Hoje teremos beleza em dose dupla: Marcos Vieira fez uma soberba fotografia e pediu ao poeta Diogo Fontenelle que a "ilustrasse" com um poema. O resultado não poderia ter sido diferente: fascinante. Uma semana luminosa para todos.
Cineas Santos
COPOS QUE FALAM
COPOS QUE FALAM
Diogo Fontenelle
Copos que guardam afetos de outros tempos...
Outras sedes a escorrer pela toalha de primavera em festa! ...
Sede de encontros e desencontros derramados!
Sede dos amores sumidos no azul do horizonte...
Sede de nós mesmos!...
Foto: Marcos Vieira
5 comentários:
E as lembranças ficam presas numa moldura de um retrato.
hl/sp
Só o grande Horácio se pronunciou. Parece que não temos necessidade da poesia, não...!
Gracinha, um vizinho aqui, com o aparelho em alto volume, acaba de me deliciar - e aumentar minhas saudades - com aquele seu bolero preferido e para o que dou dois títulos em face de dúvida, com o qual se apresentou na barraca dos festejos de junho... Tchau.
Grande Zé Miranda, dê uma espiada na revista Nossa Gente na pg. 64.
Até.
hl/sp
Grande Horácio, o nosso amigo Mundico Belchior já me presenteou com o nº 6, dezembro, da NOSSA GENTE. E como há gente legal em suas páginas, inclusive o goleiro Icade (Luiz Cláudio), meu irmão! O trabalho do Mundico e sua equipe está cada vez melhor. Campo Maior tem sua revista, não é mesmo? Claro que já vira a página 64. O que ocorreu foi que me esqueci de lhe falar, no pequeno comentário acima, e de lhe passar a nota que dei à poesia: 10! Linda homenagem a nossa terra. Sem dúvida que a Serra de Santo Antônio - a "urna" azul de Octacílio Eulálio - é um dos nossos principais símbolos. E a carnaúba está no cognome da cidade, por sinal, muito conhecido no Estado: Terra dos Carnaubais. Carnaubeira, carnaúba - referencial por excelência de Campo Maior. Nosso orgulho por sermos o maior produtor no mundo! Ela nos é tão grande dádiva, que dela tudo se aproveita, nada se lança fora! De tão boazinha, até de brinquedo, brincadeira nos serve: o cavalinho de seu talo! E haja cowboys disparando tiros de espoleta!
eis os copos..
os copos da saudade de muitos
muitas saudades do beber
e não matar a sede
ante a polidez do copo
muitas saudades do beber a dois
saudade do de-beber ao amigo sedento
a mão amiga a asa o copo a água
não é a-toa que copo
rima com corpo
talvez por isso um
incorpora o outro
eis os copos
os copos da saudade de muitos
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