acho (a memória encurtou) que até levantávamos a bandeira da padroeira (como se faz com Santo Antônio), no quintal. Não me esqueço dos leilões, aos quais eram doadas as joias por parentes e amigos da vizinhança, que compareciam. Ah, e as confissões dos fiéis? Também havia. Só podia comungar (hóstias de rodelas de banana ou de goma, colocadas devidamente num cálice "consagrado" na missa, com o vinho ("sangue" de Jesus), quem se confessasse primeiro. Recordo a confissão terrível de um "inveterado" pecador - o V8 -, a de ter estado na famosa Baixa, praticando atos não recomendados com inocentes animais. Mas a brincadeira também foi causa de ocorrência gravíssima. Por ocasião de uma procissão de encerramento dos festejos de Nossa Senhora, percorrendo o imenso quintal, não faltaram foguetes. E foi então que a celebração teve que ser encerrada bruscamente em virtude de nos haver chegado a notícia de que a vovó Suçu (ambas as casas tinham parede-meia) estava passando muito mal em consequência do pipoco. Ainda bem que a velhinha escapou daquela.

José Miranda Filho disse...

Eu quis dizer, no palavreado anterior, primeira linha, foi "e não me envergonho de afirmar". Obrigado pela paciência (muita gente se atrapalha, particularmente... idosos).

zanzando na rede disse...

Rapazes, isso aqui virou um divã pscicanalítico onde estamos botando pra fora nossos pequenos traumas e lembranças infantis e obviamente, exorcizando algum "bode" (no sentido não político partidário local, claro...) que a gente vinha trazendo nas costas ao longo de décadas... Eu, ZéMiranda e Netto já fizemos isso... quem se arrisca mais?

zanzando na rede disse...

Mas no sério, mesmo, o meu papel naquela congreação em que um era padre, outro o bispo, eu era, se me lembro, coroinha ou sacristão, ajudando nas celebrações em que o vinho devia ser algum ki-suco avermelhado mas a hóstia era banana em rodelas... Netto deve estar bolando de rir dessas "confissões" quá quá quá..., ele que "gosta" tanto de padres e bispos...

João de Deus "Netto" disse...

Maraviiilha, o comentário do "padre zezin" Miranda falando sobre a "missa" da sua igrejinha de mentirinha (santa inonência)...quáááá!!! Estou só juntando pra quando eu sair de férias, deixar um material bom pra deleite....Zé, não queira nem provar do vinho e do pão do Facebook,...Moço...!

José Miranda Filho disse...

Deus me livre do tal Facebook, moço! Não tenho disso, não. Minha formação de Idade Média (nosso Totó Ribeiro, ignoro a razão, dizia que nasci em Era errada, que a minha deveria ter sido a citada aí) só chega a Orkut, e olhe lá!

Erivan Napoleão disse...

José Miranda / Netto

Caso vocês disponham de fotos do Ginásio Santo Antônio da década de 50/60/70 e possam disponibilizar para Cristina Vale ficaremos gratos.

Erivan - 9981-1290

José Miranda Filho disse...

Erivan: Infelizmente, sou péssimo em assunto de fotos. As minhas são pouquíssimas. E, apesar de ter cursado o primário e o ginasial no Santo Antônio, não tenho nenhuma foto de lá. Nem mesmo a que o Prof. Raimundinho Andrade fez, ao reunir toda a turma da quarta série; ressaldo que, por vontade própria, até me excluí da referida fotografia.

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